domingo, 29 de julho de 2012

Terceiro dia Salkantay De Colpapampa para Santa Teresa e os Baños Termales de Colcamayo




Depois do chá de coca na barraca, mesma coisa, guardar os sleepings bags, isolantes, trocar de roupa e desayuno, dessa vez com omelete, salada uma aveia já previamente preparada para misturar com café ou chocolate. Aqui foi o ponto onde nos despedimos do arriero, Alex, e não obrigatório, mas vale a propina-gorjeta, de praxe.

Começaram a passar pelo camping várias pessoas já iniciando a descida, inclusive várias vans para descer o pessoal. Sugerimos ao Ogro esssa opção, mas ele disse que tinha vindo para caminhar, não para andar de bus, então, fazer o que... O Osgel disse que deveria ser cerca de S/ 10,00 para cada um.
Nosso alento era o fato de ser descida, e... para descer, todo santo ajuda. Também era estradão, então não tinha muito problema, e ainda o fato de que estávamos descendo mesmo, e a diminuição da altitude ajudava muito a respirar...
No começo da estrada, há a opção de atravessar o rio e seguir por uma trilha, só que do outro lado, margeando o rio. Optamos pelo estradão mesmo.

Estrada
Conforme descrito no programa, a paisagem vai mudando mesmo, e da vegetação de altitude, passa para a tropical, e se nos distraíssemos por um momento, era como estar caminhando em qualquer lugar aqui do Brasil.
O caminho vai passando por várias cachoeiras do lado direito e o rio sempre do lado esquerdo. O Osgel ainda ia de vez em quando parando e apontando a vegetação e nos apresentou a granadilha, que comemos, com aspecto de maracujá mas dentro bem docinha, e ajudou meu estômago já avariado.

a granadilha
Saímos de Colpapampa à 2.800 m e chegamos, 13 km depois e cerca de 5~6 hs, à Playa, que fica a 2.400 m. Nunca imaginamos que isso iria acontecer, considerando o frio de Cusco, que ficaríamos só de bermuda e camiseta. Começamos todos paramentados e fomos descascando ao longo do trajeto. O lugar fica no fim do vale mesmo, é cheio de barracas para todos os lados e têm alguns pontos de comércio e vários locais que devem funcionar como restaurante. Sinceramente, se você puder pegar o bus para descer esta parte, vale a pena, afinal, é estradão, e mesmo com o avistamento das cachoeiras e tudo, não é lá, uma caminhada imprescindível.

o almoço na Playa
O Roberto já nos esperava com o almoço pronto em um destes, com o suco, sopa, arroz, guacamole, salada de legumes, frango e mandioca cozida.
Comemos e pegamos um bus até Santa Teresa, nosso acampamento desta noite, 20 km depois, sacolejando numa van, junto com mais 10~11 pessoas por uma estrada poeirenta, por cerca de 1:30 hs. Santa Teresa é grande até, tem vários comércios, a plaza principal e o pessoal comentou depois que tem até balada à noite.
Já havíamos comentado com o Osgel sobre as Termas de Santa Teresa, mas ainda haviam informações que não era possível visitar, pois na enchente do rio Santa Teresa em 2010, tinha sido destruído. Ficamos muito contentes quando disseram que estava reformado e que poderíamos visitar o lugar, e ele combinou com o mesmo bus que nos levou até o acampamento, por S/ 10,00 cada a ida e  volta até as Termas. Nos trocamos bem rapidinho e seguimos para os Baños Termales de Cocalmayo.
Imprescindível, não deixe de ir quando for a Santa Teresa. Todo mundo fala das termas em Aguas Calientes, mas o que vimos não nos apeteceu, digamos assim, naquele piscinão com azulejos verdes e águas marrons, mas o de Cocalmayo, mesmo sendo piscinões, têm a água cristalina, e cada piscina tem uma temperatura diferente. Você pode começar da ducha natural que cai mais para baixo da área das piscinas, e vir subindo, da mais fria para a mais quente, foi o que o Ogro fez. Nós tomamos a ducha normal, obrigatória, logo depois da entrada e já fomos para a mais quente.
Uma delícia!!!!
Uma pena que na pressa, nós esquecemos de levar a máquina, então, enquanto o Osgel não manda as fotos dele, vou anexar de outros lugares, só para se ter uma idéia:

Achei um  blog sobre Cocalmayo , mas ainda achei meio incompleto.

Este vídeo , um tanto antiguinho, de 04 anos atrás, mostra como era o lugar antes. Agora está com uma configuração um pouco diferente.

Aqui as opiniões do pessoal da  TripAdvisor.

