domingo, 24 de junho de 2012

Trilha com crianças??????

Primeira caminhada com a Júlia
São Francisco Xavier  janeiro 2001

Revisitando este fim de semana os inspiradores blogs Eu viajo com meus filhos e Mãe Mochileira, Filho Malinha revivi a vontade de compartilhar as nossas vivências com a Júlia desde pequena. Atualmente, publicamos as viagens recentes, lógico, e parece que sempre foi assim, mas para chegarmos até aqui, foi um longo processo...

Ouvimos sempre os maiores incentivos e elogios pelo fato de levarmos conosco nossa filha nas trilhas desde os 2 anos de idade praticamente,bem como desaforos impublicáveis de gente nos xingando e achando um ABSURDO levar a criança para os perigos insondáveis da vida na Natureza... 

Pq. Nacional de Aparados da Serra
Fevereiro de 2002
Na realidade, nunca paramos para nos perguntar se seria possível continuar nossas viagens de ecoturismo quando nossa filha nasceu há 13 anos.
Continuamos a viajar, e acima de tudo, a vontade de continuar a fazer o que é nossa paixão e de não concordamos em deixar nossa filha com avós, babás e tias, e perder a possibilidade de compartilhar momentos únicos com seu filho, criando laços e cumplicidade entre pais e filhos foi o que nos motivou a buscar formas de levá-la conosco.
Pensamos que o primeiro item a ser pensado, claro, é na criança. Ouvi isso uma vez de uma amiga, quando a Júlia tinha meses, e nunca mais isso nos abandonou: "quando você moldar a sua vida para o bem estar dela, todo o resto irá fluir", e essa máxima, utilizamos em todo o processo, não só nas trilhas, claro...

Pq. Carlos Botelho
abril de 2003


Como?
Portanto, o primeiro item pensado foi no meio de transporte. Lógico, que vimos todo o tipo de coisa: criança sendo carregada no colo, nos ombros, sentada, deitada, mas pela nossa experiência, a melhor maneira ainda é o equipamento correto, que é a cadeirinha. Desde os modelos mais simples até os mais sofisticados, o importante é que ela ofereça segurança para a criança, com acolchoamento interno, cintos de segurança para fixá-la ,e também para quem a carrega, trazendo maior estabilidade e segurança.
Depois de adquirido o equipamento vem o processo de "aclimatação" da criança. É um processo, mesmo, mostrando para a criança que é uma brincadeira. Com o tempo, e quanto mais tranquilo for esta aclimatação, ela e o carregador irão se ajustando. Cabe ressaltar aqui, que durante o processo, carregue a criança na cadeirinha onde for com ela, na feira, no mercado, no shopping, no parque...

Gruta do Paiva- Intervales
2006, com a tia Adriana e Marlene

Acompanhantes

Vamos para os acompanhantes... Como o carregador estará sobrecarregado, literalmente, o acompanhante acaba ficando com todo o restante da bagagem. Lanche de trilha, mudas de roupas para a criança, fraldas, suquinhos, lanchinhos, marmitinhas e todo o resto .
Outra importante tarefa do acompanhante é colaborar na trilha, sinalizando os melhores pontos no caminho, onde oferece risco, liberando a trilha, visualizando em cima também, porque a criança normalmente estará acima do nível da cabeça do carregador, então ficar atento a galhos ou outros eventuais riscos.
Com relação ainda a acompanhantes, aqui sim, vale todo o tipo de ajuda. Tivemos váaarios companheiros na nossa jornada, e todos eles foram muito importantes. Desde guias cuidadosos, até nossa querida Ogroturma, que nos ajudavam de todas as maneiras, carregando a cadeirinha literalmente, ou com palavras de incentivo para a Júlia (e para o João).

