domingo, 22 de maio de 2011

Parque do Zizo- São Miguel Arcanjo


Parque do Zizo
Parque do Zizo-São Miguel Arcanjo
Estivemos no feriado de Tiradentes finalmente no Parque do Zizo,  da Família Balboni, em nossa visita a São Miguel Arcanjo.

Ensaiamos várias vezes a ida para o Parque, mas as condições precárias da estrada anteriormente, tornava obrigatório o transporte por veículo 4 x 4 e acabava onerando um pouquinho o valor da estadia. Em nossa pesquisa para visitar a cidade, descobrimos através do site, que o acesso agora era possível por qualquer veículo e haveria a possibilidade de visitar o Parque, sem a necessidade de pernoite. Como foi uma viagem inicial de reconhecimento às possibilidades que a cidade de São Miguel Arcanjo poderia oferecer, achamos a oportunidade ótima e combinamos com o Chico nossa visita para lá. A visita seria de R$ 30,00 por pessoa e passaria a R$ 50,00 por pessoa com o almoço incluído. Escolhemos a segunda opção. As visitas, as refeições e a estadia devem ser agendadas com antecedência.

De São Miguel Arcanjo até o parque são 27 km em uma estradinha vicinal, sendo 10 km em asfalto novo e o restante em terra em boas condições. Passa qualquer carro. Apenas os últimos 700mts antes de chegar no parque é que realmente precisa de 4×4, pois é muito íngreme e também é uma forma de mantermos o local mais tranquilo e protegido possível. Os carros que não são 4×4 ficam portanto num local próprio e seguro. O restante do trajeto é feito num 4×4 da pousada. (informações do próprio site).

Saímos da Pousada por volta de 9:00 hs, e até uma boa parte da estrada foi tudo bem. Depois de muito perguntar (e errar logicamente), acabamos chegando ao Parque por volta das 11:15 hs. Havíamos combinado com o Chico por volta das 10:00~10:30 hs para a trilha, mas não deu para cumprir o horário... Nossa dica aqui, é combinar e pedir uma orientação para o Chico antes de você ir. O caminho todo, depois na estrada de terra,vai sendo acompanhado por plantações de eucaliptos e para nós, leigos e não acostumados, tudo é a mesma coisa. Só para ilustrar, acabamos conhecendo, sem querer, claro, toda (ou acreditamos que boa parte) da Fazenda São Domingos, onde boa parte de sua produção dever vir dos eucaliptos, daí, nosso atraso em cerca de 1 hora e meia!!!

Existem placas indicativas na saída da cidade até chegar a estrada. Os últimos 700 metros são realmente inacessíveis para um veículo comum, mas faz parte da magia do local, esta “inacessibilidade”, se é que podemos dizer assim. Deixamos o carro (onde estavam estacionados mais carros), e no alto do morro, tinha uma casinha, que era a indicação que recebemos no último povoado e do Sr. Claudinei, da Pousada Villa da Mata que seria o último ponto de acesso transitável.

O túnel formado pela vegetação depois deste lugar, já mostrava indícios do “Paraíso perdido” que encontraríamos, assim como a entrada da propriedade, 700 metros depois, com a placa que a Júlia disse que parecia com a entrada do “Jurassic Park”, com aquela parte da parede de pedras e aquela vegetação exuberante.
Mais estranha foi a nossa sensação, diante daquelas construções, ao mesmo tempo rústicas e acolhedoras, sem ninguém, num silêncio absoluto... Logo, as irmãs do Chico, a Laura e a Nê, vieram nos dar as boas vindas, sabiam que chegaríamos, mas como atrasamos, o pessoal já tinha saído para trilhas. Nos apresentaram o Octavio, que estava acompanhando o pessoal hospedado no Parque na observação de pássaros e que nos indicou a trilha para chegar ao rio e depois na Cachoeira do Rio Ouro Fino. Lá fomos nós, trilha tranquila, sinalizada, não tinha muito como errar. É gente, nós nos perdemos em estrada, mas em trilha, até que a gente não faz tanta barbeiragem...hehehe...









A cachoeira é muito bonita, mais uma bela surpresa!

Quando já estávamos lá embaixo, prestes a enfrentar a água gelada, o Chico veio ao nosso encontro, uma figura extremamente agradável e muito simpática, conversamos um longo tempo, tivemos o privilégio de ouvir a história do Parque ao vivo e em cores.

