domingo, 26 de agosto de 2012

Tour Cusco- Sítios Arqueológicos

Qoricancha


Fizemos este passeio no dia 15/07. Descemos até a Av. El Sol, logo após o café da manhã, na Municipalidad de Cusco para comprar os  boletos turísticos para o passeio do City Tour e de alguns Sítios Arqueológicos.
Fizemos umas comprinhas, passamos no mercado, compramos umas frutas e chocolates, lanchamos isso e nos preparamos para o pessoal nos pegar no Hotel às 13:00 hs.

Nossa guia foi a Angelica, infelizmente não sabemos o nome inteiro, mas achamos o endereço do  Facebook excelente guia, deixava todo mundo atento à sua explicação, clara, bem feita e envolvente. Tenho que dizer para vocês terem uma idéia que o João achava meio chato estes passeios, mas da maneira como foi conduzido este, ele mudou completamente de idéia e agora acha que é um passeio obrigatório. 

A última ceia em versão Cusqueña- na Catedral de Cusco
Foto de Mafer Producciones
A primeira parada foi na Catedral de Cusco, que eu e a Júlia havíamos entrado logo nos primeiros dias, nos surpreendemos com o visual mas a explicação que a Angelica deu ofereceu uma visão totalmente diferente do que simplesmente olhar a construção. Também foi a primeira vez que fizemos um passeio com aqueles fones de ouvido, então o que a Angelica ia falando,mesmo estando longe, ouvíamos direitinho e recomendamos o passeio desta forma. A entrada não está incluída no boleto turístico.

Foto de Mafer Producciones
A Catedral foi construída no sítio do palácio do Inca Viracocha, tem vários quadros da Escuela Cusqueña, que mesclava elementos da pintura espanhola com elementos locais, mestiços e os artistas incorporavam elementos da cultura andina às pinturas.
São impressionantes ainda o trabalho de entalhe em madeira, o altar confeccionado em prata e todo o interior dourado da Catedral.

Qoricancha ou Templo do Sol




Depois fomos a Qoricancha (Templo del Sol) & Santo Domingo.
A entrada também não está incluída no boleto.
O Convento de Santo Domingo foi construído sobre o Templo do Sol dos Incas. Neste lugar, podemos ver a alvenaria original, ainda intacta, mesmo depois dos terremotos que a cidade sofre a cada 300 anos. Vi fotos que mostram que o Inti Raymi começa por este Templo, na época do solstício de inverno no hemisfério sul. Deve ser um espetáculo deslumbrante...

Sacsayhuamán
foto de Mafer Producciones
Voltamos ao ônibus e seguimos para as famosas ruínas de  Sacsayhuamán A 2 km de Cusco. A Angélica explica que apesar de ser uma área enorme, apenas uma pequena parte do complexo original permanece neste local que não se sabe se era um local religioso ou um tipo de fortaleza. Todo o restante do lindo complexo estaria... lá embaixo, em Cusco, na construção da cidade. Dizem que no layout com forma de puma da capital    Sacsayhuamán forma a cabeça do animal e o zigue zague das paredes os dentes

Tambomachay
foto de Mafer Producciones
Seguimos em seguida para Tambomachay, um local talvez dedicado a cerimônias de água e adoração, onde a água flui por sistema de aquedutos e canais, e segundo a Angélica explicou, engenheiros mediram o volume de água dos dois canais paralelos e ainda hoje, tanto tempo depois, continua exatamente o mesmo, sinal da superior arquitetura inca.

Q' Enko
foto de Mafer Producciones
Já escurecendo, passamos rapidamente por Q’Enko, um local onde os Incas construíram um altar em forma de caverna e que alguns dizem que a mesa de pedra no interior desta caverna era usada para sacrifícios de animais, onde podemos chegar. Lá do alto, já anoitecendo, pudemos ter uma vista bonita de Cusco à noite.

A representação de Qoricancha
Já retornando à Cusco, um rapaz sobe no ônibus vendendo um DVD com fotos, música e um guia virtual de Machu Picchu entre outros, e acabamos comprando porque não é permitido tirar fotos de dentro da Catedral ou do Museu Inca. As fotos utilizadas neste post destes locais são deste DVD e pertencem a: Mafer Producciones, que disseram ter autorização dos locais para a publicação e divulgação das fotos, por isso estamos utilizando-as aqui.