Pq. Aparados da Serra
Fev. 2002, o guarda chuva é um "improviso",
tirado de um carrinho de bebê
Alguns ajustes

Na caminhada:
Façamos alguns ajustes para que a criança possa nos acompanhar nestas aventuras... Consideramos ajustes aqui, desde acoplar um guarda chuva de carrinho na cadeirinha, como nós fizemos, porque a criança não suporta colocar boné até adiar a tãao sonhada aventura para a Patagônia, até a criança ter condições de acompanhar os pais.
Protetor solar e repelente, apesar de um tormento de vez em quando passarem nas crianças que não param quietas, imprescindível assim como renová-los a cada banho de cachoeira ou de mar, claro.
Para descansar a criança e o carregador, o ritmo da caminhada não pode ser como se só estivessem adultos e jovens. O ritmo deve ser mais lento, com mais paradas, até para a criança esticar as pernas um pouco, portanto, conte com uma turma compreensiva e com guias locais que tenham o bom senso de entender isto (ou como fizemos várias vezes, contrate um guia exclusivo, só para a sua família e deixe claro esta condição).
Leve sempre água, (imprescindível), sucos, bolachinhas, guloseimas.
Quando a criança for crescendo, estas paradas podem ser um pretexto para elas irem "desmamando" da cadeirinha, e aos poucos, os períodos que ela permanece caminhando irá aumentando com a idade.
Até aqui, tudo tranquilo, pois o esforço maior cabe a boa disposição do heroico carregador e aí chega o tempo em que a cadeirinha torna-se pequena e o carregador também já não está mais assim, um Hércules...

Gruta do Paiva
Intervales 2006, já feliz nas
cavernas
No desmame da cadeirinha:
Como sempre: aclimatação da criança e um processo lento e paciente...
No nosso caso foi o pior possível: estávamos na Trilha da Cachoeira da Laje, na Ilha do Cardoso, cerca de 20 km ida e volta, a Júlia com 4 anos, no limite de peso que a cadeirinha suportava, e para ir, beleza...
Na volta, pegamos uma chuva no caminho, os irresponsáveis guias do Parque simplesmente nos deixaram para trás, com toda a nossa turma e o João simplesmente não aguentava mais, anoitecendo, um horror!!!! O caminho até foi fácil de achar, não tinha muito segredo, mas a Júlia acabou tendo que descer, e fomos guiando ela, dando a mão nos trechos mais complicados, um na frente e outro atrás, mas com paciência (e toda a querida Ogroturma que estava com a gente) conseguimos chegar no ponto inicial da trilha.
Ficaram aqui, algumas lições deste dia:
-a criança sempre no meio de dois adultos (ainda hoje escalamos a fila indiana nas trilhas desta forma, intercalando a criançada que está com a gente);
-o adulto sempre orientando e avisando onde pôr o pé, como, onde pôr a mão e onde não, os buracos, pedras e pontos escorregadios e ajudando onde é mais perigoso;
-deveria ser o primeiro mandamento do trilheiro: “Não pularás”... já vi gente tentando dar uma de Indiana Jones e se machucando várias vezes...
-segundo mandamento: “Na dúvida, use a terceira perna”... ou como dizia nosso amigo Aércio da Chapada Diamantina, “usa o freio ABS”...  eu explico: (A bunda segura), eu sei, meio feio, mas sempre funciona. Nada de novo, de dar uma de herói e Eu consigo! Ficou com receio de cair, não hesite!
-terceiro mandamento: “em pedras, principalmente molhadas, agacha,segura nas pedras e vai!” Esta história de andar equilibrando em cima de pedras, achar que pode saltar e vai cair seguro do outro lado, inevitavelmente acaba mal. Primeiro, certifique-se que terá apoio no passo que dará e então continue, neste tipo de lugar.
-quarto mandamento: “não correrás”. Você está c.a.m.i.n.h.a.n.d.o., não é uma corrida de aventuras, ainda mais com crianças.

a "bóia-fria" em Gonçalves
Julho de 2001
Na alimentação:
Algumas vezes não será possível almoçar, dependendo da distância da trilha. Levávamos uma “bóia-fria” com um potinho com um pouquinho do jantar do dia anterior e uma colher, ela sentava no colo do pai ou num cantinho e mandava ver. Lógico que aqui valem as papinhas industrializadas. No nosso caso, ela não gostava muito, pois sempre preferiu “comida de verdade”, como ela dizia.
Conforme a criança vai crescendo, com um café da manhã bem reforçado, alguns lanches de trilha, o almoço tardio também fica valendo.


