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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Piraí do Sul




Piraí do Sul

Voltamos novamente para Piraí do Sul neste Carnaval de 2012.
A cidade compõe o circuito turístico dos Cenários do Tempo, dos Campos Gerais do Paraná. No século XVIII era passagem de inúmeros rebanhos de gado e tropeiros que percorriam o Caminho do Viamão, desde o Rio Grande do Sul até as feiras de São Paulo.
O contraste entre os campos, onde surgem as imponentes araucárias e as escarpas serranas, é a característica principal da região.

Como chegar: De São Paulo, o melhor acesso é pela Rodovia Francisco Alves Negrão, entrando em Tatuí sentido Itapetininga, e seguindo por Capão Bonito, Itapeva, Itararé, a divisa como Paraná, depois Sengés, Jaguariaíva e Piraí do Sul. Aproximadamente 450 km de distância, mas a estrada é boa.
Se prepare só para os pedágios... cerca de R$ 120,00 ida e volta...

Pousada Serra do Pirahy
Ficamos como sempre na Pousada Serra do Pirahy, dos amigos Emerson, Regina e D. Nair, que nos acolhem com todo carinho, como se fôssemos da família. Aliás, o que nos faz retornar sempre, é justamente este clima familiar, sem compromisso, sem horários rígidos de alimentação ou de passeios, e ainda, o encontro com outras pessoas que possuem perfis semelhantes ao nosso e que vão buscar justamente a simplicidade e este aconchego, além claro, do cenário incrível que nos rodeia neste lugar.

Não entre na entrada principal da cidade, passe o acesso e siga em direção à Ventania e Ibaiti. A Pousada fica localizada a 15 Km da cidade de Piraí do Sul, no Km 159 da PR 090, em direção ao município de Ventania.
As diárias incluem todas as refeições (café da manhã (com o bolinho de polvilho, que deveria ser cobrado a parte, é uma tentação), almoço, café da tarde e jantar, que seguem a tradição da culinária local) e a hospedagem.O valor da diária (depende do tipo de acomodação escolhida) gira em torno de R$ 100,00 por pessoa.

Bolinho de polvilho

Pousada Serra do Pirahy



                                                                                                            
A piscina natural
 No primeiro dia, invariavelmente, depois da viagem, ainda meio cansados, costumamos não fazer uma trilha muito comprida, e descemos a propriedade da Pousada e nos regalamos com os lajeados que correm lá embaixo, formando mansos regatos e poços para banho.

Poço para banho

No dia seguinte, mais descansados, o Emerson costuma nos levar para a Cachoeira da Paulina. Como eu já falei antes, conhecemos cachoeiras de todos os tipos, tamanhos, alturas, com pedra, sem pedra, com lajeado, mas como esta, não com uma “prainha” mas com muuita areia, rasinha, muito melhor que muita praia de verdade, e com o detalhe que você não encontra hordas de turistas, camelôs, barraquinhas, som alto de qualidade duvidosa e tudo o que tem de “bom” em certas praias... Se bem que na subida de volta, se o Bernardo (o senhor que costuma acompanhar o passeio com o cavalo, fazendo o apoio, para aqueles com uma dificuldade maior. A Júlia já usou algumas vezes o “serviço”...) disponibilizasse umas cervejas, não cairia nada mal...


Cachoeira da Paulina
Um dos outros passeios, é fazer o lado oposto do Cânion da Chapadinha, ter o belo visual do vale, ver as pinturas rupestres, ver as estranhas formações geológicas, arqueológicas ou ufológicas, (ou qualquer coisa que o valha) em formatos circulares, e também em outros diversos formatos, ouvir as mais diversas teorias (cada uma mais inventiva que a outra) sobre estas formações e tomar banho no lajeado que se forma antes do rio formar a Cachoeira da Paulina, lá embaixo.