Chegamos aos Baños por volta das 15:30 hs e teríamos 2 horas mais ou menos para desfrutar do lugar. Na sua visita, aproveite para chegar o mais cedo que você puder. Lá pelas 16~16:30 hs, começam a chegar gente de todo lado: o pessoal que faz o Inca Jungle termina aqui, mais um monte de bus chegando de Santa Teresa, faz o lugar mais tarde ficar parecendo um piscinão público.
Por volta das 18:00 hs o bus veio nos buscar e voltamos ao acampamento. O jantar foi marcado por um banquete de despedida. Detalhe: tinha comentado com o Osgel para deixar o jantar sendo apenas a sopa e o Roberto poderia nos acompanhar às Termas, o que foi veementemente negado pelo Roberto, dizendo que ele estava lá era para cozinhar, o que ele iria fazer com toda aquela comida de volta para Cusco???
Assim, seguido do banquete, com a sopa depois arroz, macarronada, frango, salada e papas releñas, seguimos conversando com o Osgel e o Roberto um tempão, “papo chato”, na convenção da Júlia, sobre a política local, entre eles saúde, educação, economia, os planos de governo, tudo explicado com muitos detalhes e muito orgulho, e parênteses aqui, eles tinham comentado da grande festa que rola neste acampamento, da moçada que se reúne depois do jantar em torno da fogueira e ao som de muita música alta, e que nós nos poderíamos nos reunir a esta confraternização.


Se tivéssemos 25 anos, faixa etária média, (ou bem menos) acredito, da grande maioria dos frequentadores da trilha, estávamos lá embaixo, mas preferimos conversar com os guias sobre essas coisas, inadmissível para os jovens, ao passo que ficamos também surpresos, pois o nível de esclarecimento, o patriotismo é bem diferente dos jovens que encontramos no nosso país, não generalizando, mas a conversa usual que ouvimos, sobre futebol, novela, Big Brother ou coisas do gênero como A Fazenda faz pensar sobre os rumos que estamos tomando. Ou não, é coisa de gente velha e chata, como a gente...
Fomos dormir com essas reflexões, ao som de Michel Teló, Macarena, e outras músicas de igual qualidade e cansados pelo dia, mas satisfeitos pela conversa, nem a “música boa” atrapalhou o sono.




quarta-feira, 25 de julho de 2012

Segundo dia do Salkantay-De Soraypampa para Colpapampa



O ponto alto da Trilha- O encontro com a Montanha Selvagem

O Alex veio nos acordar com a garrafa térmica de água quente e o folhas de coca. Depois de previamente aquecidos pelo chá, bem importante para que ainda mantivéssemos o calor do sleeping bag, juntamos nossa tralha e descemos para o desayuno, que surpresa! Nem em sonho pensei em acordar num acampamento com panquecas de banana cobertos de doce de leite no café da manhã, mais café e té.

Olha isso!!

Onde ficou nossa barraca
O refeitório e  cozinha
Saímos meio atrasados e por conselho do Osgel e do Roberto, invertemos a mochila, pegando a mochila da Júlia, e deixando do João-delivery com menos peso, só o essencial, por volta das 7:00 hs, mas como  o Osgel havia falado que neste dia usaríamos o cavalo revezendo na subida, eu e a Júlia, acho que ele nos deu esse luxo, da saída tardia.


Mountain Lodge
Passamos pelo Mountain Lodge, aquele do trekking luxuoso e o Osgel nos mostrou.


A subida no começo parecia leve, mas a falta de ar persistia, comecei a ficar muito para trás e o Osgel mandou eu subir no cavalo e lá fui, descansando. Na subida desgraçada, em zigue zague, lá vou eu para o cavalo de novo... Confesso que a sensação é de alívio, lógico, mas dá um certo ar de fracasso, vendo todo o povo sofrendo e principalmente eu deixando a Júlia e o João para trás, e falando para o Osgel, “-deixa eu aqui no meio, para a Júlia pegar o cavalo”, e ele não se convenceu e falou que não, só quando chegássemos lá em cima eu descia...


E assim fomos, conforme descrito na programação, atravessando o estreito de Salkantaypampa para ir ao lado esquerdo do nevado Umantayblanco.
Acabando a subida, conforme o combinado e para não atrasar muito continuei a caminhada, enquanto o Osgel esperava os dois. Tirando a falta de ar, tudo é de uma beleza diferente para nós, que não estamos acostumados com esse tipo de paisagem... tudo branquinho, coberto pelo gelo, o azul intenso, impossível descrever, mais aquela vastidão branca, pontuados com pontinhos negros, e como todos os turistas estão cansados, acaba aquele falatório do lado e foi ótimo para passar um tempão sozinha, caminhando...

Um lago meio congelado. Olha as pessoas pequenininhas, lá atrás
Na reta final da subida, aparece o Osgel de novo, me oferece o cavalo novamente, pergunto sobre a Júlia, ele disse que ela usou o cavalo um pouco lá atrás e subo de novo.
Chegamos ao ponto mais alto, a passagem Salkantay Umantay por volta das 11:45 hs, e lá o Osgel explica mais um pouco sobre as formações colocadas lá, (vou tentar lembrar como ele falou, mas não tenho certeza absoluta, gente)...
As apachetas
 As apachetas, onde se acreditava (e acredita-se ainda) que quem coloca uma pedra no topo da montanha e crê do fundo do coração, tem seu desejo realizado. A ligação do povo inca com sua religião e sua influência na vida cotidiana dos campesinos-os camponeses,que os incas cultuavam este lugar  e outros apus-montanhas como um lugar sagrado, pois representava a ligação com Inti-Sol, a PachaMama-a Mãe Terra e os picos nevados, que após o derretimento da neve, traria água, e seria um local para pedir as bênçãos para uma boa colheita.

