domingo, 15 de abril de 2012

Passa Quatro- MG

Cachoeira da Gomeira
Voltamos para  Passa Quatro neste feriado de Páscoa, para um destino mais tranquilo, para nos preparar para nossa próxima empreitada e porque é sempre gostoso voltar para esta “cidade amiga”, conforme a placa turística desta cidade que integra o Circuito Terras Altas da Mantiqueira.
Estivemos em  outubro de 2009 mas faltou algumas coisas para conhecer e lá fomos nós...


Pousada Eco da Montanha
Café da manhã











Nos hospedamos novamente, na Pousada Eco da Montanha que fica bem no centrinho da cidade e facilita para bater perna pelas lojinhas e também para a alimentação. Chegamos de manhãzinha, conforme combinamos com os amigos José Roberto e a Célia, para o café da manhã, que é uma refeição à parte. Destaque para o CafEco, o café cremoso. Pagamos o pacote para o feriado, podendo entrar às 12:00 hs de quinta-feira (pena que estávamos trabalhando...) até às 12:00 hs do domingo, nós três, R$ 630,00, com café da manhã.



Desta vez, combinamos previamente com a Eliana, da 4p4 Ecoturismo, pois na primeira vez caímos na besteira de não agendar nada, e como costumamos dizer, se você não pesquisa nada e não procura nada antes, você... não vai fazer nada e não conhecer nada da cidade. Combinamos para o passeio de metade do dia R$ 35,00 por pessoa, e no dia seguinte, de dia inteiro, R$ 70,00, sendo cortesia o Kenzo, de 5 anos.



"senhor" lendo o jornal na Estação Ferroviária
Quem nos acompanhou nos passeios, foi o Flávio, irmão da Eliana, super atencioso, profissional e prestativo, recomendamos! O passeio estava combinado para às 14:00 hs, então depois do café da manhã, batemos perna pelo centrinho, passamos na Estação Ferroviária para agendar o passeio de trem para o domingo e almoçamos na Villa Comini , um self service bem ajeitadinho, por quilo, com um bufê com saladas, purê de bacalhau (bom!!) e de sobremesa goiabada cremosa com queijo ou doce de leite com chocolate, tudo regado à Guaranita, o Guaraná local, docinho e gostoso...

travessia do riozinho, depois da chuva

travessia do riozinho, no dia seguinte, nem parece o mesmo lugar, né??

Às 14:00 hs pontualmente, o Flávio veio nos buscar no Toyota, mas estava receoso se conseguiríamos visitar a Cachoeira da Gomeira, por causa da chuva que tinha caído. De qualquer forma, seguimos para o passeio.
Como o Flávio temia, a chuva foi bastante pesada, chegamos até a beirinha do rio, mas não havia condições de atravessar, então o jeito foi retornar para a cidade. O Flávio ainda nos levou para um pesqueiro, onde você pesca a truta e paga por quilo de peixe pescado com a opção de prepararem o seu peixe na hora. Vimos muita gente lá, e a chuva não dava trégua. Também a pedidos, ele nos levou até a Balugart, uma loja de artigos de decoração, com artigos diversos e em ponta de estoque.


















À tardezinha, a chuva já tinha acalmado, nos proporcionando uma tarde bem agradável, típica de serra, com um pôr de sol incrível, batemos perna pelo centro, mas a maioria das lojas estava fechada e todos estavam indo para a missa (6ª feira da Paixão) tradição ainda preservada nesta cidade.




Geada e Gelo na Mantiqueira, huuuummmm!!!
Fechamos a noite, comendo nas Empadas La Motta, do Mauro de novo... Maravilhosa como sempre, com a massa artesanal, diferente de todas as outras empadas que já comemos, que oferece além das empadas, lasanhas, pizzas e spaguetti.
As salgadas são uma coisa, sabores entre outros, frango, frango com requeijão, carne seca, carne seca com requeijão, palmito, (R$ 3,50) mas não deixe de experimentar as doces, opções: Geada na Mantiqueira- empada doce (sabores goiabada com requeijão ou banana com canela), sorvete de creme e calda de chocolate (R$ 6,50) ou Gelo na Mantiqueira- massa de empada doce com leite condensado e decorada com sorvete de creme e calda de chocolate (R$ 5,00). É um problema escrever isso. Toda vez acabamos ficando com água na boca só de lembrar...ai,ai....
Tivemos que nos dividir aqui e os cunhados Renato e Ivete foram para o 6 e meia Gourmet, onde ela descreve a experiência...
Na volta, pegamos uma chuva danada e deu tempo ainda de pegar um pedacinho da procissão... coisa de cidade de interior, delícia!