Pinturas rupestres
Pinturas rupestres
                             











A Cachoeira da Paulina, por cima
Nesta última visita, fomos brindados com mais uma rota alternativa, criada pelo Emerson e a volta da trilha foi feita por dentro do rio. Para os menos corajosos (é, o meu velho trauma de água), nos restou fazer a mesma coisa, por fora da água, por uma trilha que vai acompanhando o rio.

Tivemos desta vez, ainda, a oportunidade de conhecer pessoalmente, o pessoal da Equipe Fora do Mapa, Bruno, seu Noel, Alisson e Solange e também acompanhados dos amigos destes, Tony e Carla que mostraram alguns outros atrativos da cidade:

Equipe Fora do Mapa e Os Caminhantes
Conhecemos a  Cachoeira do Butiá, como dizem a Equipe, cerca de 15 km da cidade e frequentada pela população local, mas se fôssemos sozinhos, não conseguiríamos achar o caminho. O caminho para a Cachoeira, o Bairro do Bonsucesso já vale o passeio, é bem bonitinho.
Segundo a Equipe, a Cachoeira estava bem fraquinha, pela falta de chuvas, mas o visual é bem bonito, mesmo sem água o suficiente e também do imenso vale abaixo.
Aproveitamos também e tomamos banho no lajeado e rimos muito da diversão dos jovens integrantes da Equipe.

Cachoeira do Butiá, com um fiozinho de água
Os lajeados da Cachoeira do Butiá
No trajeto para a segunda atração, Lago Verde ou Pedreira do Rubinho pegamos muita chuva, com direito até a granizo, no caminho todo e tivemos receio que não pudéssemos nem descer do carro para visitar a atração, mas a chuva parou logo que chegamos.
Um visual bonito também, “dramático’, na concepção da Júlia, o verde da água contrastando com as cores das pedras. Apesar da Equipe não recomendar, é lógico que o Ogro teve que dar um pulo na água. Depois ele comentou que no meio da travessia, na volta, deu uma paúra, de não conseguir voltar... teve que parar, se acalmar, respirar fundo e continuar mais calmamente...

Lago Verde ou Pedreira do Rubinho
Conversamos bastante nos trajetos, entre uma atração e outra e na volta, sobre a grande potencialidade turística de Piraí do Sul, podendo implementar a parte ecoturística, o turismo científico, com as pinturas rupestres e ainda como o turismo rural, que vêm crescendo bastante em algumas localidades.
Ou aliar um pouco dos dois tipos de atrativos, como a visitação em Cachoeiras e outros atrativos naturais que normalmente ficam em propriedades particulares e fechar o dia com um café colonial... boa pedida, não acham...
Nos despedimos da Equipe, agradecendo a cordialidade e a disposição para nos mostrar mais outros encantos da cidade, sabendo que voltaremos sempre...

Picumã, Ogro e Jau Jau





 Ficamos sabendo já na nossa despedida que havíamos compartilhado nossa estadia com outros blogueiros, o Maurício, (MauMau Ecos Aventura) Penhasco Aventura,  o Alan da Sherpa Turismo, e sua trupe,  além das companhias das agradáveis famílias do Gerson e do André.
Uma grande viagem, com muitas novidades, de atrativos naturais, de novas rotas dentro de trilhas já conhecidas e principalmente de novas amizades!




domingo, 22 de maio de 2011

Parque do Zizo- São Miguel Arcanjo


Parque do Zizo
Parque do Zizo-São Miguel Arcanjo
Estivemos no feriado de Tiradentes finalmente no Parque do Zizo,  da Família Balboni, em nossa visita a São Miguel Arcanjo.

Ensaiamos várias vezes a ida para o Parque, mas as condições precárias da estrada anteriormente, tornava obrigatório o transporte por veículo 4 x 4 e acabava onerando um pouquinho o valor da estadia. Em nossa pesquisa para visitar a cidade, descobrimos através do site, que o acesso agora era possível por qualquer veículo e haveria a possibilidade de visitar o Parque, sem a necessidade de pernoite. Como foi uma viagem inicial de reconhecimento às possibilidades que a cidade de São Miguel Arcanjo poderia oferecer, achamos a oportunidade ótima e combinamos com o Chico nossa visita para lá. A visita seria de R$ 30,00 por pessoa e passaria a R$ 50,00 por pessoa com o almoço incluído. Escolhemos a segunda opção. As visitas, as refeições e a estadia devem ser agendadas com antecedência.