Concluindo portanto, com alguns ajustes, uma conjunção de fatores, que inclui o equipamento, o carregador, os acompanhantes e claaaro, a adaptabilidade de criança, é possível sim, você continuar suas caminhadas com seu filho. Parece muito sacrificante, nestes termos, mas acreditem, não existe satisfação maior do que você compartilhar estes momentos dessas viagens, mais o contato com a natureza e o fortalecimento do laço familiar.
Continuo nos próximos capítulos...


terça-feira, 12 de junho de 2012

Bolo de Farofa

Bolo de Farofa

Ingredientes para o bolo:

.3 xícaras de farinha de trigo
.1 ovo
.1 xícara e ½ de açúcar
.1 tablete de margarina 100 g
.1 colher de sopa de fermento em pó

Ingredientes para o creme

.1 lata de leite condensado
.1 lata de leite comum
.2 colheres de sopa de amido de milho ou farinha de trigo
.1 colher sopa de margarina
.2 gemas
.1 colher sobremesa de baunilha
.1 lata de creme de leite

Modo de fazer

  1. Misture os ingredientes da farofa com as mãos até ficar bem soltinha, reserve
  2. Levar ao fogo o leite condensado, o leite comum, o amido ou farinha, a margarina, as gemas até engrossar
  3. Retire do fogo e coloque o creme de leite e a baunilha
  4. Espere esfriar para fazer a montagem
  5. Untar e enfarinhar uma forma retangular, colocar metade da farofa, o creme já frio e a outra metade da farofa
  6. Levar para assar por 30 minutos mais ou menos

Receita  gentilmente cedida pelo amigo Fabiano.
Pulo do Ogro: o bolo está pronto quando as bordas estiverem douradinhas, aí é hora de tirar. A farofa não ficará corada como os bolos normais.

domingo, 10 de junho de 2012

Bolo construção

Antes
Pois é, feriadão, nós de molho em casa, pois o Ogro não conseguiu emendar..., nada nos resta além de... engordar mais um pouco, e fazer os outros engordar um pouco mais...
E também, para mostrar que nem tudo são flores, este é um dos experimentos fracassados... vamos ao que interessa:

A receita:


Bolo Construção

Massa:
1 copo de leite
2 tabletes de fermento
6 colheres de sopa de açúcar
5 ovos
200gr de margarina
800gr de farinha de trigo
1 colher de chá de sal

Recheio:
1 late de leite condensado cozido em panela de pressão por 45 min (até virar doce de leite)

Farofa:
100gr coco ralado
1 colher de sobremesa de canela em pó
1 xícara de açúcar

Calda:
2 copos de açúcar cristal
1 copo e ½ de água

Modo de preparo:
Misturar os tabletes de fermento ao açúcar e acrescentar os demais ingredientes da massa, misturando bem. Deixar a massa crescer e depois fazer bolinhas recheadas com o leite condensado cozido, untando bem as mãos com margarina.
Passar as bolinhas pela farofa e colocar de maneira regular com espaços em forma de anel removível, regar com a calda antes de levar ao forno.