Cachoeira da Gomeira

No dia seguinte, havíamos combinado com o Flávio, um passeio de dia inteiro para a Nascente do Rio Verde, uma trilha no alto da montanha e um almoço no Zé Acácio, mas considerando o aguaceiro do dia anterior, acabamos mudando o roteiro, pois o Flávio disse que estaria  praticamente impossível subir a serra pelas precárias condições da estrada.
O Flávio nos levou de volta para a Cachoeira da Gomeira, o passeio frustrado do dia anterior, e neste dia, foi beeem tranquilo a travessia para a Cachoeira. Vale realmente o passeio, a trilha é tranquilinha e a Cachoeira é muito bonita! Na parte de baixo forma um poço e é possível tomar uma ducha gostosa. Também é chamada de Saint Claire (acho que é assim que se escreve).

nós e o Flávio
o Ingazeiro
olha a pessoa bem pequeninhinha, no lado inferior
esquerdo da foto, em cima da pedra


Depois fomos conhecer o Ingazeiro, uma árvore enorme, imponente, maravilhosa!! (dizem ter cerca de 350 anos!!).

Rancho Pé de Pano

Voltamos para a cidade, almoçamos desta vez no Rancho Pé de Pano, comida mineira no fogão à lenha, por quilo, uma delícia!! (R$ 22,90 o quilo).

interior da loja
Minas de Minas

Minas de Minas












Passear no centro da cidade novamente, vendo as lojinhas de artesanato. Destaque aqui, para a Minas de Minas, da Francine. Aqui, além dos artesanatos muito gracinha, ela nos deu dicas bem legais: de um novo Circuito, batizado de Caminho dos Anjos, que circunda Passa Quatro, Itamonte, Alagoa, Aiuruoca, Baependi, Caxambu e São Lourenço, em 231 km de Desafio e Aventura. Também vimos o folder com aTereza Maria, fazendo o Feijão Passa Quatro, receita criada por ela e batizada assim pelo chef, showman e pão Olivier Anquier. A Francine comentou que à noite, no evento que aconteceria na praça, acho que era Baila Comigo- um evento com canções da Rita Lee, com cantores e participantes da cidade elas estariam vendendo o famoso feijão.

Esfiharia Monte Líbano
Assistimos à tardezinha, fragmentos dos ensaios, mas tínhamos compromisso para esta noite... já havia agendado uma ida à Esfiharia Monte Líbano, do Seu Francisco. Um negócio também!!!  Estou sendo redundante, mas o pão sírio, quentinho, fininho, temperado já vale a visita. Além de valer a visita o próprio Seu Francisco, uma figura! Mas reserve antes, chegue e espere... Ele mesmo, junto com a Rosa vão preparando o pedido mesa por mesa, por ordem de chegada, comandando o show onde todos vão assistindo o preparo das iguarias... 

Kibe cru
Trio de pastas










Pedimos (e recomendamos) o trio de pastas (homus, babaganush e coalhada seca) e kibe cru – (R$ 27,00 e R$ 29,00 a porção), que vêm acompanhados do pão sírio, além de esfihas (R$ 3,50) e do kibe (R$ 4,00). Chegamos às 20:30 hs, e saímos de lá às 23:30 hs, satisfeitos e rolando...

Passeio de Maria Fumaça
No domingo, conforme agendado, fomos fazer o passeio de trem Maria Fumaça.


O passeio custa R$ 30,00 por pessoa e crianças até 5 anos de idade são cortesia.
Emblemático, o primeiro passeio de trem da Júlia, e marcado com o apito característico e as acenadas tanto por quem está embarcado como por onde ele vai passando, além de um violeiro a bordo, trilha sonora “ao-vivo” onde nos acompanham a linda paisagem das montanhas de Minas...