De São Miguel Arcanjo até o parque são 27 km em uma estradinha vicinal, sendo 10 km em asfalto novo e o restante em terra em boas condições. Passa qualquer carro. Apenas os últimos 700mts antes de chegar no parque é que realmente precisa de 4×4, pois é muito íngreme e também é uma forma de mantermos o local mais tranquilo e protegido possível. Os carros que não são 4×4 ficam portanto num local próprio e seguro. O restante do trajeto é feito num 4×4 da pousada. (informações do próprio site).

Saímos da Pousada por volta de 9:00 hs, e até uma boa parte da estrada foi tudo bem. Depois de muito perguntar (e errar logicamente), acabamos chegando ao Parque por volta das 11:15 hs. Havíamos combinado com o Chico por volta das 10:00~10:30 hs para a trilha, mas não deu para cumprir o horário... Nossa dica aqui, é combinar e pedir uma orientação para o Chico antes de você ir. O caminho todo, depois na estrada de terra,vai sendo acompanhado por plantações de eucaliptos e para nós, leigos e não acostumados, tudo é a mesma coisa. Só para ilustrar, acabamos conhecendo, sem querer, claro, toda (ou acreditamos que boa parte) da Fazenda São Domingos, onde boa parte de sua produção dever vir dos eucaliptos, daí, nosso atraso em cerca de 1 hora e meia!!!

Existem placas indicativas na saída da cidade até chegar a estrada. Os últimos 700 metros são realmente inacessíveis para um veículo comum, mas faz parte da magia do local, esta “inacessibilidade”, se é que podemos dizer assim. Deixamos o carro (onde estavam estacionados mais carros), e no alto do morro, tinha uma casinha, que era a indicação que recebemos no último povoado e do Sr. Claudinei, da Pousada Villa da Mata que seria o último ponto de acesso transitável.

O túnel formado pela vegetação depois deste lugar, já mostrava indícios do “Paraíso perdido” que encontraríamos, assim como a entrada da propriedade, 700 metros depois, com a placa que a Júlia disse que parecia com a entrada do “Jurassic Park”, com aquela parte da parede de pedras e aquela vegetação exuberante.
Mais estranha foi a nossa sensação, diante daquelas construções, ao mesmo tempo rústicas e acolhedoras, sem ninguém, num silêncio absoluto... Logo, as irmãs do Chico, a Laura e a Nê, vieram nos dar as boas vindas, sabiam que chegaríamos, mas como atrasamos, o pessoal já tinha saído para trilhas. Nos apresentaram o Octavio, que estava acompanhando o pessoal hospedado no Parque na observação de pássaros e que nos indicou a trilha para chegar ao rio e depois na Cachoeira do Rio Ouro Fino. Lá fomos nós, trilha tranquila, sinalizada, não tinha muito como errar. É gente, nós nos perdemos em estrada, mas em trilha, até que a gente não faz tanta barbeiragem...hehehe...









A cachoeira é muito bonita, mais uma bela surpresa!

Quando já estávamos lá embaixo, prestes a enfrentar a água gelada, o Chico veio ao nosso encontro, uma figura extremamente agradável e muito simpática, conversamos um longo tempo, tivemos o privilégio de ouvir a história do Parque ao vivo e em cores.

O simpático anfitrião Chico
Voltamos para a Sede, encontramos o pessoal que estava hospedado no Parque e o almoço já estava servido. E que almoço! Arroz, feijão, couve, saladas fresquinhas, carne de panela, farofa, couve flor gratinada, bolinho de arroz, com suco a vontade, doces caseiros e frutas a vontade. Não precisa dizer qual foi o grau de gulodice da família Ogro e tampouco como ficaram nossas condições físicas e psicológicas após tão lauta refeição... i.m.p.r.e.s.t.á.v.e.i.s !!!


