quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Piraí do Sul




Piraí do Sul

Voltamos novamente para Piraí do Sul neste Carnaval de 2012.
A cidade compõe o circuito turístico dos Cenários do Tempo, dos Campos Gerais do Paraná. No século XVIII era passagem de inúmeros rebanhos de gado e tropeiros que percorriam o Caminho do Viamão, desde o Rio Grande do Sul até as feiras de São Paulo.
O contraste entre os campos, onde surgem as imponentes araucárias e as escarpas serranas, é a característica principal da região.

Como chegar: De São Paulo, o melhor acesso é pela Rodovia Francisco Alves Negrão, entrando em Tatuí sentido Itapetininga, e seguindo por Capão Bonito, Itapeva, Itararé, a divisa como Paraná, depois Sengés, Jaguariaíva e Piraí do Sul. Aproximadamente 450 km de distância, mas a estrada é boa.
Se prepare só para os pedágios... cerca de R$ 120,00 ida e volta...

Pousada Serra do Pirahy
Ficamos como sempre na Pousada Serra do Pirahy, dos amigos Emerson, Regina e D. Nair, que nos acolhem com todo carinho, como se fôssemos da família. Aliás, o que nos faz retornar sempre, é justamente este clima familiar, sem compromisso, sem horários rígidos de alimentação ou de passeios, e ainda, o encontro com outras pessoas que possuem perfis semelhantes ao nosso e que vão buscar justamente a simplicidade e este aconchego, além claro, do cenário incrível que nos rodeia neste lugar.

Não entre na entrada principal da cidade, passe o acesso e siga em direção à Ventania e Ibaiti. A Pousada fica localizada a 15 Km da cidade de Piraí do Sul, no Km 159 da PR 090, em direção ao município de Ventania.
As diárias incluem todas as refeições (café da manhã (com o bolinho de polvilho, que deveria ser cobrado a parte, é uma tentação), almoço, café da tarde e jantar, que seguem a tradição da culinária local) e a hospedagem.O valor da diária (depende do tipo de acomodação escolhida) gira em torno de R$ 100,00 por pessoa.

Bolinho de polvilho

Pousada Serra do Pirahy



                                                                                                            
A piscina natural
 No primeiro dia, invariavelmente, depois da viagem, ainda meio cansados, costumamos não fazer uma trilha muito comprida, e descemos a propriedade da Pousada e nos regalamos com os lajeados que correm lá embaixo, formando mansos regatos e poços para banho.

Poço para banho

No dia seguinte, mais descansados, o Emerson costuma nos levar para a Cachoeira da Paulina. Como eu já falei antes, conhecemos cachoeiras de todos os tipos, tamanhos, alturas, com pedra, sem pedra, com lajeado, mas como esta, não com uma “prainha” mas com muuita areia, rasinha, muito melhor que muita praia de verdade, e com o detalhe que você não encontra hordas de turistas, camelôs, barraquinhas, som alto de qualidade duvidosa e tudo o que tem de “bom” em certas praias... Se bem que na subida de volta, se o Bernardo (o senhor que costuma acompanhar o passeio com o cavalo, fazendo o apoio, para aqueles com uma dificuldade maior. A Júlia já usou algumas vezes o “serviço”...) disponibilizasse umas cervejas, não cairia nada mal...


Cachoeira da Paulina
Um dos outros passeios, é fazer o lado oposto do Cânion da Chapadinha, ter o belo visual do vale, ver as pinturas rupestres, ver as estranhas formações geológicas, arqueológicas ou ufológicas, (ou qualquer coisa que o valha) em formatos circulares, e também em outros diversos formatos, ouvir as mais diversas teorias (cada uma mais inventiva que a outra) sobre estas formações e tomar banho no lajeado que se forma antes do rio formar a Cachoeira da Paulina, lá embaixo.


Pinturas rupestres
Pinturas rupestres
                             











A Cachoeira da Paulina, por cima
Nesta última visita, fomos brindados com mais uma rota alternativa, criada pelo Emerson e a volta da trilha foi feita por dentro do rio. Para os menos corajosos (é, o meu velho trauma de água), nos restou fazer a mesma coisa, por fora da água, por uma trilha que vai acompanhando o rio.

Tivemos desta vez, ainda, a oportunidade de conhecer pessoalmente, o pessoal da Equipe Fora do Mapa, Bruno, seu Noel, Alisson e Solange e também acompanhados dos amigos destes, Tony e Carla que mostraram alguns outros atrativos da cidade:

Equipe Fora do Mapa e Os Caminhantes
Conhecemos a  Cachoeira do Butiá, como dizem a Equipe, cerca de 15 km da cidade e frequentada pela população local, mas se fôssemos sozinhos, não conseguiríamos achar o caminho. O caminho para a Cachoeira, o Bairro do Bonsucesso já vale o passeio, é bem bonitinho.
Segundo a Equipe, a Cachoeira estava bem fraquinha, pela falta de chuvas, mas o visual é bem bonito, mesmo sem água o suficiente e também do imenso vale abaixo.
Aproveitamos também e tomamos banho no lajeado e rimos muito da diversão dos jovens integrantes da Equipe.

Cachoeira do Butiá, com um fiozinho de água
Os lajeados da Cachoeira do Butiá
No trajeto para a segunda atração, Lago Verde ou Pedreira do Rubinho pegamos muita chuva, com direito até a granizo, no caminho todo e tivemos receio que não pudéssemos nem descer do carro para visitar a atração, mas a chuva parou logo que chegamos.
Um visual bonito também, “dramático’, na concepção da Júlia, o verde da água contrastando com as cores das pedras. Apesar da Equipe não recomendar, é lógico que o Ogro teve que dar um pulo na água. Depois ele comentou que no meio da travessia, na volta, deu uma paúra, de não conseguir voltar... teve que parar, se acalmar, respirar fundo e continuar mais calmamente...

Lago Verde ou Pedreira do Rubinho
Conversamos bastante nos trajetos, entre uma atração e outra e na volta, sobre a grande potencialidade turística de Piraí do Sul, podendo implementar a parte ecoturística, o turismo científico, com as pinturas rupestres e ainda como o turismo rural, que vêm crescendo bastante em algumas localidades.
Ou aliar um pouco dos dois tipos de atrativos, como a visitação em Cachoeiras e outros atrativos naturais que normalmente ficam em propriedades particulares e fechar o dia com um café colonial... boa pedida, não acham...
Nos despedimos da Equipe, agradecendo a cordialidade e a disposição para nos mostrar mais outros encantos da cidade, sabendo que voltaremos sempre...

Picumã, Ogro e Jau Jau





 Ficamos sabendo já na nossa despedida que havíamos compartilhado nossa estadia com outros blogueiros, o Maurício, (MauMau Ecos Aventura) Penhasco Aventura,  o Alan da Sherpa Turismo, e sua trupe,  além das companhias das agradáveis famílias do Gerson e do André.
Uma grande viagem, com muitas novidades, de atrativos naturais, de novas rotas dentro de trilhas já conhecidas e principalmente de novas amizades!