Olha o S. João
em ação aí!!

O maquinário da locomotiva



Nós e o S. João
Conversamos com o S. João, o maquinista, que nos contou histórias desde o tempo que ele começou (em 1960!!!), muito simpático e atencioso!


Estação Manacá

A primeira parada, na Estação Manacá, venda de artesanatos e doces, e 15 minutos depois, continuamos o passeio, até a Estação Coronel Fulgêncio, onde vendiam as cestinhas com os morangos silvestres aguardado ansiosamente, pois o Flávio havia comentado com a Júlia que possivelmente encontraríamos estas cestinhas. 










túnel na estação
Coronel Fulgêncio
Estação Coronel Fulgêncio














Lá, uma pequena caminhada sobre os trilhos até a entrada do túnel e uma explicação histórica pela competente Lisângela. Ela nos contou vários fatos históricos, como a própria história da estação Coronel Fulgêncio, a criação de Passa Quatro e a razão do nome da cidade, da história dos bandeirantes, da Garganta do Embaú, do acompanhamento do tracejado da Estrada Real junto à Linha Férrea, um verdadeiro passeio também pela história do local e do Brasil, e ainda, do projeto da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária de cruzar o túnel com uma locomotiva a diesel (o que renderia um ótimo passeio também). Nossas perguntas quase fez atrasar nossa saída da estação, só passamos rapidinho para umas fotos e de volta para o trem, terminando o passeio por volta das 12:00 hs.
Não fizemos esse passeio na primeira vez que estivemos mas vale muito a pena, recomendamos muito!

as paisagens vistas do trem
Pegamos e pagamos o restante das nossa “encomendas” na Casa de Frios Passa Quatro, recomendado pelo Flávio: nozinhos de muzzarela de búfala, queijos meia cura e parmesão, de fabricação local, a groselha de Passa Quatro, pura, deliciosa, analisada pela especialista Júlia, um macarrão diferente, caseiro, vendido ainda em pacotes de papel, que já experimentamos tudo esta semana e me arrependi na verdade, de não ter trazido muito mais...

Retornamos para a Pousada, fechando a conta e nos despedindo dos amigos José Roberto e Célia, já vislumbrando um próximo retorno para conhecer um novo recanto a convite do Mauro, (empadas La Motta), onde o Zé disse que faz questão de nos acompanhar!
Sempre um prazer voltar para esta Cidade Amiga, onde como o nome diz, além da beleza da paisagem, a importância histórica do lugar contada pelas monitoras, ainda permanece aqui nesta cidade, aquele gostinho de interior, da gente simples, da comida farta a um preço justo, organizados sim, para o turismo mas não com o cunho exploratório e desvairado a que somos submetidos em diversas outras localidades que visitamos e que somos conquistados a cada volta pelo aconchego e carinho das pessoas.

o interior do trem
as montanhas de Minas












Para quando você for

-Distância de SP: cerca de 240 km. A dica aqui, é entrar no km 34 da Dutra, em Silveira, seguindo em direção para Cruzeiro. http://www.passaquatro.com.br/comochegar.html


-Bancos: no centro da cidade: Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Santander.

-Restaurantes/lanchonetes/comidinhas:
-Villa Comini, R. Arlindo Luz, 201, Centro, diariamente de 11:00 às 14:30 hs
- Empadas La Motta: R. Ten. Viotti, 64, no centro, funciona das 13:00 às 23:00 hs.
- 6 e meia Gourmet:
-Esfiharia Monte Líbano: A melhor indicação é no bairro Pinheirinho (o mais fácil é entrar nos lustres Balugart, sentido Cruzeiro). Agende antes: fone: (35) 3371-3502;
-Rancho Pé de Pano: fica na Rodovia MG 158, km 16, Trevo do Ibama. 
-Casa de Frios Passa Quatro: R. Samuel Libânio, 43, Centro
-Estalagem Usina Velha: (não estivemos lá,mas recebemos muitas recomendações): Rod. MG 158, km 54.

-Trem da Serra: (35) 3371-2167. Agende antes.
Horários: Sábado: 10:00 e   14:00 hs (sob consulta)
                Domingo: 10:00 hs.