Comentários:
Aparentemente simples, foi até fácil de fazer,  mas os percalços no meio do caminho...
Até a parte das bolinhas, e colocar na forma de aro removível, beleza, regamos com a calda e foi... Nos primeiros cinco minutos, aquela calda no forno quente foi ficando líquida, e escorrendo pela forma de aro removível... tiramos do forno e colocamos uma outra forma por baixo para conter aquele líquido...
Aí, as bolinhas começaram a crescer, crescer, crescer, e foram lentamente pulando da p#*!  da forma removível, e caindo naquele líquido que a essa altura já estava se tornando um caramelo queimado, como se estivessem  se suicidando pela tristeza de permanecer naquela forma...
Sério, parecia um ser vivo, daqueles filmes tipo Alien, e nós indefesos e assistindo ao triste espetáculo  e não podendo fazer nada...
O gosto não ficou tão ruim, aliás, é muito bom, mas, coloquem numa forma maior quando forem fazer.

O bolo recebeu no final o carinhoso apelido de "bolo mutação"

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Nossos points na Liberdade

Angry Birds na loja Shinozaki

Nossos points na Liberdade

Para abastecimento:

-Marukai ou Casa Bueno: uma do lado da outra, quase impossível entrar aos domingos. Aqui você encontra: obentôs, doces japoneses diversos, temos que trazer sempre, entre outros, doces como o yakimanju e sembei,  salgadinhos japoneses diversos, como um salgadinho de ervilha com cobertura de wasabi (ardido que dói!)  e biscoitos de arroz, balas de algas (compre, é super diferente!), balas com sabores inusitados (o de flores é o que a gente mais gosta). Depois, a comida de verdade, temperos, (aji no moto, missô, hondashi) furikake, macarrão para yakissoba, shimeji e shiitake desidratado, macarrão para udon, wasabi para comer com sushi e sashimi e banchá.
Marukai: www.marukai.com.br, Rua Galvão Bueno, 34
Casa Bueno: www.casabueno.com.br, Rua Galvão Bueno, 48

-Mercado Kaisen: um mercadinho pequeno, com hortifrútis orientais, mas as dicas aqui: na frente, têm uma barraquinha que vende o takoyaki e depois das 14:00 hs, os obentôs recebem um desconto de aproximadamente 20% . 

Coleção de miniaturas do Ultraman, Ultraseven e similares no  Shinozaki
Para bater perna:

-Himeyá e Tenman-yá: São lojas distintas, mas bastante semelhantes nos produtos que vendem: utensílios domésticos japoneses, panelas e aparelhos elétricos específicos, como as panelas para arroz ou fritadeiras, potinhos diversos, desde os plásticos, até os de melanina, acessórios para decoração, como luminárias e lanternas e biombos mas o que eu mais gosto são as cerâmicas japonesas, principalmente da Tenman-yá, aqueles conjuntos para chá, um mais lindo que o outro. Se eu pudesse, trazia um de cada...
.Himeyá:  http://himeya.com.br, Rua Galvão Bueno, 54
.Tenman-yá: www.tenmanya.com.br, Rua dos Estudantes, 19
Bronca: não me deixaram tirar nenhuma foto, em nenhum dos estabelecimentos!

Coleção de miniaturas no Shinozaki
toucas de animes e games










-Sogo Plaza Shopping: uma grande galeria, como inúmeras de São Paulo, mas aqui... lojinhas especializadas lógico. O que a gente gosta aqui: entrar nas inúmeras lojinhas que vendem animês, games, camisetas e brinquedos e acessórios para cosplay.
.Shinozaki: nem que seja para comprar um chaveirinho, vale a visita. A gente se perde com tanta coisa: os brinquedos, os chaveiros, as miniaturas diversas...
.Clássicos e animes: cada vez que a gente passa nesse box, nossa coleção do Miyazaki vai aumentando...
.Sogo Plaza Shopping: http://www.sogoplazashopping.com.br/, R. Galvão Bueno, 40.
.Shimozaki: www.lojashinozaki.com.br, 2º andar, loja 231
.Clássicos e animes: www.classicoseanimes.com,  Lj.13, Térreo

pertences da Júlia da Fancy Goods
-Fancy Goods: uma lojinha que as meninas de todas as idades irão amar! Tem tanta traquitana bonitinha, que não dá para sair de lá sem comprar pelo menos uma borrachinha. Bolsinhas, estojos, canetas, borrachas, lápis, cadernetas, todas importadas que sua filha (e você) irão se derreter, de tanta fofice!   
Bronca de novo: não pude tirar foto. O jeito foi tirar foto das traquitanas da Júlia, velhas mesmo.
Rua Galvão Bueno, 224

