segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Parque Estadual de Intervales

(filminho no título) 


Lago - Pq. Estadual Intervales

Pois é, é nossa segunda casa, como a Júlia fala desde pequenininha, e nunca escrevi como se deve sobre Intervales. Talvez por exatamente nos sentirmos realmente em casa, e ter receio de não conseguir transcrever o que sentimos de fato por este lugar.


Nossa primeira vez no Parque. Olha a Júlia sendo "bardeada"

O ideal de vida para ela, por muito tempo, era ter a nossa casa transportada para o Parque (como em Up, o desenho da Pixar).
Freqüentamos o Parque há 10 anos, foi a primeira caminhada efetiva com a Júlia. A primeira mesmo, foi um teste da Júlia e da cadeirinha, na verdade, em São Fco. Xavier.

Voltamos praticamente todos os anos, e é como já disse em outro post, o lugar favorito da nossa Ogroturminha. Chegamos a fretar um micro-ônibus até, para ir para lá, mas é uma experiência que eu não recomendaria (pelo tempo que levou e porque a mobilidade dentro do parque fica comprometida).
Aqui consolidamos várias amizades (terminamos com algumas também...), Esclareço, as amizades perdidas, no sentido que quem procura ar condicionado, piscina aquecida, sauna, monitores para você largar seus filhos o dia inteiro, com comodidades e mordomias de resorts realmente não vai encontrar aqui.

Intervales, para nós, é a essência do que vamos buscar nas viagens que fazemos.

A Ogroturma e o nosso local preferido
Um lugar simples, despretencioso, com trilhas para todos os gostos e preparos físicos, cachoeiras e grutas. Mas o que nos traz de volta ano após ano, é a calorosa acolhida do pessoal da recepção (nossas amigas Zarife , Mara e Irene), os guias, o pessoal veterano, que viram a Júlia crescer (S. Eliseu, Faustino, Dito, Luis e S. Zé e a nova geração, Robson, Neno, Jairo, Betinho) extremamente atenciosos, cuidadosos e informados e a comida caseira, tipicamente brasileira, farta e saborosa, tudo isso num custo acessível e justo, e o melhor, numa distância de aproximadamente 280 km de São Paulo.


Da esquerda para a direita: Luís, Dito e S. Eliseu

Um pouquinho de história:

O Parque era anteriormente, uma Fazenda, Intervales, que pertenceu ao Banespa até 1987, e vivia da extração de palmito juçara. Os monitores são os antigos funcionários da Fazenda Intervales, que antes cortavam palmito e caçavam, portanto conhecem cada pedacinho deste lugar. Existem monitores que estão no Parque há mais de 30 anos, e dão verdadeiras lições sobre a fauna e flora local durante os passeios. Alguns são especializados no canto dos pássaros, outros em plantas medicinais, outros na fauna local.


Como chegar: O melhor acesso se dá pela Rodovia Castelo Branco (SP 280) até Tatuí, depois pela Rodovia SP127 até Capão Bonito e pela Rodovia SP 181 até Ribeirão Grande, onde são encontradas placas indicativas.
A partir daí, são 25 km de estrada de terra, bem conservada, até a entrada do Parque.

A Onça Pintada
Pica Pau

A hospedagem: existem três hospedarias atualmente, a Pica Pau e a Esquilo, com o valor aproximado de R$ 55,00 a diária e a Onça Pintada, de aproximadamente R$ 35,00. Existem valores diferenciados para crianças. Mas reserve com bastante antecedência. Você reserva a hospedagem com a Fundação Florestal.

Atualização
Acabamos de voltar agora, no feriado de 12 de outubro de 2012 e pagamos três pessoas no quarto, na Esquilo, o pacote (entrando na sexta de manhã, sábado e saindo no domingo após o almoço), R$ 252,00 ao todo, ou seja, R$ 84,00 por pessoa, então a diária ficou melhor, R$ 42,00 por pessoa a pernoite, eles não contam a diária.

A alimentação: O pacote contempla pensão completa, e no caso de você ficar na trilha o dia inteiro, reserva no dia anterior, um lanche de trilha (bem farto) no lugar do almoço. O preço das refeições gira em torno de R$15,00 e o café da manhã R$7,00, self service. O pacote de alimentação você reserva com a Nina.
Os horários das refeições:
. Café da manhã: 7:30 às 9:00 h
.Almoço: 12:30 às 14:00 h
.Jantar: 19:30 às 21:00 h

Na entrada da Gruta do Paiva
Passeios:
 Existem para todos os gostos, idades e preparos físicos.
As distâncias e o Grau de dificuldade foram retirados de um folhetinho antigo do Parque, e é uma boa referência. Os percursos parecem assustadores pela quilometragem, mas são referenciados desde a saída da Monitoria, mas hoje em dia, uma boa parte opta por fazer parte da trilha com o carro, para diminuir a caminhada. Os critérios de dificuldade também saliento que são apenas referência, depende do seu gosto e do seu preparo físico.


Horários para os passeios:
.Manhã: 9:30 h
.Tarde: 14:30 h
A partir da Monitoria . Os passeios só podem ser feitos com acompanhamento dos monitores, com exceção da Trilha Autoguiada, com o preenchimento de termo de responsabilidade e dados de todos que estarão fazendo o passeio. Custa R$ 10,00 por pessoa, por passeio.
Não se esqueça que para as Grutas é necessário calçado fechado, calça comprida e lanterna.
Também contei com a ajuda do excelente Guia Parques de São Paulo, da Editora Arte & Ciência, um guia antiguinho já, mas que conta detalhe por detalhe de cada trilha, e que foi (e ainda tem sido) mesmo antigo, fonte de inspiração para inúmeras viagens nossas, para descrever uma parte das trilhas e também nossas experiências e impressões pessoais.

