O pessoal da agência veio nos
buscar às 5:30 hs, com o Fredi para apresentar o guia Osgel Guevara e o chef Roberto. O Fredi saltaria logo nos deixando na van que seguiu para
Mollepata, a 90 km de Cusco, numa estradinha sinuosa que para variar a Júlia
teve que dar uma paradinha antes do desastre iminente...
Chegamos por volta das 8:30~9:00
hs em Mollepata por causa da paradinha e tomamos o desayuno no Restaurante
Turístico La Casona de Mechita, (o único no local, me pareceu e que todos vão
tomar o café da manhã). Estava cheio de turistas tomando o desayuno e fomos de
café continental, S/ 10,00, pão, manteiga, geléia, café, chá de coca e suco de
laranja, básico.
O Osgel perguntou se gostaríamos
que o carro seguisse com nossas mochilas e sugeriu que só um ficasse com
algumas coisas básicas, como água e alguns snacks, se fosse o caso, o que
acatamos de imediato e a partir daí, o Osgel apelidou o João de “serviço
delivery”.
Uma paradinha para descanso |
A caminhada começou tranquila, um
clima agradável, até um calorzinho gostoso e fomos cortando o caminho pela
longa estrada. (Depois no final é que descobri que esta estrada levava
praticamente até o nosso destino final, pertinho do chiquetê Montain Lodge Mountain Lodges.
Os guias falaram que a mesma
trilha que fazemos em 4 dias é feita em 6 dias, parando em todos os Lodges, clique aqui para ver o detalhamento.Isso se você quiser gastar a bagatela de US$ 2.500~US$ 3.000,00, dependendo da
temporada.
Almoçamos aos arredores de
Cruzpata, já estávamos famintos e foi aí que percebemos o nível que teríamos
nas refeições: primeiro, um suco, depois de entrada uma sopa de maiz-milho,
depois arroz, coxa de peru, salada (alface, tomate, cebola) e papas-batatas
cozidas (para nós, acostumados a não almoçar e dar uma paradinha para comer
sementes, barrinhas de cereais, chocolates, bolachas, enfim, porcarias, foi um
banquete).
A fome era tanta que ninguém
lembrou de tirar uma foto...
Para finalizar, chá de muña, um
arbusto que vimos no caminho, e o Osgel nos mostrou, mascamos um pouquinho e
parece muito com menta, uma delícia, além de ser digestivo, segundo eles.
Subindo... |
Não deu para descansar muito,
pois como éramos muito lerdos, deu tempo só de comer e prosseguir. Na nossa
lerdeza, chegamos já anoitecendo no acampamento, em Soraypampa, tendo vencido
portanto 1.000 metros de altitude e 19 km de trilha. Como bem o Osgel disse para nós, logo no
começo da caminhada após o almoço, mostrando nosso destino final do dia “-parece
estar cerca (perto), pero no es...”.
O acampamento é dividido em vários
locais, como tendas rústicas, cada grupo fica no seu cantinho, e no nosso caso,
havia uma casinha que era banheiro, e outra estrutura também que era a cozinha
e o refeitório, bem rústico, mas qualquer coisa é melhor do que ficar ao ar
livre), naquele frio!!!
o Alex e a nossa barraca sobre o feno |
Uma alegria ver a barraca já
montada, dentro de uma cobertura e o chão todo coberto de feno, então a nossa
quase certeza que iríamos passar bastante frio já ficou para trás. Banho de
lencinho, claro, e depois fomos para o refeitório para o que o Fredi chamou de
“happy hour”. Nos matamos eu e a Júlia, com as galletas- bolachinhas, café, té-
chá, e até palomitas-pipocas!!! quem
diria!.
O João estava cansado demais e
nem quis participar do happy hour e já quis logo a cena-jantar. Nem bem saímos
da mesa e voltamos, com sopa de entrada, arroz, frango e salada, mas como nos
empanturramos antes, infelizmente aproveitamos pouco.
Dali, gostaríamos muito de ter
ficado olhando as estrelas, naquele tempo gelado, e sem luz elétrica nenhuma,
para atrapalhar a visão. Foi o céu mais bonito que já vimos, tentamos
bestamente tirar fotos e só apareceu um borrão preto, vai ter que ficar na memória de quem visualizou este céu. A idéia
romântica que o João teve de levar uma mantinha que estava na mochila dele,
para vermos o céu estrelado a noite, se dissolveu completamente ante o frio e o
cansaço do dia e fomos nos recolher no aconchego da barraca...
Assim que possível quero voltar ao Peru para fazer essa trilha! Saudade do vento gelado dos andes!
ResponderExcluirOlá!!
ResponderExcluirNós aqui em casa que combinamos de não falar em trilha por pelo menos um mês já estamos com saudades do Peru...
Mesmo com os perrengues, não nos arrependemos de nada e voltaríamos também sem sombra de dúvidas!
Abraços!
Marcia
1000 m e 19 km pro primeiro dia é bem forte mesmo... Pelo visto a Julia tirou de letra essa fase! Parabéns Juju!!!!!
ResponderExcluirQue delícia ter almoço na trilha... O nosso era lanchinho mesmo!
Banho de lenço umedecido? Fiquei boa nisso... kkkkk
Oi amiga!!
ExcluirA Júlia pede para agradecer, e mesmo cansada, foi a que se saiu melhor neste dia.
Almoço na trilha, em todos esses anos foi a primeira vez, estranhamos também, nós que acostumamos a comer sementes no meio do caminho. O pior era a preguiça que dava, mas nem dava muito tempo porque o guia ficava no nosso pé. Os lencinhos, ah!!, os lencinhos. Tem gente que fica espantado, mas sabe como é né, amiga, no final de um trilhão, frio, você só o pó, é o máximo que conseguimos fazer...hehehe...
Bjos!
Marcia