Desembarcamos na Plaza de Armas e jantamos de novo na Tratoria Adriano, de novo  Pollo Saltado e a Júlia foi de Trutas ao Limão e voltamos para o Hotel descansar.




Cusco- Museu Inca

Museu Inka


Levantamos tarde, depois de uma noite mal dormida, nós dois passando mal, só a Júlia legal. MacDonald’s, os dias de trilha, cansaço, “largar o corpo”, ou tudo isso junto, sabe-se lá o que foi, mas fizemos tudo bem devagarzinho...
Tomamos café de volta no Dom Bosco Hotel, fomos bater perna pelas ruelas de Cusco, e conseguimos almoçar mais tarde.

Kintaro Restaurante
Cansados de tanto aji, papas e pollos, para nós foi um alento achar o Restaurante Kintaro, na Calle Plateros, 334, 2º piso. Comer um shirogohan-arroz branco com missoshiru-sopa de massa de soja, e horenso-um tipo de verdura, foi divino! Além de ser bem em conta, por S/ 15,00: Teriyaki Don, (frango teriyaki com arroz) Katsu Don (omelete, frango e cebola) com arroz, Kakiage Don (tempura de vegetais com arroz), e vários tipos de Udon (sopa japonesa com caldo encorpado e macarrão).
Os acompanhamentos diversos horenso e outras saladas por S/ 8,00 e lógico, vários tipos de sushis.
Abre das 12:00 ás 15:00 e das 18:00 às 22:00 hs, exceto aos Domingos e Feriados.

No Museu Inka- foto de Mafer Producciones
Depois fomos ao Museu Inca, fica na Cuesta del Almirante, 103 (esquina de Ataúd e Tucumán). A entrada não está incluída no Boleto Turístico e pagamos entre S/10,00 e S/15,00, não me lembro direito.
O Osgel recomendou o museu, assim como várias pessoas e vi indicações no Lonely Planet e no Frommer’s também, e achamos imprescindível a visita ao museu, para você entender um pouco mais sobre a cultura inca, e a própria história peruana.

No Museu Inka - foto de Mafer Producciones
 O museu fica no Palácio do Almirante, um palácio colonial do século XVII que pertenceu ao almirante Francisco Alderete Maldonado. O museu conta a história peruana desde as civilizações pré-incaicas e da cultura Inca, e ainda o impacto da conquista e dos tempos coloniais às culturas nativas.

Museu Inka- foto de Mafer Producciones
Tudo com exposições de peças de cerâmica, tecidos, jóias, crânios (sim, crânios), quadros, maquetes de Machu Picchu, uma visita obrigatória.
Infelizmente, tivemos que voltar cedo para o Hotel para descansar, por volta das 16:30 hs, para desespero da Júlia ...






domingo, 12 de agosto de 2012

Machu Picchu e Huayna Picchu


Machu Picchu

Deixamos a cargueira no Hostel e levamos só uma mochilinha de ataque para Machu Picchu. Saímos 5:30 hs para o ponto do bus que nos levaria pela estradinha.
Sai um ônibus atrás do outro, é só esperar na fila. Tem muita gente indo a pé, mas de novo, não nos arrependemos de ter pego o bus. Não tem cenário, são 2.400 m, mais o pedaço do Pueblo de Aguas Calientes até a entrada principal.

A entrada- foto da Mafer producciones
Explicações com o Osgel













Chegamos por volta das 7:00 hs, com uma horda na fila de entrada.
O Osgel nos levou bem para cima, perto da Casa da Guarda, depois da paradinha básica para a foto clássica, e começou sua explicação (e que aula!) sobre Machu Picchu. A primeira coisa que ele disse foi: “Bienvenidos a Machu Picchu”, dizendo que muitos guias não começam com essa frase, e para muita gente, como no meu caso, é a realização de um sonho de vida, o que já encheu meus olhos d’água, por mais besta que isso possa parecer.



No meio da explicação, paramos todos para admirar o nascer do sol, olha o clichê, mas não tem como descrever este momento, com toda aquela atmosfera local, o pessoal da trilha inca chegando ao amanhecer passando pela Ponte Inca e vibrando, mais chororô...
O Osgel circulou com a gente pelos pontos principais, explicando tecnicamente tudo, por volta das 9:30 hs, nos despedimos já com saudades, pois o que vivenciamos em pouco tempo, mesmo sendo um cliente ou um turista a mais para os guias, nos marcou bastante, pela intensidade. 