-Cachoeiras:

Cachoeira do Mirante

.do Mirante- Percurso: 6 km
Grau de dificuldade: Fácil
Costumamos visitar esta cachoeira logo no primeiro dia, para um primeiro passeio, não tão pesado e um banho na água gelada para o “primeiro despertar”.

. Roda d’água- Percurso: 5 km
Grau de dificuldade: Fácil
Faz muito tempo que não visitamos este lugar, e lembro aqui, só da.... roda d’água, onde o cano que alimenta a roda foi montada com o tronco de uma árvore.

. da Água comprida-Percurso: 14 km
Grau de dificuldade: Fácil


Cachoeira do Arcão

. do Arcão- Percurso: 16 km
Grau de dificuldade: Difícil
Uma linda cachoeira, com mais de 30 metros de altura e é chamada assim, pois nesse ponto,o Rio do Lajeado, que corre pela Gruta do Paiva e da Água Luminosa, atravessa um grande arco de pedra, o Arcão.
Já visitamos duas vezes, e a visão que se tem debaixo é mais impressionante.

-Grutas:
Muitas das grutas aqui descritas, podem ter sofrido variações, pois o Parque ficou interditado um período, cerca de 3~4 anos atrás, se não me engano, para adequações no Plano de Manejo, para que as grutas sofressem menos impactos, então confirme sempre com os monitores, se a visitação ainda está aberta.
Muita coisa do que descrevo aqui, pode ser que não seja mais possível, por conta do Plano de Manejo.

.Colorida- Percurso: 4 km
Grau de dificuldade: Médio
Existem duas opções, como os guias falam: com emoção ou sem emoção. Tome MUITO cuidado com a opção de pedir com emoção. Você pode se arrepender depois...rsrs...
Sem emoção, você entra num pedacinho só e sai, só para sentir o gostinho.
Com emoção: faz a parte mais extensa e pega uma parte molhada.

.dos Meninos-Percurso: 1,5 km
Grau de dificuldade: Fácil. Gruta Seca, ótima para a iniciação das crianças.

. do Fogo-Percurso: 5 km
Grau de Dificuldade: Fácil. Gruta Seca.
Não gostei desta gruta, pois uma parte final (apesar de ser linda), me deu uma séria claustrofobia. Para acessar uma parte que chamava-se “chão de estrelas”, precisávamos ficar deitados sobre uma pedra, e a laje de pedra ficava acima de nosso rosto, cerca de 5 cm, para podermos enxergar o brilho oriundo dos minerais, que formava um brilho intenso mesmo. Foi lindo, mas a sensação de estar aprisionada entre duas rochas não foi legal...


. da Santa: Percurso: 10 km
Grau de Dificuldade: Fácil. Gruta Seca
Chamada assim por causa da imagem de Nossa Senhora de Lourdes, colocada no alto do portal da gruta. Não tem formações ou espeleotemas, e lembro-me de ter visitado este lugar somente uma vez.

. Jane Mansfield: Percurso: 10 km
Grau de dificuldade: Médio

Gruta da mãozinha


. da Mãozinha- Percurso: Percurso: 12 km
Grau de dificuldade: Fácil. Gruta Seca
Fica na saída da Gruta do Fendão, e não tem muitos atrativos (principalmente para quem acabou de sair do Fendão). Chamada assim por causa do espeleotema com o formato de uma mão.


Saída do Fendão

. do Fendão- Percurso: 12 km
Grau de dificuldade: Difícil. Gruta Molhada
Nossa preferida. Quase obrigatória em todas as nossas idas ao Parque, pelo menos para a Júlia. Como diz nossa amiga Adriana, é a máquina de lavar da alma.
Por que ela é tão especial?

Fendão

Fendão










A gruta é cortada em toda a sua extensão pelo Rio da Bocaina, então caminhamos entrando na água quase o tempo todo, seja pela altura da canela ou dos joelhos, ou até a cintura. Em alguns lugares, o teto da gruta fica tão baixo que precisamos nos arrastar pela água, nos molhando até o peito, por isso não leve sua câmera fotográfica, a não ser que tenha aqueles sacos estanques. Porém, lidar com a água, se equilibrando nas fendas, se arrastando, segurando a lanterna e ter que pensar na máquina que não pode molhar, não vai ser fácil.
No meio da sua extensão mais ou menos, a formação que dá nome à gruta, onde podemos ver a parte externa da gruta, através da grande fenda, uma linda imagem.
E como no filme do Forrest Gump, a água às vezes vem por baixo, pelos lados e até por cima. O “gran finale’ é feito escalando uma pequena cachoeira, ainda dentro da gruta.

. do Minotauro-Percurso: 14 km
Grau de dificuldade: Difícil. Gruta Molhada
Não lembro de ter feito esta gruta, então sigo com a descrição do Guia Parques: ...”com 560 m de extensão, sem espeleotemas, úmida e com trechos estreitos”....

. Luminosa-Percurso: 20 km
Grau de dificuldade: Difícil. Gruta Molhada
Essa gruta é formada por um grande salão, com uma cachoeira grande no seu interior e que é iluminada pela luz do sol que entra por uma fenda.