Área da Pousada
 
Área comum de descanso











Descansamos, pois além de todas nossas precárias condições ainda estava muito quente, aproveitamos para descer até o riachinho que fica na entrada do Parque, conversamos um tempão com dois rapazes que estavam fazendo trilha de motocross na região, fomos atacados por pernilongos, nos refrescamos um pouquinho e voltamos à Sede novamente.

Por volta das 15:00hs, o pessoal “passarinheiro”, (como diz o povo lá do Pantanal, e como conversamos com o Chico, “passarinhar” é muito mais apropriado para nós que “Bird watching”),saiu para a observação de pássaros da tarde e o Chico nos levou para outra trilha (que não consigo lembrar o nome) para o ponto mais alto da propriedade.


Ele nos mostrou a árvore com as marcas feitas pela onça pintada, descobertas recentemente. Algumas pareciam mais antigas, outras bem recentes mesmo.



Retornamos da trilha por volta das 17:00 hs, nos despedimos do pessoal, paramos um pouquinho no Mirante, onde é possível realmente confirmar que estávamos isolados de qualquer lugar, pegamos a estrada de volta e às 18:30 já estávamos na Pousada novamente, desta vez, sem errar o caminho.




Mirante
Nossas impressões: Não conseguimos descrever todas as sensações que tivemos neste lugar em palavras. Paraíso perdido, paraíso intocado, resgata clichês comuns e que não conseguem traduzir o que pudemos observar.

Não conseguimos entender se é a rusticidade do local, não há energia elétrica, não tem sinal de celular, o isolamento, se a simpatia da família Balboni, a comida, a “exclusividade”, o fato de podermos (fato raríssimo para nós, moradores estressados da cidade de São Paulo) “ouvir o silêncio”, ou se o conjunto da obra, mas é uma feliz descoberta e mais um dos nossos lugares especiais.

A impressão final que ficou é daquele lugar onde você pode se desligar completamente deste mundo e encontrar sossego, tranquilidade, um lugar para relaxar , gastar suas energias nas trilhas, repô-las (e muito) nas refeições , provavelmente dormir como em nenhum outro lugar (ainda, eu disse, ainda, não aproveitamos esta sensação lá), reencontrar os amigos, e quando for embora, ficar se perguntando quando será seu retorno, esperando que seja o mais breve possível, como é o nosso caso agora.






segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Parque Estadual de Intervales

(filminho no título) 


Lago - Pq. Estadual Intervales

Pois é, é nossa segunda casa, como a Júlia fala desde pequenininha, e nunca escrevi como se deve sobre Intervales. Talvez por exatamente nos sentirmos realmente em casa, e ter receio de não conseguir transcrever o que sentimos de fato por este lugar.


Nossa primeira vez no Parque. Olha a Júlia sendo "bardeada"

O ideal de vida para ela, por muito tempo, era ter a nossa casa transportada para o Parque (como em Up, o desenho da Pixar).
Freqüentamos o Parque há 10 anos, foi a primeira caminhada efetiva com a Júlia. A primeira mesmo, foi um teste da Júlia e da cadeirinha, na verdade, em São Fco. Xavier.

Voltamos praticamente todos os anos, e é como já disse em outro post, o lugar favorito da nossa Ogroturminha. Chegamos a fretar um micro-ônibus até, para ir para lá, mas é uma experiência que eu não recomendaria (pelo tempo que levou e porque a mobilidade dentro do parque fica comprometida).
Aqui consolidamos várias amizades (terminamos com algumas também...), Esclareço, as amizades perdidas, no sentido que quem procura ar condicionado, piscina aquecida, sauna, monitores para você largar seus filhos o dia inteiro, com comodidades e mordomias de resorts realmente não vai encontrar aqui.