Ói nóis aí traveiz...
Esperamos a chegada do João e Júlia, que chegaram por volta das 12:30 hs, bem cansados.
Enquanto pegávamos emprestado a bandeira brasileira dos rapazes Guilherme, Rodrigo e Felipe, de Porto Alegre, que conhecemos nesta trilha e que voltaríamos a nos encontrar em diversas vezes para tirar a foto clássica, vi uma coisa que em todos estes tempos não tinha visto ainda, que foi o João desatar a chorar em uma trilha...
Ele me contou depois que foi um misto de sentimento de conquista, mais do cansaço, mais toda a história que o Osgel contou para ele que não conseguiu segurar. Contou também que durante a subida em zigue zague viu gente chorando, achando que não ia conseguir, e também que a Júlia desabou a chorar depois que acabou a subida. Disse que todos os guias que passavam por ele e pela Júlia perguntavam se estava tudo bem, e também aconselhavam, diziam palavras de incentivo e até de simpatia, onde uma guia falou que era para eles pegarem qualquer pedra da trilha e esfregarem no corpo, pedindo para levar o cansaço embora. É, esta trilha foi punk.

Imagina a nossa coragem para andar depois de um almoço desses!!!
Começamos a descida, achamos que seria perto, mas ainda teve muito chão até o almoço.
Almoço de novo bem farto, suco para nos esperar, arroz, bife, um refogado com um feijão verde local e outras vegetais locais ardidos, mas saborosos, batatas com um creme bem picante e salada.
Não deu para descansar de novo, porque acabamos nos atrasando para variar, e fomos lá, descendo, descendo, e percebendo que a paisagem ia mudando, conforme íamos descendo.
Passamos no segundo Lodge do Montain Lodge e a Júlia disse que gostaria muito de ter ficado por lá mesmo...
Durante o caminho encontramos algumas habitações, duas menininhas no meio da trilha, cerca de 6~7 anos, bem bonitinhas, com aqueles uniformes que achamos o máximo, de saia pregueada, casaco com brasão e meias até os joelhos, que brincaram conosco sobre contas de somar e multiplicar e a cada resposta que fornecíamos à pergunta formulada era recebida com sonoras gargalhadas pelas duas, e fomos nós,descendo, descendo...
Nos encontramos num pequeno povoado e muitos daqueles que havíamos visto lá no alto, já estavam ensaiando uma pelada nos acampamentos... é, jovem é outra coisa...
O Osgel, com o “mais 25 minutos” eternos dele, já escurecendo, atravessamos uma ponte sobre o rio, o cavalo se soltou dele, ele foi atrás, nós 3 sem saber o que fazer por um breve momento, até que ele nos encontrou e fomos seguindo, por um caminho que já não dava para ver direito, porque tinha sobrado uma lanterna bem fraquinha, que por acaso tinha ficado na mochila da Júlia, as 3 restantes estavam lá no provável acampamento, já montado, esperando por nós.


Quem quase ficou com vontade de chorar nesta hora fui eu, de cansaço, da escuridão, de um lugar que o Osgel falou que tinha desabado e que era para a gente passar correndo, imaginando no cansaço da Júlia e do João que deveriam estar muito maiores do que o meu...
Não sei direito quanto tempo, que para mim foi um tempão, chegamos ao segundo acampamento, num camping mesmo, estava ainda bem frio, mas menos frio que o primeiro dia, pois estávamos a 2.800 metros.Cumprimos neste dia 21 km, e descemos 1.000 m de altitude.

Seguimos a mesma rotina, pulamos o happy hour e fomos direto ao jantar: a sopa como entrada, macarrão e salada. Vimos durante o jantar e o Roberto nos chamou a atenção para isso, para olharmos como as crianças estudavam lá: a menina na beira da fogueira, com uma lanterna iluminando seu caderno e explicando toda orgulhosa para o irmão mais novo o que havia aprendido na escola. Ele ainda riu: “-É, igualzinho as crianças do Brasil devem estudar, na sua mesinha, com sua luminária particular...” (pensei, é bem assim mesmo, e ainda assim, elas reclamam da vida, por aqui...
Daí, para a barraca, descansar.






Início da Trilha Salkantay- De Mollepata para Soraypampa



O pessoal da agência veio nos buscar às 5:30 hs, com o Fredi para apresentar o guia  Osgel Guevara e o chef Roberto. O Fredi saltaria logo nos deixando na van que seguiu para Mollepata, a 90 km de Cusco, numa estradinha sinuosa que para variar a Júlia teve que dar uma paradinha antes do desastre iminente...
Chegamos por volta das 8:30~9:00 hs em Mollepata por causa da paradinha e tomamos o desayuno no Restaurante Turístico La Casona de Mechita, (o único no local, me pareceu e que todos vão tomar o café da manhã). Estava cheio de turistas tomando o desayuno e fomos de café continental, S/ 10,00, pão, manteiga, geléia, café, chá de coca e suco de laranja, básico.
O Osgel perguntou se gostaríamos que o carro seguisse com nossas mochilas e sugeriu que só um ficasse com algumas coisas básicas, como água e alguns snacks, se fosse o caso, o que acatamos de imediato e a partir daí, o Osgel apelidou o João de “serviço delivery”.