Travertinos no Paiva

 . Paiva- Percurso: 15 km
Grau de dificuldade: Difícil. Gruta Molhada
Uma boa parte é feita agora com o carro, e estacionamos numa clareira.
Andamos então 2,5 km até acessar a entrada da gruta.
É a mais rica em espeleotemas de todo o parque, tem salões enormes, galerias de travertinos, formações de cortinas, lindas formações de estalactites e estalacmites, observações das formações de pérolas, bolinhas que lembram chocolate (parecendo NescauBall), por causa da terra em volta.

Paiva

Paiva












-Trilhas:
.Autoguiada-Caminho do Lago: Percurso: 2,08 km
Grau de dificuldade: Fácil

Castelo de Pedra

Esta é a trilha que indicamos para o começo da sua exploração no parque. Boa para crianças, idosos, para dar uma “desenferrujada” e começar a tomar contato com a riqueza do lugar.
Durante todo o percurso, as placas vão indicando por onde seguir. Inicia-se bem perto do Centro de visitantes, e logo no começo da caminhada você chega no Morro do Cruzeiro, um local que já foi utilizado para algumas missas, com vários bancos e um altar, ao ar livre. 

Continue e chegue ao Lago Antigo, passando agora em frente a nova construção de uma Pousada, onde ficava antigamente os Bangalôs, que receberam o nome de Capivara, (ficamos muitas vezes hospedados aqui), passe por esta construção, e chegue a uma trilha mais fechada desta vez, acompanhando uma leve subida.
Você chegará então ao Castelo de Pedras, uma construção agora em ruínas, que deveria ser um alojamento para autoridades e acabou não sendo finalizado. Hoje a vegetação tomou conta, dando um aspecto surreal ao local.
Daqui você pode descer e voltar à Sede, à sua esquerda ou ir para a Capela Santo Inácio, subindo a estrada, à direita.

Antigamente, poderíamos acessar a Espia, que era um observatório com cerca de 10 metros, mas que foi interditado (nem sei se a estrutura ainda continua lá), todo em madeira, onde era possível avistar boa parte do parque.
Depois, seguia para a Capela Santo Inácio, uma capela bem simples, de madeira, construída há aproximadamente 25 anos. Cuidado nas escadarias que dão acesso à Capela, pois pegamos uma vez, as formigas de correção, tomando conta do corrimão. Olhe bem, antes de colocar a mão.
Depois, seguindo as placas, chega-se à Trilha do Palmito e continuando à trilha, você está de volta à Sede.

Trilha da Caçadinha

. Caçadinha- Percurso: 8 km
Grau de dificuldade: Médio
Uma trilha por dentro da água, subindo o rio, com uma vegetação exuberante e o visual é muito bonito, que pode ser conjugada com a visita à Cachoeira da Água Comprida.


Vista do Mirante da Anta

.Mirante da Anta:Percurso: 4,2 km
Grau de dificuldade: Médio
Costumamos fazer esta trilha normalmente à tarde, mas recomendamos que seja feita em dia claro.
O acesso se dá pela Pousada Pica Pau, começando bem larga e depois vai se estreitando.
E prepare-se para subir. No começo, a subida é tranquila, mas depois da escadaria à esquerda, a trilha fica mais fechada, sinuosa e mais íngreme.
De lá de cima, é possível avistar toda a infra estrutura do parque.

.Normas Gerais para Visitação

Lembre-se, você está em um Parque Estadual, então algumas regrinhas básicas de conduta devem ser lembradas:

 -É proibido a entrada de animais domésticos. Deixe seu bichano em casa;
-Não colete nada: flores, frutos, folhas, sementes ou rochas;
-É proibido consumir bebida alcóolica nas trilhas e passeios.
-Um cuidado especial com as formações nas cavernas: um centímetro de uma estalactite leva 100 anos para crescer, lembre-se disso;
-Observe os animais a uma distância segura, respeite-os. Você está no ambiente deles, não num zoológico.
-Aparelhos sonoros apenas em baixo volume para não interferir no sossego da área e no comportamento da fauna;
-É proibido nadar e pescar nos lagos;
-Não fume nas trilhas.

Outro grande atrativo do Parque são a flora e fauna local. Várias vezes encontramos pesquisadores de diversas localidades, e invariavelmente encontramos os observadores de pássaros, de vários locais do mundo. O Parque conta com mais de 300 espécies de aves.

Não se esqueça de levar

-Roupas confortáveis, adequadas para cavernas e trilhas
-Agasalhos e capas de chuva (a região esfria bem a noite) e está usualmente envolta em brumas. Normalmente pegamos chuva no Parque, já até acostumamos e depois, quando chegamos em Ribeirão Grande, o Sol normalmente brilha...
-Botas de caminhadas ou tênis (leve pares a mais para ter um par seco para usar à noite)
-Repelente e protetor solar
-Lanterna, pilhas e carregadores
-Cheques e dinheiro, não são aceitos cartões de crédito

Prepare-se também para desconexão total.
Não tem sinal de wi-fi, o celular não pega, (ufa!!!)  não tem televisão, ou seja, você vai ficar fora do ar durante o tempo que estiver lá. Parece apavorante, nos dias de hoje, mas creia-me, é libertador!