-Ikesaki Cosméticos: revoada das peruadas aqui... não lembro direito, mas são 3 ou 4 andares de cosméticos, setor de cabelos, setor de unhas, e assim vai...
www.ikesaki.com.br, R. Galvão Bueno, 37

-Tsuruya no Futon e Futon Shop: o japonês não consegue dormir com edredon fininho... nós “precisamos” do futon, para dormir. Além disto, veja os shikifuton, almofadas, tatames, esteiras e pufes.
. Tsuruya no Futon: www.tsuruya.com.br  R. dos Estudantes, 49
. Futon Shop: www.futonshop.com.br, R. dos Estudantes, 55 e 73

-Livraria Sol: tradicionalíssima, funciona desde 1949. Lembro que ia buscar livros para o meu avô, desde bem pequena ali, com ele.
www.livrariasol.com.br, Pça. Da Liberdade, 153.

-Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa (Bunkyo)
Também lembro de frequentar o local com o meu avô, que vinha para as exposições de orquídeas que a entidade fazia.
No 1º andar fica o Museu de Arte Nipo-Brasileiro, e do 7º ao 9º andar, está a exposição permanente do museu.
www.bunkyo.org.br,  R. São Joaquim, 381

Obentô só de sushi e inarisushi
Para comer

-Bakery Itiriki: uma padaria onde você escolhe o que vai comer no vasto bufê, entre pães de todos os tipos, doces, salgados e com especialidades japonesas, como o kare-pan, recheado com legumes ao curry e ainda os tradicionais salgados. A vitrine você enxerga da rua, e sempre é uma tentação passar ao seu lado.
R. dos Estudantes, 24  Fone: 3277-4939


-Food Center: é um prédio inteiro com restaurantes, na Rua da Glória. Fui no Sukiyaki House, especializado no prato que leva carnes, legumes e verduras diversas e macarrão,  e a diferença aqui, é que você mesmo vai preparando o prato na mesa que está embutido a panela, e os ingredientes vão sendo cozidos lentamente, cobertos com o molho.
No prédio também, além das casas especializadas em Sukiyaki, os de Sushi.
R. da Glória, 111.  Fone: 3106-4067


-Itiriki: Um bufê por quilo, com especialidades brasileiras, japonesas e chinesas.
Praça da Liberdade, 159. Fone: 3341-7528
-Kanazawa: casa de doces tradicionais japoneses. Frequento a região há muito tempo e só esta semana é que entrei. É bem pequenininho, já no finzinho da Galvão Bueno. Não comprei nada, porque já tinha passado para as compras de abastecimento, mas me tentou os doces frescos expostos. Da próxima visita não passa!
www.kanazawa.com.br, R. Galvão Bueno, 379.

Oniguiri de umê
-Mussashi Yakissobateria: um lugar pequeninho, um tanto quanto claustrofóbico, mas serve comida rápida, num preço honesto, farta, fugindo um pouco dos preços praticados em alguns restaurantes locais.
R. dos Estudantes, 28. Fone: 3203-0900