Uma paradinha para descanso
A caminhada começou tranquila, um clima agradável, até um calorzinho gostoso e fomos cortando o caminho pela longa estrada. (Depois no final é que descobri que esta estrada levava praticamente até o nosso destino final, pertinho do chiquetê Montain Lodge Mountain Lodges.
Os guias falaram que a mesma trilha que fazemos em 4 dias é feita em 6 dias, parando em todos os Lodges, clique aqui para ver o detalhamento.Isso se você quiser gastar a bagatela de US$ 2.500~US$ 3.000,00, dependendo da temporada. 

Almoçamos aos arredores de Cruzpata, já estávamos famintos e foi aí que percebemos o nível que teríamos nas refeições: primeiro, um suco, depois de entrada uma sopa de maiz-milho, depois arroz, coxa de peru, salada (alface, tomate, cebola) e papas-batatas cozidas (para nós, acostumados a não almoçar e dar uma paradinha para comer sementes, barrinhas de cereais, chocolates, bolachas, enfim, porcarias, foi um banquete).
A fome era tanta que ninguém lembrou de tirar uma foto...
Para finalizar, chá de muña, um arbusto que vimos no caminho, e o Osgel nos mostrou, mascamos um pouquinho e parece muito com menta, uma delícia, além de ser digestivo, segundo eles.


Subindo...
Não deu para descansar muito, pois como éramos muito lerdos, deu tempo só de comer e prosseguir. Na nossa lerdeza, chegamos já anoitecendo no acampamento, em Soraypampa, tendo vencido portanto 1.000 metros de altitude e 19 km de trilha. Como bem o Osgel disse para nós, logo no começo da caminhada após o almoço, mostrando nosso destino final do dia “-parece estar cerca (perto), pero no es...”.

 Eu já cheguei quase me arrastando, sem ar, o ar ficando cada vez mais gelado, pois além da altitude, o ar que soprava era generosamente resfriado pelos picos nevados ao redor...o João bem cansado também. A única que conseguiu prosseguir sem tanto atraso foi a Júlia.
O acampamento é dividido em vários locais, como tendas rústicas, cada grupo fica no seu cantinho, e no nosso caso, havia uma casinha que era banheiro, e outra estrutura também que era a cozinha e o refeitório, bem rústico, mas qualquer coisa é melhor do que ficar ao ar livre), naquele frio!!!
o Alex e a nossa barraca sobre o feno
Uma alegria ver a barraca já montada, dentro de uma cobertura e o chão todo coberto de feno, então a nossa quase certeza que iríamos passar bastante frio já ficou para trás. Banho de lencinho, claro, e depois fomos para o refeitório para o que o Fredi chamou de “happy hour”. Nos matamos eu e a Júlia, com as galletas- bolachinhas, café, té- chá, e  até palomitas-pipocas!!! quem diria!.
O João estava cansado demais e nem quis participar do happy hour e já quis logo a cena-jantar. Nem bem saímos da mesa e voltamos, com sopa de entrada, arroz, frango e salada, mas como nos empanturramos antes, infelizmente aproveitamos pouco.
Dali, gostaríamos muito de ter ficado olhando as estrelas, naquele tempo gelado, e sem luz elétrica nenhuma, para atrapalhar a visão. Foi o céu mais bonito que já vimos, tentamos bestamente tirar fotos e só apareceu um borrão preto, vai ter que ficar na  memória de quem visualizou este céu. A idéia romântica que o João teve de levar uma mantinha que estava na mochila dele, para vermos o céu estrelado a noite, se dissolveu completamente ante o frio e o cansaço do dia e fomos nos recolher no aconchego da barraca...



segunda-feira, 23 de julho de 2012

Segundo dia- Conhecendo Cusco


A Plaza de Armas em dia de festa

Teríamos o dia livre, pois o briefing marcado para este dia já tinha acontecido no dia anterior, e descansados da noite não dormida anterior, e o breve vislumbre do que havíamos visto, depois do desayuno fomos correndo bater perna.
Era domingo, a Plaza estava repleta, e para a alegria do Ogro, que adora tudo o que se refere a Forças Armadas, estava acontecendo uma Parada Militar, cheeeio de gente.
Lógico que tivemos que parar para assistir um pedaço, e depois percebemos que não era só de militares, mas também haviam várias escolas participando do desfile.
Guardadas as proporções, lembrava bem os desfiles de 7 de setembro a que estávamos acostumados quando éramos criança, e na verdade (pura ignorância), nem sei se isso acontece hoje em dia. Se acontece, não é mais tão celebrado como eu me recordo, pelo menos...começamos aqui a ver como o povo peruano é patriótico, e tem orgulho destas comemorações. Saudades do tempo em que vivíamos isso aqui no Brasil... melhor nem comentar ...