Aqui foi na segunda visita

A Júlia com o Faustino

A primeira vez da Júlia no Paiva

Porque recomedamos para crianças: possui pensão completa, você pode levar um potinho no jantar e fazer uma “marmitinha”, com alimentos que não estraguem até o dia seguinte. Bem melhor que as papinhas prontas (a Júlia adorava essa “bóia-fria”, comendo no colo do João, enquanto nós devorávamos o lanche de trilha), os guias são super atenciosos e te indicam quais passeios podem ser feitos com crianças ou não,além de te ajudarem durante o passeio.No começo, fazíamos só as trilhas e cachoeiras, todas com a cadeirinha de “bardear” a Júlia, como eles diziam e com o tempo, ela começou a fazer as trilhas mais compridas e as grutas. E graças a este lugar para nós maravilhoso, com a conjunção de todos os fatores a nosso favor, e principalmente a favor dela, nossa pequena Júlia se tornou uma grande caminhante.

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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Nosso novo visual

Genteeeemmm!!!
  É com imenso, grandioso e inigualável orgulho que nós compartilhamos com vocês nossa nova identidade visual, criada pelo nosso talentosíssimo amigo Fabio (do blog arte sequencial).
   Ficou LINDO!!! vcs não acham?
      MUUUUUITO OBRIGADO FÁBIO!!!!
                   

domingo, 24 de outubro de 2010

Pantanal- MT

(Filminho clicando no título)

Classificação: Clássicas
Fechando nossas viagens de férias pela região do Mato Grosso, estivemos visitando o Pantanal. A princípio, não iríamos para lá, mas a Lu, da Família Muller, nos convenceu,dizendo que pelo menos deveríamos conhecer a Transpantaneira, então, lá fomos nós.

     Realmente, como ela conta em seu livro, é uma região ainda selvagem, quase inexplorada e só pela Transpantaneira vale a pena conhecer esta região. Saímos de Nobres, passamos por Cuiabá e fomos em direção à Poconé, onde se inicia a rodovia.
     Fomos apanhados numa condição completamente atípica para a região, que foi o frio intenso. A condição foi tão extraordinária que uma amiga contou que no noticiário foi falado em cerca de 3 mil cabeças de gado mortos pelo frio. Pois é, estávamos bem aí nessa época. Bom, mas como todos sabem, até essas condições adversas, fazem parte das nossas viagens, e o negócio é encarar com bom humor e depois rir dos perrengues que a gente passou. Isso rende boas risadas depois ...
     Ficamos na Ueso Pousada: http://www.pantanal.ch/,  da Sonia e do Ueli, com uma consciência e ações voltadas a preservação e manutenção da fauna e flora no Pantanal. A maior área da propriedade é mantida, sem fazer queimadas nem desmatamento, como uma reserva particular. Nesta área são feitos os passeios a cavalo e à pé.
     Estávamos hospedados nós e uma família grande de suíços. Foi bem diferente, pois nós não entendíamos uma palavra e nos comunicávamos por vezes, com a matriarca, que era chilena, uma longa história. As crianças eram uma diversão à parte, porque falavam entre elas, riam entre elas, depois olhavam para nós e riam como se estivéssemos entendendo tudinho...ahã...
     A Pousada foi a que ofereceu o melhor custo para nós, com pensão completa, e direito a um passeio a cavalo ou de barco, por dia. Ficamos quatro dias ao total, porém dias inteiros foram dois, então no primeiro fizemos o passeio a cavalo, guiados pelo Marcos, pela manhã. Até o João, que tem receio de andar a cavalo foi numa boa. A Júlia teve alguns problemas com o cavalo teimoso dela, o que rendeu boas gargalhadas das crianças suíças.
     No dia seguinte, a Sônia nos levou até uma fazenda vizinha para passearmos de barco pelo Rio Clarinho e pescar piranha. Ela ria muito, e disse que nós inventamos uma nova modalidade de pescaria: a voadora, onde nossos peixes não eram bem fisgados e voavam por cima das nossas cabeças, para cair na água de novo... deixa meu pai pescador saber da nossa inabilidade total com esta modalidade esportiva que ele tanto aprecia...
    À tarde, o Marcos nos levou para uma caminhada pela mata preservada da Pousada, e também até o mirante, onde, apesar do frio, conseguimos avistar alguns animais.

     O Pantanal dessa vez ficou nos devendo o tão famoso pôr do sol, mas voltamos com outras lembranças e aprendizados, como o modo delicado, gentil e responsável que o europeu educa suas crianças, observando os suíços e a visão que a Sônia passou da educação e criação de seus filhos mudando alguns conceitos nossos.
     E viajar também é isso,é ter o espírito e a mente abertos para situações diferentes daquela que esperávamos encontrar, não fazer disso um problema, e absorver todo o tipo de conhecimento e experiência que nos engrandeçam de alguma maneira.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Tapiraí- SP

Filminho clicando no título

Classificação: descobertas

Descobrimos Tapiraí em uma reportagem do Ecoviagem: http://ecoviagem.uol.com.br/, que falava na verdade, de um outro lugar, o Salve Floresta, que depois de visitarmos a cidade duas vezes ainda não visitamos.
É bem pertinho de São Paulo, cerca de 150 km pela SP 270, e o próprio caminho já é gostoso de fazer.Tem um visual bonito, e pegamos nas duas vezes, a neblina, que oferece um encanto a mais ao local.

