quarta-feira, 25 de julho de 2012

Início da Trilha Salkantay- De Mollepata para Soraypampa



O pessoal da agência veio nos buscar às 5:30 hs, com o Fredi para apresentar o guia  Osgel Guevara e o chef Roberto. O Fredi saltaria logo nos deixando na van que seguiu para Mollepata, a 90 km de Cusco, numa estradinha sinuosa que para variar a Júlia teve que dar uma paradinha antes do desastre iminente...
Chegamos por volta das 8:30~9:00 hs em Mollepata por causa da paradinha e tomamos o desayuno no Restaurante Turístico La Casona de Mechita, (o único no local, me pareceu e que todos vão tomar o café da manhã). Estava cheio de turistas tomando o desayuno e fomos de café continental, S/ 10,00, pão, manteiga, geléia, café, chá de coca e suco de laranja, básico.
O Osgel perguntou se gostaríamos que o carro seguisse com nossas mochilas e sugeriu que só um ficasse com algumas coisas básicas, como água e alguns snacks, se fosse o caso, o que acatamos de imediato e a partir daí, o Osgel apelidou o João de “serviço delivery”.

Uma paradinha para descanso
A caminhada começou tranquila, um clima agradável, até um calorzinho gostoso e fomos cortando o caminho pela longa estrada. (Depois no final é que descobri que esta estrada levava praticamente até o nosso destino final, pertinho do chiquetê Montain Lodge Mountain Lodges.
Os guias falaram que a mesma trilha que fazemos em 4 dias é feita em 6 dias, parando em todos os Lodges, clique aqui para ver o detalhamento.Isso se você quiser gastar a bagatela de US$ 2.500~US$ 3.000,00, dependendo da temporada. 

Almoçamos aos arredores de Cruzpata, já estávamos famintos e foi aí que percebemos o nível que teríamos nas refeições: primeiro, um suco, depois de entrada uma sopa de maiz-milho, depois arroz, coxa de peru, salada (alface, tomate, cebola) e papas-batatas cozidas (para nós, acostumados a não almoçar e dar uma paradinha para comer sementes, barrinhas de cereais, chocolates, bolachas, enfim, porcarias, foi um banquete).
A fome era tanta que ninguém lembrou de tirar uma foto...
Para finalizar, chá de muña, um arbusto que vimos no caminho, e o Osgel nos mostrou, mascamos um pouquinho e parece muito com menta, uma delícia, além de ser digestivo, segundo eles.


Subindo...
Não deu para descansar muito, pois como éramos muito lerdos, deu tempo só de comer e prosseguir. Na nossa lerdeza, chegamos já anoitecendo no acampamento, em Soraypampa, tendo vencido portanto 1.000 metros de altitude e 19 km de trilha. Como bem o Osgel disse para nós, logo no começo da caminhada após o almoço, mostrando nosso destino final do dia “-parece estar cerca (perto), pero no es...”.

 Eu já cheguei quase me arrastando, sem ar, o ar ficando cada vez mais gelado, pois além da altitude, o ar que soprava era generosamente resfriado pelos picos nevados ao redor...o João bem cansado também. A única que conseguiu prosseguir sem tanto atraso foi a Júlia.
O acampamento é dividido em vários locais, como tendas rústicas, cada grupo fica no seu cantinho, e no nosso caso, havia uma casinha que era banheiro, e outra estrutura também que era a cozinha e o refeitório, bem rústico, mas qualquer coisa é melhor do que ficar ao ar livre), naquele frio!!!
o Alex e a nossa barraca sobre o feno
Uma alegria ver a barraca já montada, dentro de uma cobertura e o chão todo coberto de feno, então a nossa quase certeza que iríamos passar bastante frio já ficou para trás. Banho de lencinho, claro, e depois fomos para o refeitório para o que o Fredi chamou de “happy hour”. Nos matamos eu e a Júlia, com as galletas- bolachinhas, café, té- chá, e  até palomitas-pipocas!!! quem diria!.
O João estava cansado demais e nem quis participar do happy hour e já quis logo a cena-jantar. Nem bem saímos da mesa e voltamos, com sopa de entrada, arroz, frango e salada, mas como nos empanturramos antes, infelizmente aproveitamos pouco.
Dali, gostaríamos muito de ter ficado olhando as estrelas, naquele tempo gelado, e sem luz elétrica nenhuma, para atrapalhar a visão. Foi o céu mais bonito que já vimos, tentamos bestamente tirar fotos e só apareceu um borrão preto, vai ter que ficar na  memória de quem visualizou este céu. A idéia romântica que o João teve de levar uma mantinha que estava na mochila dele, para vermos o céu estrelado a noite, se dissolveu completamente ante o frio e o cansaço do dia e fomos nos recolher no aconchego da barraca...



4 comentários:

  1. Assim que possível quero voltar ao Peru para fazer essa trilha! Saudade do vento gelado dos andes!

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  2. Olá!!
    Nós aqui em casa que combinamos de não falar em trilha por pelo menos um mês já estamos com saudades do Peru...
    Mesmo com os perrengues, não nos arrependemos de nada e voltaríamos também sem sombra de dúvidas!
    Abraços!
    Marcia

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  3. 1000 m e 19 km pro primeiro dia é bem forte mesmo... Pelo visto a Julia tirou de letra essa fase! Parabéns Juju!!!!!
    Que delícia ter almoço na trilha... O nosso era lanchinho mesmo!
    Banho de lenço umedecido? Fiquei boa nisso... kkkkk

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    Respostas
    1. Oi amiga!!
      A Júlia pede para agradecer, e mesmo cansada, foi a que se saiu melhor neste dia.
      Almoço na trilha, em todos esses anos foi a primeira vez, estranhamos também, nós que acostumamos a comer sementes no meio do caminho. O pior era a preguiça que dava, mas nem dava muito tempo porque o guia ficava no nosso pé. Os lencinhos, ah!!, os lencinhos. Tem gente que fica espantado, mas sabe como é né, amiga, no final de um trilhão, frio, você só o pó, é o máximo que conseguimos fazer...hehehe...
      Bjos!
      Marcia

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