Intervales, para nós, é a essência do que vamos buscar nas viagens que fazemos.

A Ogroturma e o nosso local preferido
Um lugar simples, despretencioso, com trilhas para todos os gostos e preparos físicos, cachoeiras e grutas. Mas o que nos traz de volta ano após ano, é a calorosa acolhida do pessoal da recepção (nossas amigas Zarife , Mara e Irene), os guias, o pessoal veterano, que viram a Júlia crescer (S. Eliseu, Faustino, Dito, Luis e S. Zé e a nova geração, Robson, Neno, Jairo, Betinho) extremamente atenciosos, cuidadosos e informados e a comida caseira, tipicamente brasileira, farta e saborosa, tudo isso num custo acessível e justo, e o melhor, numa distância de aproximadamente 280 km de São Paulo.


Da esquerda para a direita: Luís, Dito e S. Eliseu

Um pouquinho de história:

O Parque era anteriormente, uma Fazenda, Intervales, que pertenceu ao Banespa até 1987, e vivia da extração de palmito juçara. Os monitores são os antigos funcionários da Fazenda Intervales, que antes cortavam palmito e caçavam, portanto conhecem cada pedacinho deste lugar. Existem monitores que estão no Parque há mais de 30 anos, e dão verdadeiras lições sobre a fauna e flora local durante os passeios. Alguns são especializados no canto dos pássaros, outros em plantas medicinais, outros na fauna local.


Como chegar: O melhor acesso se dá pela Rodovia Castelo Branco (SP 280) até Tatuí, depois pela Rodovia SP127 até Capão Bonito e pela Rodovia SP 181 até Ribeirão Grande, onde são encontradas placas indicativas.
A partir daí, são 25 km de estrada de terra, bem conservada, até a entrada do Parque.

A Onça Pintada
Pica Pau

A hospedagem: existem três hospedarias atualmente, a Pica Pau e a Esquilo, com o valor aproximado de R$ 55,00 a diária e a Onça Pintada, de aproximadamente R$ 35,00. Existem valores diferenciados para crianças. Mas reserve com bastante antecedência. Você reserva a hospedagem com a Fundação Florestal.

Atualização
Acabamos de voltar agora, no feriado de 12 de outubro de 2012 e pagamos três pessoas no quarto, na Esquilo, o pacote (entrando na sexta de manhã, sábado e saindo no domingo após o almoço), R$ 252,00 ao todo, ou seja, R$ 84,00 por pessoa, então a diária ficou melhor, R$ 42,00 por pessoa a pernoite, eles não contam a diária.

A alimentação: O pacote contempla pensão completa, e no caso de você ficar na trilha o dia inteiro, reserva no dia anterior, um lanche de trilha (bem farto) no lugar do almoço. O preço das refeições gira em torno de R$15,00 e o café da manhã R$7,00, self service. O pacote de alimentação você reserva com a Nina.
Os horários das refeições:
. Café da manhã: 7:30 às 9:00 h
.Almoço: 12:30 às 14:00 h
.Jantar: 19:30 às 21:00 h

Na entrada da Gruta do Paiva
Passeios:
 Existem para todos os gostos, idades e preparos físicos.
As distâncias e o Grau de dificuldade foram retirados de um folhetinho antigo do Parque, e é uma boa referência. Os percursos parecem assustadores pela quilometragem, mas são referenciados desde a saída da Monitoria, mas hoje em dia, uma boa parte opta por fazer parte da trilha com o carro, para diminuir a caminhada. Os critérios de dificuldade também saliento que são apenas referência, depende do seu gosto e do seu preparo físico.