Ficamos na Pousada do Professor  http://www.pousadadoprofessor.com.br/, do Seu Evaldo e da Heloísa, uma pousada familiar, com chalés e duas casas aconchegantes, em número pequeno, seguindo a filosofia dos proprietários de não “lotar” o local e permanecer num ambiente o mais familiar e sossegado possível. Os chalés e as casas são equipados com todos os apetrechos de cozinha. Aconselhamos aqui, leve seus dotes culinários junto com você nesta viagem, pois a cidade (se é que a gente pode chamar assim, na verdade é um vilarejo, daqueles de beiradinha de estrada, e quando você percebeu, já passou por ela) possui sim, locais para refeição, mas não nos aventuramos a comer ainda por lá. Para quem tem crianças, elas irão gostar da trilha com uma ponte suspensa dentro da Pousada, vão se sentir a própria Lara Croft (bom, a Júlia pelo menos dizia isso na época).
A Pousada oferece na sua diária o café da manhã, bem gostoso. Peça os ovos que a Heloísa prepara, que são uma delícia!

Seguimos aqui, nossa rotina de viagem, café da manhã bem reforçado e ir para as cachoeiras do lugar. O professor faz um mapinha e você consegue chegar aos locais.

A cidade ainda não tem infra-estrutura nos locais turísticos. Não nos entenda mal, todos sabem que odiamos aqueles locais com restaurante no pé da cachoeira, é a coisa mais odiosa que existe, mas umas plaquinhas não cairia mal...

A mais famosa, é a Cachoeira do Chá, com queda de 30 m, acesso pelo km 164,5 da SP 079, sentido Juquiá. São cerca de 3 km em estrada de terra e depois, a trilha mais ou menos 1 km.
Existe também a Cachoeira do Rio Belchior, que possui duas quedas em um paredão de 15 m de altura, mas nós penamos para conseguir achar o local.
Visitamos também a Cachoeira do Rio Alecrim, que fica meio escondidinha, mas o acesso até a Cachoeira é bem fácil.
A Cachoeira do Rio Limoeiro também é perto, e a trilha é bem curtinha.

Dicas gastronômicas: a cidade é o maior exportador brasileiro de gengibre.
Existe uma casinha na estrada, a Sweet’n Simple, se você perguntar assim, ninguém vai saber, pergunte pela Dona Lourdes, que vende doces de gengibre , com chocolate e também lasquinhas de casca de laranja ou limão com açúcar ou chocolate. Achamos o preço um pouquinho salgado na segunda vez que passamos lá, mas vale a pena experimentar.
Na cidade, uma casinha mais simples também, que faz outros tipos de doce com gengibre e um xarope que o proprietário fala que cura desde tosse até dor de cotovelo, brincadeira...

domingo, 26 de setembro de 2010

Adventure Sports Fair 2010


Estivemos em mais uma edição da Adventure Sports Fair ontem.

É sempre muito bom!!!
É a nossa tribo, mesmo... Lá, vamos em busca de destinos para descobrir ou retornar, novidades em equipamentos e vestuário (foi através da Feira, que começamos a frequentar em 2.000, que adquirimos nossa cadeirinha de “baldear” a Júlia como falam o pessoal querido nosso de Intervales, e que hoje já está se reciclando dentro da Turma do Ogro:João Vitor, Pedro, Kenzo, Lígia).



Mas o mais legal para nós, além e acima de qualquer coisa , são rever velhos amigos, como o Otto Hassler, da Ativa Rafting (velho amigo, desde os idos tempos da querida Freeway, onde começamos nossa trajetória, em 1.993), o pessoal da EcoRotas (da Ana Rosa e Noraney), na Chapada dos Veadeiros , a família Muller, e conhecer pessoalmente, o pessoal da Viagem em família, Marcos, Mari, Douglas e Nati (os Garças), e o Luís, a Eduvirges e o Pedro (os Abutres).

Assistimos a palestra dos Muller, que  intensifica o sentido da palavra família, realmente, com citações muito importantes, que nos trouxeram um momento de reflexão, mesmo dentro do caos do barulho da feira, e que compartilhamos nossas impressões ao final da palestra, com a família Junghans, e os Muller, que como o Marcos disse "...é o que nos une, e nos aproxima, este laço e este  sentido de família, não só com os que possuem laços de sangue, mas com todos aqueles que  trilham esse caminho conosco, dividindo nossos melhores momentos e lembranças...".
É esta construção, junto e sempre com os nossos filhos, como disse a Mari, quando perguntam se vão levar os filhos na viagem e ela responde brincando "...não, vamos deixar dentro do freezer...", que nos trazem a certeza que estamos trilhando o caminho certo nas nossas vidas, de dividir momentos como esses, das nossas lembranças, das nossa vivências, das nossas amizades e das nossas viagens.
                                                           Isto, definitivamente, não tem preço.

domingo, 22 de agosto de 2010

Nobres- MT

(mais um filminho no título)

Classificação: descobertas

Por sugestão da família Muller, http://www.familiamulleraventura.com.br/, aproveitamos nossa estada no Mato Grosso e conhecemos Nobres. Para encurtar o caminho, usamos a indicação do Sr. Isaías, da Pousada Bom Jardim , http://www.pousadabomjardim.com/, e na estrada de volta da Chapada dos Guimarães, seguimos em direção à Usina do Manso, sem precisar passar novamente por Cuiabá e na cidade de Nobres, afinal as maiores atrações estão na Vila Bom Jardim, distante cerca de 60 km da cidade.O único porém é que nós erramos o caminho (novidade!!!), pois a estrada estava em manutenção e o caminho de terra de 45 km viraram 90 km, mas, faz parte do pacote.... (pelo menos pra gente).
Mas ainda deu tempo de chegar para almoçar e almoçar ao lado da Pousada.

