Piraí do Sul
Voltamos novamente para Piraí do Sul neste Carnaval de 2012.
A cidade compõe o circuito
turístico dos Cenários do Tempo, dos Campos Gerais do Paraná. No século XVIII
era passagem de inúmeros rebanhos de gado e tropeiros que percorriam o Caminho
do Viamão, desde o Rio Grande do Sul até as feiras de São Paulo.
O contraste entre os campos, onde
surgem as imponentes araucárias e as escarpas serranas, é a característica
principal da região.
Como chegar: De São Paulo, o melhor acesso é pela Rodovia Francisco
Alves Negrão, entrando em Tatuí sentido Itapetininga, e seguindo por Capão
Bonito, Itapeva, Itararé, a divisa como Paraná, depois Sengés, Jaguariaíva e
Piraí do Sul. Aproximadamente 450 km de distância, mas a estrada é boa.
Se prepare só para os pedágios...
cerca de R$ 120,00 ida e volta...
Pousada Serra do Pirahy |
Ficamos como sempre na Pousada Serra do Pirahy,
dos amigos Emerson, Regina e D. Nair, que nos acolhem com todo carinho, como se
fôssemos da família. Aliás, o que nos faz retornar sempre, é justamente este
clima familiar, sem compromisso, sem horários rígidos de alimentação ou de
passeios, e ainda, o encontro com outras pessoas que possuem perfis semelhantes
ao nosso e que vão buscar justamente a simplicidade e este aconchego, além
claro, do cenário incrível que nos rodeia neste lugar.
As diárias incluem todas as refeições (café da manhã
(com o bolinho de polvilho, que deveria ser cobrado a parte, é uma tentação),
almoço, café da tarde e jantar, que seguem a tradição da culinária local) e a hospedagem.O valor da diária (depende do tipo de acomodação
escolhida) gira em torno de R$ 100,00 por pessoa.
Não entre na entrada principal da
cidade, passe o acesso e siga em direção à Ventania e Ibaiti. A Pousada fica localizada
a 15 Km da cidade de Piraí do Sul, no Km 159 da PR 090, em direção ao município
de Ventania.
Bolinho de polvilho |
Pousada Serra do Pirahy |
A piscina natural |
No primeiro dia, invariavelmente,
depois da viagem, ainda meio cansados, costumamos não fazer uma trilha muito
comprida, e descemos a propriedade da Pousada e nos regalamos com os lajeados
que correm lá embaixo, formando mansos regatos e poços para banho.
Cachoeira da Paulina |
Um dos outros passeios, é fazer o
lado oposto do Cânion da Chapadinha, ter o belo visual do vale, ver as pinturas
rupestres, ver as estranhas formações geológicas, arqueológicas ou ufológicas, (ou
qualquer coisa que o valha) em formatos circulares, e também em outros diversos
formatos, ouvir as mais diversas teorias (cada uma mais inventiva que a outra)
sobre estas formações e tomar banho no lajeado que se forma antes do rio formar
a Cachoeira da Paulina, lá embaixo.
Pinturas rupestres |
Pinturas rupestres |
A Cachoeira da Paulina, por cima |
Nesta última visita, fomos
brindados com mais uma rota alternativa, criada pelo Emerson e a volta da
trilha foi feita por dentro do rio. Para os menos corajosos (é, o meu velho
trauma de água), nos restou fazer a mesma coisa, por fora da água, por uma
trilha que vai acompanhando o rio.
Tivemos desta vez, ainda, a
oportunidade de conhecer pessoalmente, o pessoal da Equipe Fora do Mapa, Bruno, seu Noel, Alisson e Solange e também acompanhados dos amigos destes,
Tony e Carla que mostraram alguns outros atrativos da cidade:
Equipe Fora do Mapa e Os Caminhantes |
Conhecemos a Cachoeira do Butiá,
como dizem a Equipe, cerca de 15 km da cidade e frequentada pela população
local, mas se fôssemos sozinhos, não conseguiríamos achar o caminho. O caminho
para a Cachoeira, o Bairro do Bonsucesso já vale o passeio, é bem bonitinho.
Segundo a Equipe, a Cachoeira
estava bem fraquinha, pela falta de chuvas, mas o visual é bem bonito, mesmo
sem água o suficiente e também do imenso vale abaixo.
Aproveitamos também e tomamos
banho no lajeado e rimos muito da diversão dos jovens integrantes da Equipe.
Cachoeira do Butiá, com um fiozinho de água |
Os lajeados da Cachoeira do Butiá |
No trajeto para a segunda
atração, Lago Verde ou Pedreira do Rubinho pegamos muita chuva, com direito até a granizo, no caminho todo e tivemos
receio que não pudéssemos nem descer do carro para visitar a atração, mas a
chuva parou logo que chegamos.
Um visual bonito também, “dramático’,
na concepção da Júlia, o verde da água contrastando com as cores das pedras.
Apesar da Equipe não recomendar, é lógico que o Ogro teve que dar um pulo na
água. Depois ele comentou que no meio da travessia, na volta, deu uma paúra, de
não conseguir voltar... teve que parar, se acalmar, respirar fundo e continuar
mais calmamente...
Lago Verde ou Pedreira do Rubinho |
Conversamos bastante nos trajetos,
entre uma atração e outra e na volta, sobre a grande potencialidade turística
de Piraí do Sul, podendo implementar a parte ecoturística, o turismo
científico, com as pinturas rupestres e ainda como o turismo rural, que vêm
crescendo bastante em algumas localidades.
Ou aliar um pouco dos dois tipos
de atrativos, como a visitação em Cachoeiras e outros atrativos naturais que
normalmente ficam em propriedades particulares e fechar o dia com um café colonial...
boa pedida, não acham...
Nos despedimos da Equipe, agradecendo a cordialidade e a disposição para nos mostrar mais outros encantos da cidade, sabendo que voltaremos sempre...
Picumã, Ogro e Jau Jau |
Uma grande viagem, com muitas
novidades, de atrativos naturais, de novas rotas dentro de trilhas já
conhecidas e principalmente de novas amizades!