Recinto del Guardián
Vimos e recebemos a explicação do Recinto del Guardián e os chaskis,  o setor agrícola, o Templo de las Tres Ventanas, a Plaza principal, as Fuentes, o Templo del Cóndor, o Templo del Sol, com sua torre arredondada e pontiaguda e que no seu interior há um altar esculpido e uma série de nichos, a Rocha Sagrada, onde se acreditam que transmite uma força energética quase palpável, e hoje está cercada por cordas e não é permitido tocar nela.

Templo del Sol
Algumas pequenas dicas: se quiser usar os toaletes, use antes, pois lá dentro, não existem. Não é permitido mochila maior que 20 litros (os trilheiros precisam descer até a portaria e deixar a cargueira, para subir de volta), não é permitido bastões de caminhada e não é permitido fumar. Outra coisa que não parece importante, mesmo lendo bastante antes, é muito diferente receber a explicação ao vivo e à cores de algum guia ao seu lado, mostrando detalhes, na frente de cada monumento.

Rocha Sagrada



Esperamos a entrada às 10:00 hs da bilheteria para a subida do Huayna (ou Wayna) Picchu, até agora não descobri qual é o certo.

Subir, subir
 A subida é prevista para 1:00 h, e terminei em 2:00 hs, os dois subiram mais rápido e me esperaram lá em cima. A descida é bem mais rápida, em torno de 45 minutos.  É mais rápida, mas dá medo, porque as escadinhas são estreitas, qualquer vacilo naquelas pedras escorregadias, não tem corrimão, lógico, causam um acidente sério.

Guilherme, Rodrigo e Felipe e Machu Picchu no fundo

A subida foi bem penosa, dá vontade de desistir (vi algumas pessoas desistindo), além das pessoas do turismão padrão, gente com bota de couro de cano alto, por exemplo, mas o visual lá de cima compensa. Encontramos os meninos de Porto Alegre, Guilherme, Rodrigo e Felipe que nos emprestou a bandeira no topo em Salkantay.
a vista de Machu Picchu de Huayna Picchu
Neste ponto, uma grande parte fica por aqui, um tipo de plataforma e onde se tem uma vista linda de Machu Picchu bem pequenininha lá embaixo. Continuando a subida mais um pouco, passamos por um estreito túnel escavado na pedra até uma rocha no alto, onde se têm uma vista de 360º. 

o túnel dentro da pedra




O espaço é pequeno, o Osgel já havia nos alertado, mas como não tinha muita gente, pudemos ficar na rocha um bom tempo apreciando a paisagem.






Não sei o que é pior, a subida ou a descida...
A volta para Machu Picchu depois é feita por uma trilha mais tranquila, e para descer, tudo mais fácil. Passamos de novo por dentro da cidadela, cheeeeia, e mais uma nota mental aqui: mesmo com a emoção, o chororô e tudo o mais, tudo o que eu pensei em relação a parte espiritual e energética de Machu Picchu foi meio decepcionante. O visual é lindo, a história maravilhosa, o exemplo de cultura e espiritualidade impressionante, mas aquele monte de gente,me incomodou. Dá para sentir mais a atmosfera lá em cima de Huayna Picchu mesmo. (ou será a falta de ar e o cansaço que tornam a experiência mais penosa,e por isso mais significante???) 

O VistaDome
Na volta, mais umas fotinhas, pegamos o bus de volta para o Pueblo, comemos um sanduíche tenebroso perto do Hostel, seco, duro e que só desceu a base de muitos goles de chicha morada, pegamos nossas coisas no Hostel e fomos para a estação de trem, pegar o VistaDome das 15:20 hs.

A vista do trem
O trem vai margeando o rio Urubamba, a paisagem é bem bonita.
Não sabíamos que havia serviço de bordo e inocentemente pegamos uma água mineral, pela módica quantida de US$ 5,00. O pior que com o carrinho no meio, entre as fileiras de bancos, eu estava sozinha de um lado e os dois do outro lado, não vimos o que cada um estava pegando, então o João e a Júlia também pegaram outra garrafinha do outro lado, e pagamos portanto US$ 10,00 por 1 litro de água mineral...

Menu amostra grátis

Quando veio o segundo serviço, com um pratinho bonitinho, decorado com florzinha e tudo o mais, ficamos nos entreolhando, como: “quanto será esta coisa”, mas desta vez fazia parte do serviço. Chamei de amostra-grátis de comidinhas...bonitinho, mas...