A nossa maior dificuldade aqui, foi conseguir achar um pacote razoável, pois as informações encontradas na internet ficaram confusas para mim e tivemos que pedir ajuda à família Muller para entender. Os pacotes de visitação são todos pagos, é necessário a emissão de um voucher para a visitação, mas muito caros, na nossa opinião, tornando proibitivos, para uma família mais numerosa.


Bom, vamos lá, para o que importa. No primeiro dia, visitamos a Lagoa das Araras, à tarde. R$ 10,00 por pessoa. Um passeio muito bonito.




No segundo dia, visitamos a Cachoeira Serrra Azul e o Rio Triste, na companhia do guia Silvano, que também tem agência na vila, a SM Agência de Turismo,smagenciadeturismo@hotmail.com, que também oferece hospedagens, um pouco mais rústicas que a Pousada Bom Jardim e também refeições, além de emitir os vouchers também .


A Cachoeira Serra Azul tem uma cor única, azul,linda, onde fizemos mergulho (a agência fornece o equipamento), e se você tiver sorte (a Júlia e o João conseguiram), pode ver um cardume de peixes circundando você. Lindo! O pacote por pessoa custa R$ 50,00.



Voltamos para almoçar no Estivado, (a agência se encarregou da reserva), onde também tomamos banho, naquela água límpida, e à tarde fomos fazer a flutuação no Rio Triste. Também R$ 50,00 por pessoa.

Não deixe de fazer este passeio. A flutuação segue por 1 km, naquelas águas transparentes, mornas, (com equipamento também), onde dourados e piraputangas vão acompanhando seu trajeto. Como diz a propaganda da cidade, Nobres não é bonito (referência à cidade), mas é lindo! Realmente, a vontade que dá é de terminar o passeio e voltar até o começo para fazer a flutuação novamente...



No dia seguinte, fomos visitar o Aquário Encantado (ou Recanto Ecológico), outro cartão postal da localidade.Também R$ 50,00 por pessoa. É diferente do primeiro passeio, porque você fica num poço restrito, fazendo a flutuação, sai desse local, caminha um trajeto curto e depois vai para a flutuação no Rio Saloba, mas num trajeto bem menor que o do Rio Triste e não vimos tanto peixes aqui. À tarde, subimos até o cruzeiro, para uma visão geral da Vila Bom Jardim.



Nossa impressão: A vila ainda é muito pequena, ainda não está com toda sua infra-estrutura adequada para o turismo, acabamos ficando sem almoço, em um dos dias, mas ao mesmo tempo, isso aumenta sua “rusticidade” e ar de novidade. Ainda deve crescer, existem locais incríveis, muito bonitos, diferentes de tudo o que havíamos visto.

O Sr. Isaías promove o desenvolvimento da localidade, agregando um valor social, na nossa opinião, pois além da pousada em si, que oferece uma hospedagem honesta, emite os vouchers da própria pousada e também aloca os serviços de outros locais (guias, agências e restaurantes) no seu serviço. Como dizemos há necessidade de explorar o turismo, para promover o local e não explorar o turista, como parece ser o caminho que algumas agências locais estão trilhando.

domingo, 15 de agosto de 2010

Chapada dos Guimarães


Conhecemos finalmente a Chapada dos Guimarães nas férias deste ano. Chapada dos Guimarães fica a aproximadamente 65 km da capital, numa estrada boa, e a visão ao longe, de todo aquele Chapadão, já vale a visita. Chegamos de tardezinha lá, após algumas paradas, e algumas atrações ficam no caminho, como a Salgadeira e o Portão do Inferno.


Ficamos na Pousada Floradas da Serra, localizada na Cohab Véu de Noiva- fone (65) 33013193. O site parece que está desatualizado, por isso não colocamos aqui. A proprietária fez um pacote bom, com um preço bem acessível, e optamos por ficar distante do centro, por causa dos eventos que estariam acontecendo nesse período que ficaríamos na cidade. Nossa dica aqui, é que se você quer sossego, procure escapar do período do Festival de Inverno, porque a cidade se transforma. Não pelos habitantes locais, mas principalmente pelos visitantes,que fazem questão de bebedeira, som alto, muito diferente do perfil do pessoal que estamos acostumados a conviver.

Para visitar o Parque Nacional  www.icmbio.gov.br/parna_guimaraes  são necessários alguns agendamentos prévios. Você só poderá entrar no Parque com o acompanhamento de um guia credenciado (no site do Parque existe a relação), agendar um dia antes,ter o voucher emitido por algum local credenciado (o guia saberá dizer a você) e estar na entrada do Parque entre 8:00 e 9:00 hs na manhã do dia agendado. Ufa!

E assim fomos nós, acompanhados do guia José Paulino dos Santos, fone (65) 9225-0035, (uma figura!), para nosso passeio no Parque Nacional. Fizemos o caminho das cachoeiras, visitando a Cachoeira das Andorinhas, do Pulo e da Independência. São trilhas curtas, bem sinalizadas e não dá para cansar muito, porque você vai se refrescando no caminho, em cada uma delas. Gostaríamos de ter visitado a Cidade de Pedra, mas ainda permanecia fechado para visitação, e o Morro do São Gerônimo não nos animou pelo longo percurso de trilha.