Enquanto o Ogro se deliciava com o desfile militar, entramos na Catedral onde ocorria uma missa. Também percebemos uma coisa que percebemos ser constante durante nossa visita: durante o culto, sempre fica alguém na porta da entrada e proíbe os turistas de entrar para bater fotos. Permitem assistir ao culto, claro, mas dizem que fotos, só depois do culto. Um sinal de religiosidade e respeito.
Entramos, assistimos um pedaço da missa, na Catedral que é deslumbrante, e tenho que contar que enquanto estava maravilhada,olhando o interior da Catedral, o coral começou a cantar os hinos, bem atrás de onde estávamos, senti um arrepio, de tão bonito! Foi um momento bem bonito, e acredito que qualquer viajante sentiria a mesma coisa, independente da sua religião ou crença.

Mais uma foto da Catedral
Depois, fomos trocar o dinheiro por nuevos soles, existem inúmeras casas de câmbio, mas as recomendadas de acordo com a  Machu Picchu Brasil, são a Lac Dolar, na Av. El Sol, e como estava fechada, pedimos indicação e o Ricardo nos indicou uma vizinha a esta (não consigo lembrar o nome), mas fica umas duas portas depois da Lac Dolar, numa loja de artigos fotográficos.
Andamos todas as lojinhas que vocês podem imaginar, almoçamos na Tratoria Adriano. Comemos para variar, Pollo saltado (filé de frango a milanesa) com legumes por S/21,50 e a Júlia foi de Espaguete a bolonhesa, por S/17,00, acompanhados da incomparável Inca Cola.
Banca de frutas

Depois, fomos conhecer o Mercado Central, sempre acho que é um passeio obrigatório, pois você tem contato com os verdadeiros cheiros, temperos, gastronomia e costumes locais. Siga a Plaza de Armas em direção a Calle Mantas, segue em frente, passa a Igreja de Santa Clara, é uma reta só.

A banca com elementos indecifráveis
Vimos bancas com coisas que não tínhamos idéia do que pudesse ser, a parte de carnes sem refrigeração embrulhou um pouco nossos frescos estômagos, uma banca com artigos parecendo de bruxaria, bem surreal, a parte de gastronomia local, que nos encheu de curiosidade, mas não deu coragem o suficiente para experimentar nada e a parte de roupas.
Já tinha lido que era bom pechinchar nas roupas e é verdade. Alguns dos melhores preços (e barganhas) encontramos aqui no mercado. Você pergunta, o dono da banca te fala o preço, você faz que pensa, faz que vai embora, então o dono insiste, abate uns S/5 ou S/10, dependendo da quantidade de peças que vai levar e pega um bom desconto final.
A parte de gastronomia local

Assim também vale na Feira Artesanal de Produtores, um pouquinho antes de chegar ao Mercado, parece uma viela, mas lá dentro, existem inúmeras barracas com (teoricamente, não sei se é só o nome gente) produtos direto do fabricante, e também rendeu algumas boas pechinchadas.
Com algumas comprinhas na mão, felizes da vida, voltamos ao Hotel para arrumar a mochila para a Trilha de Salkantay a partir do dia seguinte.
Ficamos com preguiça de descer de novo, para jantar e como bons paulistanos preguiçosos, pedimos para o Hotel pedir uma pizza para comer por lá mesmo. Gente, não lembro o nome da pizzaria, mas acho que foi a pior pizza que comemos na vida...o interessante (também vimos isto na Tratoria Adriano) foi que vieram torradinhas, acompanhadas de dois tipos de molho, o rocoto e um molho branco, que tinha gosto de alho.










A chegada em Cusco- o reconhecimento e a aclimatação

Flores na Plaza de Armas- Cusco


Pegamos o vôo SP-Lima às 19:40 hs, chegamos em Lima depois de cerca de 4 horas de vôo e já havíamos nos preparado psicologicamente e fisicamente em passar a noite no Aeroporto, pois o vôo para Cusco estava marcado para as 05:50 somente, um tempo que não era suficiente para pernoitar em um Hotel. Para completar a espera, 2 horas de fuso horário, fazer o que...
Por que será que acabamos repetindo sempre a mesma rotina...

A surpresa foi ver um monte de gente dormindo pelos corredores do Aeroporto. O pessoal simplesmente esticava confortavelmente seu isolante e seu sleeping bag, se acomodava e pronto, a melhor cama do mundo...
Pena que já havíamos feito check in e despachado nossas bagagens...
O jeito foi pegar um pedaço de chão mesmo e esperar, pois na área antes do embarque, as cadeiras são muito escassas. Depois que entramos na área do embarque (deveríamos ter pensado nisso antes), haviam cadeiras de sobra e todos acabamos tirando um cochilo lá mesmo, do jeito que deu... (minha mãe e minha sogra que não saibam disso,coitada da Júlia... hehehe)

Chegamos às 7:10 hs em Cusco e preciso dizer que sentimos duas coisas logo de cara: o frio, pois a temperatura em Lima é praticamente como São Paulo, e não fez tanta diferença, e a falta de ar, que seria nossa companheira constante, a partir daí.