O simpático anfitrião Chico
Voltamos para a Sede, encontramos o pessoal que estava hospedado no Parque e o almoço já estava servido. E que almoço! Arroz, feijão, couve, saladas fresquinhas, carne de panela, farofa, couve flor gratinada, bolinho de arroz, com suco a vontade, doces caseiros e frutas a vontade. Não precisa dizer qual foi o grau de gulodice da família Ogro e tampouco como ficaram nossas condições físicas e psicológicas após tão lauta refeição... i.m.p.r.e.s.t.á.v.e.i.s !!!


Área da Pousada
 
Área comum de descanso











Descansamos, pois além de todas nossas precárias condições ainda estava muito quente, aproveitamos para descer até o riachinho que fica na entrada do Parque, conversamos um tempão com dois rapazes que estavam fazendo trilha de motocross na região, fomos atacados por pernilongos, nos refrescamos um pouquinho e voltamos à Sede novamente.

Por volta das 15:00hs, o pessoal “passarinheiro”, (como diz o povo lá do Pantanal, e como conversamos com o Chico, “passarinhar” é muito mais apropriado para nós que “Bird watching”),saiu para a observação de pássaros da tarde e o Chico nos levou para outra trilha (que não consigo lembrar o nome) para o ponto mais alto da propriedade.


Ele nos mostrou a árvore com as marcas feitas pela onça pintada, descobertas recentemente. Algumas pareciam mais antigas, outras bem recentes mesmo.



Retornamos da trilha por volta das 17:00 hs, nos despedimos do pessoal, paramos um pouquinho no Mirante, onde é possível realmente confirmar que estávamos isolados de qualquer lugar, pegamos a estrada de volta e às 18:30 já estávamos na Pousada novamente, desta vez, sem errar o caminho.




Mirante
Nossas impressões: Não conseguimos descrever todas as sensações que tivemos neste lugar em palavras. Paraíso perdido, paraíso intocado, resgata clichês comuns e que não conseguem traduzir o que pudemos observar.

Não conseguimos entender se é a rusticidade do local, não há energia elétrica, não tem sinal de celular, o isolamento, se a simpatia da família Balboni, a comida, a “exclusividade”, o fato de podermos (fato raríssimo para nós, moradores estressados da cidade de São Paulo) “ouvir o silêncio”, ou se o conjunto da obra, mas é uma feliz descoberta e mais um dos nossos lugares especiais.

A impressão final que ficou é daquele lugar onde você pode se desligar completamente deste mundo e encontrar sossego, tranquilidade, um lugar para relaxar , gastar suas energias nas trilhas, repô-las (e muito) nas refeições , provavelmente dormir como em nenhum outro lugar (ainda, eu disse, ainda, não aproveitamos esta sensação lá), reencontrar os amigos, e quando for embora, ficar se perguntando quando será seu retorno, esperando que seja o mais breve possível, como é o nosso caso agora.






5 comentários:

  1. Oi "Os caminhantes"
    Fiquei super feliz de receber sua visita no meu blog www.viajarpelomundo.com
    Vim retribuir a visita e já entrei como seguidora de vocês também. Vamos manter contato.
    Valeu!!
    Claudia

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  2. Que belo passeio... parece até estranho o termo "ouvir o silêncio" pra quem é da cidade.
    Trilha com direito a marcas de onça, imperdível.
    Belas fotos tb.
    abs, Zé Reynaldo

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  3. Preciso conhecer esse lugar... Só fui até o Parque Carlos Botelho...
    Sdds de vcx amiga!
    Bjs

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  4. Ogroamigos,

    Mais uma vez obrigado pela visita, e ainda preciso complementar o material da marca, esmiuçar, fazer algumas aplicações... a gente vai se falando.
    Abraço pra todos!

    Fabio Vicente

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  5. Olá Pessoal,
    Gostei muito do Blog e da forma como descreveram o Parque do Zizo, minha proxima aventura.
    Comecei meu Blog www.viajarcomerefotografar.blogspot.com recentemente e vcs são ótimos exemplos e referencia.
    Abraço para todos

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Olá leitor,
Estamos em período de transferência, portanto comente e nos visite no nosso novo endereço por favor:
http://oscaminhantes.com
Obrigada e até breve!!

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