No segundo dia visitamos o Mirante do Centro Geodésico, uma vista deslumbrante,e depois seguimos para a Caverna Aroe Jarí (a maior gruta de arenito do Brasil, com 1.550 m de extensão (gente, nada muito interessante, na nossa opinião, principalmente depois que conhecemos Intervales e a gruta da Torrinha, na Chapada Diamantina )e depois a gruta da Lagoa Azul, onde os banhos são proibidos(uma pena!) .O passeio acaba durando o dia inteiro, então nossa dica é reservar o almoço no restaurante da Caverna (R$ 18,00 por pessoa), antes de descer para fazer os passeios. A entrada também é paga (R$ 15,00 por pessoa, estudante pagando meia) e só é permitido a entrada com um guia. É, não fica um passeio barato, porque além das entradas nos passeios, você ainda paga pela diária do guia.


No terceiro dia, acabamos dispensando o guia e fomos visitar a Cachoeira da Martinha, onde o rio Casca forma uma sequência de quedas, formando boas piscinas naturais para banho. Fica a cerca de 40 km em direção à Campo Verde, praticamente na beira da estrada. Vimos o anúncio de um empreendimento que será construído no acesso à cachoeira, então a impressão que tivemos foi que após sua construção, sua entrada deverá ser limitada. (Esperamos que não).

Nossa impressão final: é a Chapada indicada para caminhantes que estão iniciando sua trajetória ou com crianças pequenas.É uma cidade bem mais estruturada que as outras duas chapadas (Veadeiros e Diamantina), com o centro bem diversificado (entenda-se restaurantes, bares, lanchonetes, muuitas lojinhas de artesanato, sorveterias), com Pousadas para todos os bolsos e gostos porém urbana demais para nosso gosto.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

São Francisco Xavier


(Filminho clicando no título)
Classificação: matando saudades...

 Começamos a frequentar São Francisco em 1997, fomos algumas vezes pela proximidade com São Paulo, e voltamos agora, na Páscoa, depois de 10 anos. Foi o lugar da estréia da Júlia nas caminhadas. Continua ainda um lugar simpático e acolhedor.
 Fica a aproximadamente 150 km de São Paulo, passa dentro da cidade de São José dos Campos, onde existem placas indicativas até lá, passando por Monteiro Lobato.
A cidade é daquelas típicas de interior, com uma avenida principal, uma praça central, com coreto e igreja, todos se encontram o tempo todo, nas lojinhas de artesanato (aproveitem as mantas e os tapetes, que são bonitos e têm preços bons) e nos restaurantes, cafés e depois nas cachoeiras.
      O que nos assustou desta vez  foi que o custo de vida da cidade aumentou consideravelmente. O preço das pousadas, de maneira geral, ficou assustador. Parece que o público que passou a frequentar a cidade busca mais aquele clima meio "Campos do Jordão", aquela coisa mais chique e para nós, que gostamos mais daquela atmosfera alternativa, mais hipponga, perdeu um pouco o ar de "Visconde de Mauá".  Como diz nossa amiga Tânia, e como toda nossa Ogroturminha sabe, nós procuramos lugares com um bom custo-benefício, considerando sempre, que vamos passar praticamente o dia inteiro passeando e voltar à tardezinha,quase à noite apenas para um bom banho quente e uma cama limpa numa pousada honesta.  Ficamos novamente na Estalagem Alpina (12)39261180, da Cleusa, que fica bem na frente da praça, muito simples, mas que satisfaz as nossas poucas necessidades.   
      Sinceramente, porque como conversávamos com o nosso velho e bom amigo Miragaia do CAT (onde ele  começou o serviço, desde os idos de 97, quando nos conhecemos), para pagar R$ 800,00 o pacote de feriado (e por aí vai), você tem que chegar na pousada e não sair mais. (o que particularmente não é o nosso caso). Mas, as implementações que foram feitas na praça, no coreto, nas plaquinhas das ruas, ficou muito bonitinho.
      Muitas das atrações que visitávamos na época estão fechadas por estarem dentro de propriedades particulares e pelo fato dos proprietários terem sofrido alguns prejuízos por turistas não tão conscientes, digamos assim. Desta vez quem nos guiou foi a Sabrina, a filha do Mira,(ai gente, o tempo passa....) para a  Toca do Muriqui, que acaba numa pequena cachoeira. Lembramos desta trilha só na volta, pois o começo da trilha é mesma trilha que fizemos há 13 anos atrás para a Travessia para Monte Verde. (essa trilha na época ficou na nossa história, porque não conseguíamos nem falar no final do passeio, de tão cansados. Pelo menos eu e o João.Estávamos ainda com o Renato e o Maurício).
      Existem outras trilhas, agende no CAT, mas acabamos fazendo só esta.
      No dia seguinte, fomos conhecer o Pouso do Rochedo, http://www.pousodorochedo.com.br/  que nos surpreendeu.Você paga o "day use", (pagamos se não me falha a memória R$ 10,00 por pessoa) recebe um mapinha das trilhas pela simpatia do proprietário, Sr. Antonio ,pode andar pelas trilhas dentro da pousada (que têm da mais levezinha até uma, de subir um pico, que desta vez não deu coragem), e visitar várias cachoeiras, terminando na última muito bonita,e de quebra ainda pode tomar um banho nas piscinas da Pousada. Existem várias opções de hospedagem, desde chalés até casas para famílias maiores. A casa ele cobra R$ 50,00 por pessoa, (é melhor vc checar antes, em todo caso) com direito a café da manhã. Combinamos nós e a Tânia e o Felipe de passar um final de semana nesta pousada e fazer o pico (quando não estiver chovendo, porque nós pegamos muita chuva desta vez).
        Não temos dicas gastronômicas uau!!, dessa vez, infelizmente. Tentamos comer num restaurante que servia trutas (que parece ser a especialidade da região), mas as crianças (ops, me esqueço que não posso chamá-los mais assim) não quiseram. Como caminhávamos e chegávamos tarde (por volta das 14:00 hs), e a fome apertava, almoçamos dois dias no restaurante da Pousada São Francisco, self-service.
      Comemos uma pizza muito ruim, que não lembramos o nome do restaurante, que se dizia feita na pedra, mas não era nada.Só valeu porque de lá vimos a procissão da cidade da Paixão.Coisas que você vê só no interior mesmo. Foi surreal, porque a Júlia não havia visto nunca e ela se aterrorizou com aquela gente vestindo branco, carregando uma pessoa morta (ela achou que a cruz com Jesus fosse um cadáver) acho que ela andou assistindo filmes demais...e entrou em estado de pânico. Até explicar o que era uma procissão e que não era gente morta...
      Como todo guia falava no Photozofia, fomos lá para conhecer o espaço. É muito diferente, deve ser muito legal, mas à noite, realmente, a gente estava só o pó, além de estarmos com as crianças (ops, de novo), então... quem sabe numa próxima.