Nós na Sede da machu Picchu Brasil, em Cusco
A Magaly, da nossa agência escolhida, Machu Picchu Brasil (recomendamos fortemente, pelo profissionalismo e atenção) já nos esperava para o translado (privado) ao  Hotel Dom Bosco .

Hotel Dom Bosco

Refeitório do Hotel Dom Bosco
A diária ficou em R$ 180,00 para nós três, com desayuno incluído. O Hotel fica na Calle Suécia, teoricamente a 200 m da Plaza de Armas, mas a subidinha... no mais, é um hotel bem agradável, tem água quente a toda hora (isso parece besteira aqui no Brasil, mas creia-me, no frio de Cusco faz toda a diferença), os funcionários são extremamente atenciosos e também recomendamos.


A Magaly fez conosco uma breve reuniãozinha, nos servindo das garrafas térmicas sempre cheias no Hotel, de chá de coca, nos deu um mapa da agência com os pontos principais de visitação no centro da cidade,como os museus, restaurantes, com indicações do que fazer e visitar e alteramos o briefing anteriormente marcado para o dia seguinte para este mesmo dia às 15:00 hs.
Tomamos o desayuno (muito bom, por sinal), sempre três tipos de pães, geleias, queijo branco, presunto, frutas, manteiga, sempre dois tipos de pratos quentes, como ovos, ou salsichas, ou uma casquinha de pastel, às vezes guacamole (uma delícia), iogurte, dois tipos de sucos, cereais, leite e café.
Chegamos, subimos com a bagagem e pela noite “muito bem descansada”, desabamos os três na cama até por volta das 13:00 hs.
Tomamos um banho bem demorado cada um e saímos para bater perna, de leve, lembrando do compromisso às 15:00 hs.

A Catedral de Cusco
Com o mapa na mão, mais a leitura do guia Frommer’s que eu “comi”, descemos em direção á Plaza de Armas e fomos andando e descobrindo em cada Calle, lojinhas inúmeras, fervilham todos os tipos de serviços: agências de turismo oferecendo passeios, lojas vendendo artesania local, roupas em lã, alpaca, prata, lojas de artigos para trekking para comprar e aluguel de equipamentos, ATMs, casas de câmbio (um monte), restaurantes, cafés, hotéis, hostels, boticas, gente oferecendo massagem, gente com roupa típica oferecendo-se para tirar uma foto, uma loucura! Além disso, todas as línguas e tipos de gente que você pode imaginar (sendo os trilheiros a esmagadora maioria). Imagina, mal de altitude ou soroche que nada! O chamado das lojas e desta diversidade, foi maior para nós do que tudo isso!
Engraçado que o assédio aqui, acabou não me incomodando como me incomoda normalmente. Sei lá, como já sabia, acabei achando normal. (Além da diversidade de gente transitando ser um atrativo a parte).


Rapidinho chegou o horário do nosso encontro, e fomos para a agência, na Calle Garcilaso, 265. Conhecemos o Fredi e o Ricardo, o dono da agência. O Fredi nos explicou quase que quilômetro por quilômetro o percurso e como seria a trilha, detalhadamente e tiramos todas as dúvidas que ainda tínhamos e nos esclarecendo, nos deu uma segurança muito grande, pois apesar de sabermos o que encontraríamos pela frente, ainda restava em mim um resquício de medo... o fato de termos uma equipe (o guia, o cozinheiro e o arriero-o moço que cuida dos cavalos) exclusivamente para nós, ou seja, não teria a preocupação de ter que seguir o ritmo de jovens (ainda mais europeus, que andam numa velocidade impossível para mim) um cavalo extra disponível, caso eu ou a Júlia precisássemos de auxílio na trilha, nos momentos mais complicados, me deixou bastante tranquila.

O couvert com iguarias típicas










Nos despedimos e como havíamos pulado o almoço,  justamente para evitar o enjôo, típico do soroche, fomos jantar no El mesón de  Don Tomás, fica no centro, em frente ao Convento de Santa Catalina, Santa Catalina Angosta # 169, fone: (51) (084) 241-757.
Pedimos o nosso básico de sempre, quando ainda estamos nos aclimatando em qualquer lugar: frango grelhado com papas fritas, S/ 30,00. Credo, vai num lugar assim e não entra de sola no cuy???- o famoso porquinho da índia. Não, no primeiro dia, nem pensar...
O legal é a entrada, (grátis), com pisco sour, chica morada, (a bebida feita do milho, que nós adoramos e lembra muito suco de uva) milho típico cozido, com aqueles grãos grandes, pãozinho quente, manteiga, vinagrete e o molhinho picante que nos acompanhou em toda a estadia, acho que se chama molho rocoto (ou alguns dos inúmeros ajis- pimentas) que eles usam muito.
Demos mais umas voltas pelos arredores da Plaza e iniciamos nossa lenta subida para o Hotel para descansar.