Apresentação no trem

Depois teve uma “apresentação”, de parte de uma festividade local, que particularmente achamos que demorou um pouquinho demais, e depois um desfile de moda de blusas de lã de alpaca, lógico que com a devida maquininha da tarjeta de crédito no final do desfile.
Legal, bacana, mas também achamos meio longo demais e dispensável até. Nestes dois momentos, algumas turistas (alemãs pelo jeito), se entusiasmaram, dançaram junto, pularam, desfilaram alguns modelos e compraram bastante também, e a parte divertida e o resumo da ópera foi o comentário aborrecente e à moda Facebook da Júlia: “As gringa pira”...


Rio Urubamaba
Salvou a viagem, mil vezes, além do visual claro, minha conversa com uma senhora simpática que estava do meu lado, chilena, paisagista, que estava de férias com os  4 filhos e ouvir duas americanas no banco da frente, conversando e rindo o tempo todo.
A viagem que deveria demorar cerca de 4 horas teve problemas com a troca de locomotiva (daí o prolongamento da dança e do desfile) e atrasamos 1 hora do horário previsto, chegamos às 20:00 hs, com a Magaly e o Gualter nos esperando na estação de Poroy.
Mais meia hora de estrada, estávamos em Cusco e de volta ao Dom Bosco.
Como não havíamos comido nada, descemos de novo até a Plaza das Armas e fomos de... MacDonald’s. Ai se arrependimento matasse...





domingo, 5 de agosto de 2012

Quarto e último dia da Trilha Salkantay -De Santa Teresa para Aguas Calientes

O acampamento em Santa Teresa

Considerando o estradão do dia anterior, conseguimos, sem muito esforço, convencer o Ogro a pagar o bus para nos levar até a Hidrelétrica, (S/10,00 cada um) economizando assim uma pernada de 14 km e pelo menos 2:30 hs, o que no nosso caso seria certamente umas 4:00 hs, porque a partir daqui, seria a carga total, com sleeping bag e isolante. Achamos que valeu muito a pena, pois o sol estava castigando e andar naquele poeirão, não é um programão.
Tomamos o último desayuno, desta vez bem tardio, 7:30 hs com o Roberto, nos despedimos e perto das 9:00 hs tomávamos o bus, com uma parte do pessoal do dia anterior


Nós e o Chef Roberto, uma figura!!!!

Chegamos por volta das 10:15 hs na Hidrelétrica, começamos a caminhar depois de uns 15 minutos nos trilhos do trem. Existia a opção de esperar o trem, que custa US$ 7,00, mas o Osgel nos disse que mesmo que fôssemos devagar, em 3 hs mais ou menos estaríamos em Aguas Calientes, para não ficarmos parados até às 16:00 hs esperando.


Almoçamos por volta das 13:00 hs o lunch box no isopor que o Roberto deixou preparado, arroz colorido, palta, papas e atum, que não conseguimos terminar tudo, de tão grande, na beira do rio, com direito a um rápido mergulho nas águas gélidas pelo Ogro e desta vez deu até para descansar um pouquinho. 

Nos deliciando com a marmitinha
O banho do Ogro











Chegamos ao Pueblo de Aguas Calientes, o Ogro passando mal, alternando a trilha com o matinho, uma caminhada de 11 km, mais ou menos às 15:00 hs.


Ficamos no Hostel Tayta, calle Yahuarjucac, 209, MachuPicchu Pueblo, com o Darcy, conversando conosco em... português. Esta hospedagem já estava incluída no pacote da Machu Picchu Brasil.
Apesar de muito simples, para nós foi como um 5 estrelas.

Aguas Calientes ou Machu Picchu Pueblo
Tomamos o primeiro banho de verdade, depois do início da trilha, descansamos um pouco e saímos para bater perna, sim, é mais forte do que a gente, o chamado das lojas e do Mercado de Artesanías.
Voltamos ao Hostel para o Osgel nos levar jantar, no Chaski restaurante, o menu turístico, com uma entrada, o segundo e um suco.

A Plaza Central
O Ogro foi de sopa de entrada, a Júlia de salpicão de frango e eu de palta a vinagreta. O segundo pediram pollo, os dois e eu de carne de alpaca. Também estava incluído no pacote, não lembro quanto era...
Jantamos, passamos na bilheteria para pegar com o Osgel o ticket do bus para subir para Machu Picchu e compramos a descida e voltar ao Hostel para descansar. Chega de estrada!!