Horários para os passeios:
.Manhã: 9:30 h
.Tarde: 14:30 h
A partir da Monitoria . Os passeios só podem ser feitos com acompanhamento dos monitores, com exceção da Trilha Autoguiada, com o preenchimento de termo de responsabilidade e dados de todos que estarão fazendo o passeio. Custa R$ 10,00 por pessoa, por passeio.
Não se esqueça que para as Grutas é necessário calçado fechado, calça comprida e lanterna.
Também contei com a ajuda do excelente Guia Parques de São Paulo, da Editora Arte & Ciência, um guia antiguinho já, mas que conta detalhe por detalhe de cada trilha, e que foi (e ainda tem sido) mesmo antigo, fonte de inspiração para inúmeras viagens nossas, para descrever uma parte das trilhas e também nossas experiências e impressões pessoais.

-Cachoeiras:

Cachoeira do Mirante

.do Mirante- Percurso: 6 km
Grau de dificuldade: Fácil
Costumamos visitar esta cachoeira logo no primeiro dia, para um primeiro passeio, não tão pesado e um banho na água gelada para o “primeiro despertar”.

. Roda d’água- Percurso: 5 km
Grau de dificuldade: Fácil
Faz muito tempo que não visitamos este lugar, e lembro aqui, só da.... roda d’água, onde o cano que alimenta a roda foi montada com o tronco de uma árvore.

. da Água comprida-Percurso: 14 km
Grau de dificuldade: Fácil


Cachoeira do Arcão

. do Arcão- Percurso: 16 km
Grau de dificuldade: Difícil
Uma linda cachoeira, com mais de 30 metros de altura e é chamada assim, pois nesse ponto,o Rio do Lajeado, que corre pela Gruta do Paiva e da Água Luminosa, atravessa um grande arco de pedra, o Arcão.
Já visitamos duas vezes, e a visão que se tem debaixo é mais impressionante.

-Grutas:
Muitas das grutas aqui descritas, podem ter sofrido variações, pois o Parque ficou interditado um período, cerca de 3~4 anos atrás, se não me engano, para adequações no Plano de Manejo, para que as grutas sofressem menos impactos, então confirme sempre com os monitores, se a visitação ainda está aberta.
Muita coisa do que descrevo aqui, pode ser que não seja mais possível, por conta do Plano de Manejo.

.Colorida- Percurso: 4 km
Grau de dificuldade: Médio
Existem duas opções, como os guias falam: com emoção ou sem emoção. Tome MUITO cuidado com a opção de pedir com emoção. Você pode se arrepender depois...rsrs...
Sem emoção, você entra num pedacinho só e sai, só para sentir o gostinho.
Com emoção: faz a parte mais extensa e pega uma parte molhada.

.dos Meninos-Percurso: 1,5 km
Grau de dificuldade: Fácil. Gruta Seca, ótima para a iniciação das crianças.

. do Fogo-Percurso: 5 km
Grau de Dificuldade: Fácil. Gruta Seca.
Não gostei desta gruta, pois uma parte final (apesar de ser linda), me deu uma séria claustrofobia. Para acessar uma parte que chamava-se “chão de estrelas”, precisávamos ficar deitados sobre uma pedra, e a laje de pedra ficava acima de nosso rosto, cerca de 5 cm, para podermos enxergar o brilho oriundo dos minerais, que formava um brilho intenso mesmo. Foi lindo, mas a sensação de estar aprisionada entre duas rochas não foi legal...


. da Santa: Percurso: 10 km
Grau de Dificuldade: Fácil. Gruta Seca
Chamada assim por causa da imagem de Nossa Senhora de Lourdes, colocada no alto do portal da gruta. Não tem formações ou espeleotemas, e lembro-me de ter visitado este lugar somente uma vez.

. Jane Mansfield: Percurso: 10 km
Grau de dificuldade: Médio

Gruta da mãozinha


. da Mãozinha- Percurso: Percurso: 12 km
Grau de dificuldade: Fácil. Gruta Seca
Fica na saída da Gruta do Fendão, e não tem muitos atrativos (principalmente para quem acabou de sair do Fendão). Chamada assim por causa do espeleotema com o formato de uma mão.