Já visitados:
-Floresta Nacional do Ibama:
.Fone: (35) 3371-2220
Acesso: a partir do trevo de Passa Quatro, rodovia MG 158 por estrada asfaltada até o portão de entrada da Unidade de Conservação.
- Brasil Nota 10 : Um projeto bem legal, não deu tempo para visitar novamente, mas um passeio imperdível na cidade. 
Fone:(35)3371-3999
Email: contato@brasilnota10.com.br


- Guias:
-4p4 Ecoturismo:  Flávio (35) 8401-0182
                              Eliana : Oi (35) 8841-7206
                                           Claro (35) 8438-5948
                                           Tim (35) 9108-7100
                                           e-mail: ecoturismo4p4@hotmail.com

-Harpia Adventure: Pç. Dr. Castro, 37- Centro.
  Fone: (35) 3371-2616
   Cel.: (35)  9149-0080

-Guto: (35) 3371-3355





Passa Quatro- Minas Gerais- Seis e Meia Gourmet











Segue aqui,  a inspirada colaboração da minha cunhada Ivete, que visitou o restaurante Seis e Meia Gourmet em Passa Quatro e suas impressões:


SEIS E MEIA GOURMET – PASSA QUATRO/MG
Era noite de Paixão de Cristo, e estávamos todos ansiosos para visitar, ou no nosso caso conhecer, o afamado Empadas La Mota, mas o nosso filho de 5 anos tinha outros planos – ele afirmou enfaticamente que queria comer PIZZA!
Uma vez que não sabíamos se o La Mota servia pizzas (descobrimos somente no dia seguinte que eles servem sim, além de alguns tipos de massas), e não conseguimos convencer o pequeno ariano Kenzo a mudar de idéia, decidimos nos separar e pedimos uma indicação à Andreza da Pousada Eco Da Montanha (onde estávamos muito bem instalados) de um local onde servissem redondas. Ela nos indicou o Seis e Meia Gourmet, que é um misto de restaurante e pizzaria.
Pegamos o carro e então partimos, no caminho do trevo para quem vai ao sentido sul de Minas, até um local mais afastado e tranquilo. Ao chegarmos, notamos o ambiente aconchegante, onde muitos se serviam de vinho enquanto degustavam pratos com massas preparadas na hora com os molhos e acompanhamentos a escolher.
Além disso, havia no cardápio diversos tipos de pizza, carnes, massas e também truta – com várias opções de molhos e acompanhamentos. Por R$ 30,00 escolhemos uma truta para 2 pessoas com molho de castanhas de caju e vinho branco, acompanhado de arroz piemontês (com molho branco, champignon e parmesão) e legumes na manteiga.
Demorou um pouco, mas a travessa veio bem servida, direto do forno, e uma porção generosa de arroz que mais parecia um risoto, cremoso e saboroso, o que dava tranquilamente para 3 pessoas. E o sabor, divino!
Vale comentar que a pizza de muzzarela do Kenzo (pedimos sem manjericão) veio com massa super fina e recheio na medida – para se ter uma idéia, o Kenzo repetiu várias vezes: “Hummm, esta pizza está deliciosa!” enquanto devorou uma fatia e meia. E olha que ele é dificílimo de agradar, ainda mais repetir o prato!!!
De sobremesa, pedimos a banana crisps, premiada no festival de gastronomia de 2008 – mas essa comparada aos pratos principais, não era tudo isso... Composto de banana da terra assada com açúcar mascavo e uma bola de sorvete de creme, nos pareceu bem comum e nada “crisps”... Nossa teoria é a de que o cozinheiro ficou revoltado pelo Kenzo ter saído da mesa para dar uma voltinha e derrubado o biombo do banheiro feminino (felizmente ninguém se machucou)...
Com tanta comida para 3 pessoas (sendo que o Kenzo praticamente não conta) fomos obrigados a deixar sobrar um pouco do arroz e da pizza, e partimos com dor no coração...
... E estômagos felizes, de volta para a pousada, que nem a forte chuva conseguiu abalar!

Trem da Serra- Passa Quatro- Minas Gerais