quinta-feira, 24 de março de 2011

Santo Antonio do Pinhal

Estação Eugênio Lefévre

Inevitável não citar a vizinha “glamourosa” Campos do Jordão quando falamos em Sto. Antonio do Pinhal, mas a descrição perfeita, copio aqui do Guia Quatro Rodas :...”Pode não exibir a arquitetura alpina da vizinha Campos do Jordão, mas tem o mesmo frio, a mesma névoa, o mesmo verde. É lugar para entocar-se em pousadas aconchegantes, admirar montanhas e comer truta a valer. Passeios ecológicos substituem a badalação, as cachaças são mais famosas que os chocolates, a sorveteria da esquina vende delícias com leite da fazenda”...
A nova alça de acesso da Rodovia SP 123 facilitou o acesso à cidade.
Visitamos a cidade uma primeira vez, quando a Júlia ainda era um bebê (mais ou menos há dez anos atrás) e ficamos na ocasião, Pousada Lua e Sol,uma gracinha de pousada, totalmente temática, desde o sabonete até os detalhes da roupa de cama e banho, tudo, além do mimo de ter o café da manhã trazido até o chalé e a simpatia da dona, que nos atendeu em tudo...

 
Pousada César
Desta vez, ficamos na Pousada César,  no Bairro José da Rosa, cerca de 10 km do centro. Temos que citar aqui, um sitesite  organizado por valores das diárias, super prático, você escolhe a faixa de preço e manda e-mail para o bloco todo de uma vez, sem aquela chateação de mandar um e-mail para cada pousada. Fica uma dica para todos os sites das cidades, esta organização torna bem prática a cotação para o turista.
Chegamos debaixo de uma chuva torrencial, bem cedinho, como é do nosso costume, e ficamos esperando na porta e depois de quase uma hora, uma funcionária veio nos receber, coitada, com imensos guarda-chuvas, que acabou só resguardando nossas cabeças...
Devidamente instalados, fomos para um café da manhã muuuuito bom, uns 4 tipos de pães, 3 tipos de bolo, chá, café, leite, 2 tipos de sucos, frutas diversas, frios, geleias, e depois de um lauto café, fomos nós, bater perna.

Começamos pela sorveteria Eisland, na fazenda Aconchego. Por causa do frio (e também do café), só visitamos o lugar, deixamos para apreciar o sorvete mais tarde...

Seguimos para a Cachoeira Lageado, esta é a cachoeira mais visitada pelos turistas, por possuir uma área arborizada para descanso e piquenique. Existe uma trilha pequenininha, atravessando uma ponte de madeira, e dando a volta por um bosque. A entrada custa R$ 2,00, mas não é nada muuuito assim, digno de nota.



Depois, visitamos A Bodega. A casa já é um ponto turístico na cidade, e vende cachaças com mais de 40 sabores tais como : mel, amora, figo, cambuci, uva, carambola, damasco, chocolate, cidreira... Os grandes frascos de vidro ficam dispostos na loja, onde você pode provar de todos os sabores, quantas vezes quiser. Cuidado! Tivemos experiências “tristes” na nossa época de solteiros, com esse tipo de degustação, lá na Chapada dos Veadeiros. Eu e nosso amigo Fábio, que o diga... Por causa disto, provei bem pouquinho...(êeee, manguaça!!!!). Acabamos levando uma garrafa de vinho artesanal da casa. O local vale o passeio, além das bebidas, é muito agradável, e tem um jardim bonito, nos fundos.

A essa altura do passeio, hora do almoço e seguimos a indicação das meninas da Pousada, o Restaurante da Beth, uma casinha bem simples, com comida caseira, bem atrás da Pousada. (Telefones: 12-36662199, 12-96015834). Pedimos o PF, R$ 8,00, com arroz com a carne de escolha (frango, bisteca, carne assada ou bife) mais feijão e salada. Super simples, mas muito bom mesmo.