-Nandemoyá: para alguns, um horror, para outros, um paraíso. Um horror, devido às características “ambientais” do lugar: um enorme galpão, com capacidade para 400 pessoas, que acreditem, completamente lotado aos domingos, não há privacidade nenhuma, nem cantinho aconchegante, nem clima romântico e intimista que nada! Parece na verdade, um refeitório de uma fábrica. Some-se ao fato que aos finais de semana tem sempre música ao vivo, e às vezes, não é da melhor qualidade...
Agora, o paraíso: um self service com tudo fresquinho, reposto a toda hora, com sushis  que fogem ao padrão california roll, ou aquelas misturanças com manga e maionese dentro do sushi, que pelo amor!! Sushis com tako (polvo), ovas de peixe fresquinhas, temakis, e sashimis de atum e salmão bem frescos. Não é “o” japonês, com estrelas e tudo o mais, mas é honesto e a variedade chega a deixar a gente atrapalhado naquelas curvas do bufê. Missoshiru e uma sobremesa free.
R. Américo de Campos, 9. Fone: 3208-8604

-Pastelaria Yoka: bem famosa, cheia de indicações, dos Guias (Veja, Quatro Rodas, etc), fomos experimentar esta semana. É bem pequeninha, impenetrável aos finais de semana, então aproveitamos a semana, que estava bem mais tranquilo. O tão aclamado pastel realmente tem a massa bem fina, crocante e o recheio bem farto. São 33 sabores, e o preço varia de R$ 3,80 a R$ 9,80, o de camarão e o de bacalhau.




domingo, 3 de junho de 2012

Liberdade



Liberdade

A Liberdade, é um bairro no centro de São Paulo com a maior concentração de asiáticos (japoneses, chineses e coreanos) por metro quadrado e tudo o que se refere a sua cultura.
É ponto de “abastecimento” como no nosso caso, para buscar as iguarias orientais para a culinária, aos sábados e domingos funciona a feirinha tradicional, pegando a Praça da Liberdade e ruas adjacentes, ver as novidades da cultura pop japonesa e compras, compras!

Como chegar
A melhor maneira é o metrô. Você sai bem na Praça da Liberdade e daqui consegue chegar nos principais pontos do bairro a pé mesmo. Existem inúmeros estacionamentos, também facilita bastante. Os mais caros ficam nas adjacências das ruas Galvão Bueno, com a Rua dos Estudantes , Rua da Glória e Praça da Liberdade e quanto mais afastados deste quadrilátero, a hora/estacionamento vai barateando. Fique atento também que aos finais de semana os preços dos estacionamentos quase dobram.

Feirinha da Liberdade
Acontece aos sábados e domingos, das 9:00 às 18:00 hs, na Praça da Liberdade, até o finalzinho da R.Galvão Bueno. Fica bem cheio, principalmente, na época das festividades: em abril, o HanaMatsuri, em julho, o Tanabata Matsuri e em 31 de dezembro, a Festa do Moti Tsuki, que você já deve ter assistido rapidamente em algum telejornal matutino nesta data.
Na feirinha: um monte de coisa kitsch, para quem não está acostumado, mas sempre tem: os saquinhos vendendo os peixinhos beta, lanternas e luminárias de papel com ideogramas, plantas e vasos, mas só umas poucas barraquinhas, utensílios em bambu, como colheres, pentes, coçadores de costas (é, é isso mesmo que você está lendo), até com uma bolinha de borracha na ponta, para fazer massagens (toda casa de japonês tem), acessórios (brincos, anéis, pulseiras), material em couro (sandálias e bolsas), acessórios de decoração japoneses (fontes, persianas, amuletos, ba-guás) e... a parte da comida, lógico, todo o lado esquerdo da praça (pegando a Rua dos Estudantes).
Barracas disputadíssimas vendendo yakissoba, tempuras gigantes com camarão, ebiyaki, takoyaki e raspadinhas.

Como normalmente eu vou para me abastecer dos ingredientes para a culinária, (como o consumo aqui em casa é um tanto quanto frequente, é vantajoso ir até o bairro, do que comprar nos mercados comuns) prefiro ir durante a semana, que é bem mais sossegado.