Saída do Fendão

. do Fendão- Percurso: 12 km
Grau de dificuldade: Difícil. Gruta Molhada
Nossa preferida. Quase obrigatória em todas as nossas idas ao Parque, pelo menos para a Júlia. Como diz nossa amiga Adriana, é a máquina de lavar da alma.
Por que ela é tão especial?

Fendão

Fendão










A gruta é cortada em toda a sua extensão pelo Rio da Bocaina, então caminhamos entrando na água quase o tempo todo, seja pela altura da canela ou dos joelhos, ou até a cintura. Em alguns lugares, o teto da gruta fica tão baixo que precisamos nos arrastar pela água, nos molhando até o peito, por isso não leve sua câmera fotográfica, a não ser que tenha aqueles sacos estanques. Porém, lidar com a água, se equilibrando nas fendas, se arrastando, segurando a lanterna e ter que pensar na máquina que não pode molhar, não vai ser fácil.
No meio da sua extensão mais ou menos, a formação que dá nome à gruta, onde podemos ver a parte externa da gruta, através da grande fenda, uma linda imagem.
E como no filme do Forrest Gump, a água às vezes vem por baixo, pelos lados e até por cima. O “gran finale’ é feito escalando uma pequena cachoeira, ainda dentro da gruta.

. do Minotauro-Percurso: 14 km
Grau de dificuldade: Difícil. Gruta Molhada
Não lembro de ter feito esta gruta, então sigo com a descrição do Guia Parques: ...”com 560 m de extensão, sem espeleotemas, úmida e com trechos estreitos”....

. Luminosa-Percurso: 20 km
Grau de dificuldade: Difícil. Gruta Molhada
Essa gruta é formada por um grande salão, com uma cachoeira grande no seu interior e que é iluminada pela luz do sol que entra por uma fenda.

Travertinos no Paiva

 . Paiva- Percurso: 15 km
Grau de dificuldade: Difícil. Gruta Molhada
Uma boa parte é feita agora com o carro, e estacionamos numa clareira.
Andamos então 2,5 km até acessar a entrada da gruta.
É a mais rica em espeleotemas de todo o parque, tem salões enormes, galerias de travertinos, formações de cortinas, lindas formações de estalactites e estalacmites, observações das formações de pérolas, bolinhas que lembram chocolate (parecendo NescauBall), por causa da terra em volta.

Paiva

Paiva












-Trilhas:
.Autoguiada-Caminho do Lago: Percurso: 2,08 km
Grau de dificuldade: Fácil

Castelo de Pedra

Esta é a trilha que indicamos para o começo da sua exploração no parque. Boa para crianças, idosos, para dar uma “desenferrujada” e começar a tomar contato com a riqueza do lugar.
Durante todo o percurso, as placas vão indicando por onde seguir. Inicia-se bem perto do Centro de visitantes, e logo no começo da caminhada você chega no Morro do Cruzeiro, um local que já foi utilizado para algumas missas, com vários bancos e um altar, ao ar livre. 

Continue e chegue ao Lago Antigo, passando agora em frente a nova construção de uma Pousada, onde ficava antigamente os Bangalôs, que receberam o nome de Capivara, (ficamos muitas vezes hospedados aqui), passe por esta construção, e chegue a uma trilha mais fechada desta vez, acompanhando uma leve subida.
Você chegará então ao Castelo de Pedras, uma construção agora em ruínas, que deveria ser um alojamento para autoridades e acabou não sendo finalizado. Hoje a vegetação tomou conta, dando um aspecto surreal ao local.
Daqui você pode descer e voltar à Sede, à sua esquerda ou ir para a Capela Santo Inácio, subindo a estrada, à direita.

Antigamente, poderíamos acessar a Espia, que era um observatório com cerca de 10 metros, mas que foi interditado (nem sei se a estrutura ainda continua lá), todo em madeira, onde era possível avistar boa parte do parque.
Depois, seguia para a Capela Santo Inácio, uma capela bem simples, de madeira, construída há aproximadamente 25 anos. Cuidado nas escadarias que dão acesso à Capela, pois pegamos uma vez, as formigas de correção, tomando conta do corrimão. Olhe bem, antes de colocar a mão.
Depois, seguindo as placas, chega-se à Trilha do Palmito e continuando à trilha, você está de volta à Sede.