domingo, 22 de julho de 2012

Peru- Cusco e Trilha de Salkantay - Parte Técnica



Parte técnica (Chato, mas necessário)
A idéia inicial (e como ela se modificou até o final)

Ventilamos a possibilidade de visitar o Peru (a primeira coisa que vêm a mente: Trilha Inca, Machu Picchu, clichê) há cerca de um ano e meio em uma viagem (para variar), e entre assombros e comentários de alguns (“-é muito arriscado!!!,” “muito perigoso, vocês têm coragem de levar a Júlia numa loucura dessas????”, mas vocês têm coragem de pegar aquele trem da morte????”) a idéia ficou meio que adormecida, até que a viagem para o Parque Beto Carrero, em julho do ano passado e o nosso desgaste físico nos alertou para o fato de que já não temos mais vinte anos de idade, e estes sonhos que necessitam de um pouco mais de nosso físico devem ser feitos enquanto ainda temos um pouco mais de resistência.
E também ainda, para compensar os velhos aqui, do programa turismão  padrão a que vamos nos submeter no final do ano, precisávamos de uma coisa bem diferente, para contrastar e surgiu essa idéia.

Começamos a ver alguma coisa em janeiro deste ano, mas aí, veio o Carnaval, nos distraímos com o planejamento, e mais o planejamento da outra viagem do final do ano, o tempo foi passando e quando acordamos em março e entramos em contato novamente com a agência, já não havia mais vaga para a Trilha Inca tradicional.
Vimos alguns comentários e depoimentos sobre esta trilha alternativa, (alguns falando bem e outros falando bem mal), concluímos que as informações eram bem desencontradas , mas ainda com muito receio, resolvemos encarar.


Agência (contratar ou não)

Já falei isso várias vezes, mas para nós, é de extrema importância a contratação de uma agência, ou pelo menos o contato com um guia local (e que tenha referência), ou um ponto de referência, com mapas ou um contato pelo menos, seja aqui ou no exterior, salvo situações em que ninguém contrata e a trilha é altamente conhecida, organizada, demarcada e auto-guiada (como o W em Torres del Paine no Chile, por exemplo).
Para começo de conversa, ninguém entra na Trilha Inca tradicional sem ter marcado com uns 6 meses de antecedência e sem um guia credenciado. O limite de pessoas são de 500 pessoas por dia, incluindo guias, cozinheiros, porteadores e os turistas, do mundo todo, e se uma agência não tem mais vaga, mais nenhuma outra terá.
Para a Salkatay, não existe este número limite. Li vários relatos de pessoas que fizeram a trilha de Salkantay sem guia. Na verdade, depois de tê-la feito, posso falar que o caminho, em si, não tem erro, pois é só acompanhar todos os turistas e guias pela trilha, mas a estrutura e o conforto que você terá, são proporcionais a agência e de quanto está disposto a pagar.
Definido isto, por qual agência, afinal fervilham agências em Cusco...
Bom, todos sabem das minhas pequenas pesquisas e planilhas que faço para o Planejamento, e cotei algumas no Brasil e um pouco no Peru.
Optamos por uma agência brasileira com sede em Cusco, pois o preço não tinha muita diferença e um dos parâmetros que usamos para a cotação é a agilidade e a precisão nas respostas a nossas dúvidas. Não muito aqui nesta viagem em específico, (só um desabafo, mas que serve para todos os casos), agência que não responde e-mail de cotação, não consegue entender uma pergunta simples formulada e responder um simples sim ou não, termos que ligar para implorar uma cotação de preço, já vai saindo da seleção...
Dito isto, mais algumas coisas que vimos e ouvimos: vimos muita gente na trilha sim, inclusive bastante brasileiros, muito mais do que nós imaginávamos encontrar. O que deu para perceber, é o que o pessoal da nossa agência falou: as agências ao redor de Cusco fazem o mesmo tipo de serviço, ou seja, guiam, fazem as refeições, montam as barracas, têm o serviço dos cavalos e tudo o mais, o que é diferente é a qualidade. Comento depois, no dia a dia, como foram a prestação dos serviços. Normalmente juntam vários grupos, formando um grande grupo. Ótimo se você é jovem, está com a sua turma, quer fazer novas amizades e tudo isso.
Talvez tenhamos pago relativamente um pouco mais caro, em comparação às agências locais (nem me dei ao trabalho de comparar) mas o serviço foi sempre exclusivo, ou seja, sempre somente nós três (mais o pessoal do apoio, lógico) pois tivemos de considerar alguns fatores: a Júlia que havia saído de uma pneumonia, eu ando muito devagar, normalmente não consigo mais acompanhar os jovens.
Vou citar dois exemplos que ouvi e utilizo aqui para ilustrar: um caso (que deve ter sido o pior), onde o guia inescrupuloso dopou todo o grupo e roubou os pertences dos turistas e deu no pé. Outro, na vôo de volta para São Paulo, uma turista atrás da gente comentando que havia feito também a Trilha de Salkantay, que passou fome e frio demais...