Dicas:                                                                                                                                                         
-Preste atenção: você não está em Tóquio, ainda está em São Paulo. Apesar do policiamento, cuidado com bolsas e pertences pessoais. Não descuide...
-De novo, não se iluda... o lugar é sim, meio degradado, meio abandonado, as luminárias, o Torii estão sujos, há ambulantes em cima dos viadutos, alguns becos cheiram mal, então, nem tudo são flores....
- Não sei dizer, acho que nunca fui à noite, mas realmente não ficaria muito confortável. O bairro está colado à  Praça da Sé.. ponto nada seguro por aqui...
-Alguns lugares bem tradicionais (aqueles locais pequenos mesmo) só falam em japonês. Acho que você não terá que se preocupar muito, entrando só nos locais turísticos. Encontrei um local assim, onde o dono era já idoso, e o filho tinha saído um pouquinho, então com o meu parco japonês (minha mãe me xinga toda vez, para que eu fiz nihongakko (escola de japonês) tanto tempo!) consegui me comunicar.
-Não se assuste ao entrar em um restaurante e os donos gritarem para você: “Irashaimasê!!!”. É algo como “Seja bem vindo”. Vai fazer igual a um amigo de um amigo que saiu correndo achando que eles estavam dizendo exatamente o contrário, mandando ele embora...
-Não tenho dicas de lugares UAU, tipo chiquetê. Não sei dizer de lugares famosos “do” restaurante japonês, por exemplo, mas é um apanhado do que a grande maioria da colônia faz por aqui.


Para facilitar um pouco a sua vida:

(algumas parcas traduções):

.yakissoba: na verdade, todo mundo quando fala em comida japonesa, fala em ... yakissoba... sinto informar que não é japonês. É chinês! Preciso explicar mesmo? É o macarrão frito, com legumes, e carne (frango, carne ou porco) e o molho agridoce.
.tempuras: legumes ou frutos do mar (ou os dois) empanados e fritos
.ebiyaki: bolinhas recheadas com camarão e que levam um molho normalmente a base de shoyu e agridoce
.takoyaki: igual ao de cima, só que recheado com polvo
.raspadinhas: eu sei que é português, gente, mas não lembro muito de ter visto em outro lugar. Gelinho raspado, com calda a sua escolha (sabores de frutas) e leite condensado por cima.
.obentôs: é tipo um PF japonês, normalmente com sushi, oniguiri, um tipo de carne, como milanesa de frango, carne ou peixe, tempurá de legumes. Tem variações, mas o básico é isso.
.yakimanju: um bolinho assado com recheio de feijão azuki
.sembei: um biscoitinho fino, parecido com o nosso bijú.
.wasabi: uma pasta verde, de raiz forte, que acompanha sushis e sashimis
.missô: pasta de soja, usada para fazer sopas ou utilizada para temperos
.hondashi:tempero a base de peixe utilizada para fins diversos, no missoshiru, no nimono
.furikake:um temperinho seco, com vários sabores que utilizamos sobre o arroz
.shimeji e shiitake desidratado: tipos de cogumelos
.macarrão para udon: uma espécie de sopa, feita basicamente com um caldo a base de peixe, e complementos como aguê, kamaboko ou tikuwa e legumes
.sushi: o bolinho de arroz , que pode ser recheado ou coberto por peixe
.sashimi: peixe cru fresco (estou ouvindo um monte de ugh!!)
.banchá: chá verde
.futon: nosso edredon, só que tem uma camada bem grossa de fibras de algodão e revestidas com uma capa de algodão
.shikifuton: é a versão do futon mas com uma capa mais resistente e que vai ao chão, sobre tatames, para deitar por cima
.temakis: quase como os sushis, mas este fica em formato de cone e pode levar inúmeros recheios  também
.Missoshiru:sopa do missô

Como o post ficou levemente grande, achei melhor dividí-lo em duas partes. Consideremos esta, a primeira, como a parte técnica e depois conto nossos points.

Para conhecer e entender um pouco mais da cultura japonesa no Brasil, o link da NHK. Toda a colônia vê, já viu ou ouviu, em alguma época da vida.