Trilha da Caçadinha

. Caçadinha- Percurso: 8 km
Grau de dificuldade: Médio
Uma trilha por dentro da água, subindo o rio, com uma vegetação exuberante e o visual é muito bonito, que pode ser conjugada com a visita à Cachoeira da Água Comprida.


Vista do Mirante da Anta

.Mirante da Anta:Percurso: 4,2 km
Grau de dificuldade: Médio
Costumamos fazer esta trilha normalmente à tarde, mas recomendamos que seja feita em dia claro.
O acesso se dá pela Pousada Pica Pau, começando bem larga e depois vai se estreitando.
E prepare-se para subir. No começo, a subida é tranquila, mas depois da escadaria à esquerda, a trilha fica mais fechada, sinuosa e mais íngreme.
De lá de cima, é possível avistar toda a infra estrutura do parque.

.Normas Gerais para Visitação

Lembre-se, você está em um Parque Estadual, então algumas regrinhas básicas de conduta devem ser lembradas:

 -É proibido a entrada de animais domésticos. Deixe seu bichano em casa;
-Não colete nada: flores, frutos, folhas, sementes ou rochas;
-É proibido consumir bebida alcóolica nas trilhas e passeios.
-Um cuidado especial com as formações nas cavernas: um centímetro de uma estalactite leva 100 anos para crescer, lembre-se disso;
-Observe os animais a uma distância segura, respeite-os. Você está no ambiente deles, não num zoológico.
-Aparelhos sonoros apenas em baixo volume para não interferir no sossego da área e no comportamento da fauna;
-É proibido nadar e pescar nos lagos;
-Não fume nas trilhas.

Outro grande atrativo do Parque são a flora e fauna local. Várias vezes encontramos pesquisadores de diversas localidades, e invariavelmente encontramos os observadores de pássaros, de vários locais do mundo. O Parque conta com mais de 300 espécies de aves.

Não se esqueça de levar

-Roupas confortáveis, adequadas para cavernas e trilhas
-Agasalhos e capas de chuva (a região esfria bem a noite) e está usualmente envolta em brumas. Normalmente pegamos chuva no Parque, já até acostumamos e depois, quando chegamos em Ribeirão Grande, o Sol normalmente brilha...
-Botas de caminhadas ou tênis (leve pares a mais para ter um par seco para usar à noite)
-Repelente e protetor solar
-Lanterna, pilhas e carregadores
-Cheques e dinheiro, não são aceitos cartões de crédito

Prepare-se também para desconexão total.
Não tem sinal de wi-fi, o celular não pega, (ufa!!!)  não tem televisão, ou seja, você vai ficar fora do ar durante o tempo que estiver lá. Parece apavorante, nos dias de hoje, mas creia-me, é libertador!


Aqui foi na segunda visita

A Júlia com o Faustino

A primeira vez da Júlia no Paiva

Porque recomedamos para crianças: possui pensão completa, você pode levar um potinho no jantar e fazer uma “marmitinha”, com alimentos que não estraguem até o dia seguinte. Bem melhor que as papinhas prontas (a Júlia adorava essa “bóia-fria”, comendo no colo do João, enquanto nós devorávamos o lanche de trilha), os guias são super atenciosos e te indicam quais passeios podem ser feitos com crianças ou não,além de te ajudarem durante o passeio.No começo, fazíamos só as trilhas e cachoeiras, todas com a cadeirinha de “bardear” a Júlia, como eles diziam e com o tempo, ela começou a fazer as trilhas mais compridas e as grutas. E graças a este lugar para nós maravilhoso, com a conjunção de todos os fatores a nosso favor, e principalmente a favor dela, nossa pequena Júlia se tornou uma grande caminhante.

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