Guia impresso
Sei, com o advento da internet e os zilhões de blogs de turismo, relatos de viagens em n sites, fóruns de discussão em twitter, facebook e assim vai, ainda não abro mão de um bom guia de viagem impresso, pois as opiniões e indicações são normalmente isentas e abrangem mais do que um relato específico de onde estivemos.
Comprei e recomendo fortemente o guia do Peru do Frommer’s, que tentei absorver por “osmose” as partes que iríamos visitar.


Placas da Sorojchi pills no Aeroporto de Lima
(sugestivo,não?)


O Soroche ou Mal de altitude
Todo mundo já falou, não vou ficar falando de novo, mas é verdade: como dizem os peruanos, nós brazucas, acostumados com altitude de ... praia, invariavelmente vamos sentir os efeitos da altitude. Sentimos dor de cabeça, falta de ar, quando se esforça um pouco, parece que o coração vai saltar da boca, e para todos os males, um produto, logo anunciado no Aeroporto de Lima. Pesquisei antes de ir, e não consegui obter o conteúdo da tal pílula. Minha porção farmacêutica, normalmente adormecida nas viagens, teve que ver o que tinha na tal pílula, e mais a porção hipocondríaca do Ogro, que acreditou que era a pílula do milagre teve que comprar. Quais são os princípios ativos: ácido acetilsalicílico: 325 mg, salofeno: 160 mg e cafeína: 15 mg.
Básico, seguir o conselho de todo mundo: tome bastante chá de coca, quanto você conseguir, descanse nas primeiras horas, e se puder nos primeiros dias, não saia andando rápido como você está acostumado, tenha uma alimentação mais moderada nos primeiros dias, pois pode ficar nauseado. Nosso analgésico usual foi o suficiente para a dor de cabeça. A falta de ar demora um pouco mais mesmo, depois com o tempo, aos poucos, você vai se acostumando...

Uma das inúmeras manifestações culturais que vimos em Cusco

Trilha Salkantay- distâncias e horas referenciais

(fonte: Machu Picchu Brasil)



Cusco- Mollepata (bus)                      90 km              2:40 hs
Mollepata- Soraypampa                     19 km              8:00 hs
Soraypampa- Chaullay                       21 km              10:00 hs
Chaullay- Playa                                  13 km              5:00 hs
Soraypampa-Santa Teresa (bus)         20 km              1:30 hs
Santa Teresa- Hidro                           14 km              2:30 hs
Santa Teresa- Hidro (bus)                  14 km              0:35 min.
Hidro-Águas Calientes                      11 km              3:00 hs

Altitudes
Mollepata                   2.900 m
Cruzpata                     3.400 m
Soraypampa                3.900 m
Salkantaypampa         4.100 m
Ponto mais alto           4.650 m
Huayracpampa           4.000 m
Colpapampa               2.800 m
Playa                           2.400 m
Aguas Calientes         2.000 m
Machu Picchu             2.400 m

Informações diversas

Trem VistaDome
US$ 78,00 por pessoa o trecho
Horários: 15h48 ou 16h22.

Banõs Termales Cocalmayo (em Santa Teresa)
S 5,00

Boleto Turístico del Cusco (compre na Prefeitura, na Av. El Sol)
S/ 130,00
S/ 70,00- estudante

Oferece visita opcional a 16 lugares e é válido por 10 dias.
.Museu histórico Regional
.Museu Municipal de Arte Contemporâneo
.Museu de Sitio de Qoricancha (para o Convento de Santo Domingo, comprar ingresso por S/10,00 adulto e S/5,00 estudante)- faz parte do tour Cusco Arqueológico
.Pikillacta
.Tipón
.Saqqsayhuamán-faz parte do tour Cusco Arqueológico
.Q’enqo
.Pukapukara
.Tambomachay- faz parte do tour Cusco Arqueológico
.Chinchero- Valle Sagrado
.Pisac- Valle Sagrado
.Ollantaytambo- Valle Sagrado
.Moray
.Centro Qosqo de Arte Nativo
.Monumento Pachacuteq
.Museu de Arte Popular

Boleto para a Catedral de Cusco
S/ 25,00
S/12,50 para estudantes

Boleto para o Museu Inka (obrigatório)
Segunda a sexta: 8:00 às 19:00 hs
Sábados e feriados: 9:00 às 16:00 hs
S/ 10,00 (gente, perdi o boleto, mas acho que era isso)


Ônibus para Machu Picchu
Subida ou descida: US$ 9,00
Para crianças (subida ou descida): US$ 5,00

Boleto de acesso para Machu Picchu
S/ 76,00- estudante
S/152,00-adulto

Para subir para Huayna Pichu
R$ 30,00 por pessoa e reservar com antecedência
Existem duas subidas: uma às 7:00 e outra às 10:00 hs.

Câmbio
R$1,00 equivale a aproximadamente S/0,8. Quase a mesma coisa.

Gente, para ninguém morrer de tédio, já ficou comprido demais e as outras informações, vou postando aos poucos nos relatos dia a dia.