domingo, 16 de maio de 2010

Férias de julho 2010


Olá, Ogroturminha!!!
  
   Estamos roteirizando nossas férias de julho de 2010.Estamos estudando a terceira Chapada (Guimarães) e Nobres, sugestionados pela Família Muller. Estamos planejando também uma coisa um pouquinho mais radical, que é a Travessia da Serra dos Órgãos. (vamos nos testar, não sei ainda se vai dar certo).Quando estiver pronto passo para vocês.
O ogromor ainda falou também na nossa saudosa D. Nélia e o S. Joaquim, em São João Batista do Glória. São tantas opções que a gente fica até tonto de pensar!!!
 Outra novidade é que também começamos a  colaborar nos mochileiros: http://www.mochileiros.com/
                                                                          Abraços, e até mais!!!
                                                                               Nóis, família Ogro

domingo, 4 de abril de 2010

Joanópolis

   Vivenciamos um Natal diferente neste último ano e confesso que foi muito tranquilo, sem horários, sem formalidades, sem rigidez, todos fazendo o que e quando quisessem, só importando que estávamos juntos, desfrutando a companhia um dos outros.Este não é o verdadeiro espírito do Natal? Afinal, como diz o Ogromor, Natal não é um dia só, você faz ser Natal todos os dias do ano, se assim se propor. Fomos para Joanópolis, e completamente diferente das nossas experiências, dividimos uma casa com minha família e todos os agregados, lógico.
     Como não poderia deixar de ser, saímos para conhecer os arredores e conto aqui um pouquinho do que pudemos ver. Ficamos numa casa na beira da represa, então como não poderia deixar de ser,  só ela já é uma atração à parte, e muitas das atrações locais, exploram a represa, como os esportes aquáticos, pesca (para o delírio do meu pai) e passeios de barco. Existem várias Marinas ao redor da represa,com vários tipos de estruturas e acomodações.
       Ficamos perto da Pousada Monteleone http://www.pousadamonteleone.com.br/ ,  e nas nossas caminhadas diárias, eu e o Ogromor visitamos a Pousada para conhecer melhor. Estivemos em Joanópolis uma vez, por volta de 2004, mas ficamos numa pousada no centro da cidade e choveu tanto, tanto, que a gente quase não aproveitou. Nesta época, já havíamos ouvido falar da Pousada, mas não fomos visitar. A funcionária da Pousada foi muito gentil, nos mostrou toda a estrutura do lugar, que também fica margeando a represa, os chalés são muito aconchegantes, eles têm diversas atividades, mas o que nos chamou a atenção foi o Spa, que parece bem legal. Eles programam quando seria a próxima temporada e divulgam no site, como pude ver.
        No dia seguinte, fomos conhecer os arredores, com o Adriano, um moço que deu várias informações quando eu liguei para a Secretaria de Turismo, e mesmo ele insistindo que não era guia de turismo, combinamos dele nos levar a algumas atrações, considerando sua formação em turismo e porque ele se mostrou extremamente simpático, e porque conhecia a região. Como estava nublado, não  conseguimos subir uma das principais atrações,o Pico do Selado. Vai ficar para uma próxima.  Conhecemos a Cachoeira dos Pretos, uma queda de 150 metros, muito bonita, mas para visitá-la, caro caminhante, decepção total. Bom pelo menos para nós. Sabe aquela coisa, hordas de gente chegando, estacionamento parecendo de shopping, restaurantes cheios, obviamente, calçamento até quase a borda da cachoeira. Horror total!! Saímos correndo de lá.
         Visitamos uma quedinha que muito pouca gente deve conhecer, só o pessoal local, como o Adriano comentou e depois, na parte de cima,da Cachoeira dos Pretos, a Cachoeira da Iponina, que pastamos para conseguir achar, não tinha indicação nenhuma, mas esta lavou nossa alma de conhecer  um lugar selvagem. Nem nosso guia havia conhecido este local antes.
           Acabamos  não conhecendo os atrativos da gula de Joanópolis, pois aproveitamos a comida de mãe, que é sempre bem vinda e nos faz sentir literalmente em casa, não é mesmo?
           Bom, é isso, um lugar bem pertinho de São Paulo, e uma dica para variar do programa shopping com a família, para passar um final de semana diferente.