Depois do almoço, gastar as energias. Fomos em direção ao centro da cidade, visitamos o Mirante do Cruzeiro, uma praça de onde é possível avistar toda a cidade e o local onde os moradores da cidade realizam a procissão da via Sacra, na época da Semana Santa.

Estação Eugênio Lefévre
Não poderíamos deixar de visitar ainda, a Estação Eugênio Lefévre, inaugurada em 1919, conhecida como “Estação do Bondinho”. Pelas informações, devemos pegar o trem em Campos do Jordão e pode descer em Pinhal, não o contrário, infelizmente...
Já que estávamos lá, (ai que desculpa esfarrapada!), não podíamos logicamente, deixar de experimentar o tãaao aclamado bolinho de bacalhau. Gente, estávamos empanturrados ainda, mas foi tão bom que comemos dois cada um!! Vale a pena!

vista do Mirante


Um pouquinho mais para a frente, a pé mesmo, seguindo os trilhos, você chega ao Mirante Nª Sª Auxiliadora, com um pátio ao redor, de onde se avista o Vale do Paraíba.
Já escurecendo quase, voltamos para descansar à Pousada.

No dia seguinte, tentamos achar as cachoeiras.
Não perca tempo com a Cachoeira do Cassununga.Fica atrás de um bar na beira da estrada, rodovia SP-50, onde cimentaram tudo, colocaram escadas, banquinhos e mesas em cimento. Um verdadeiro horrooor!!!!


Tentamos a todo custo, achar a tal Cachoeira Rancho Feliz, e pelas indicações do livreto turístico da cidade, a única coisa que conseguíamos achar toda hora, era um empreendimento imobiliário e quando perguntamos para o comércio local, indicaram que dentro do empreendimento é que estava localizada a Cachoeira. Fomos nós, na maior cara de pau, fazer de conta que íamos conhecer o empreendimento e procurar a Cachoeira.
Foi uma surpresa boa, fizemos a Trilha das Cachoeiras, uma trilha gostosa, para passeio, com várias quedas d’água, de todos os tipos e tamanhos, mas só resta saber se será aberta ao público, mas ao que tudo indica, somente os proprietários das residências do Condomínio é que deverão ter acesso. Uma pena, para turistas como nós, que apreciamos também descobrir lógico, as belezas naturais dos lugares que visitamos...


O homem que encarava as cabras
 Continuando nosso passeio, visitamos o CaprAlemão e o Bode Expiatório. Um local interessante, onde as crianças (e os adultos) podem ver a criação dos animais, brincar com as cabras, experimentar vários tipos de queijo e também a cerveja artesanal do Bode Expiatório. Funciona no mesmo local que o atelier Bruxa da Montanha, com anjinhos, bonecas e calendários confeccionados em tecido.


Pharmácia de Quintal

Em frente ao CaprAlemão, fica a Pharmácia de Quintal, uma casinha simples, mas linda, na sua simplicidade. Oferece produtos elaborados com ervas e flores como temperos, xaropes, mel, vinagres e azeites com especiarias, sachês, travesseiros aromáticos. Só de entrar pelo quintal, você sente o aroma do lugar! Compramos sais aromatizados lá que são uma delícia para temperos!

 
Fazenda Renópolis
 Já era tarde, cerca de 16 hs, e não havíamos almoçado, então fomos conhecer a Fazenda Renópolis  que vimos no livreto que ofereciam o chá colonial, esperando uma “casa de chá” aos moldes dos que conhecíamos.
A Fazenda pertence à família desde a década de 20 e dela se originou a Colônia Renópolis, povoada por colonos japoneses há décadas. Além do Chá colonial, você conhece o artesanato local e os produtos com ervas medicinais e aromáticas, que são produzidas pela própria família com matéria prima da fazenda.
quitutes do chá colonial
O "chá colonial" foi um verdadeiro banquete para nós: 3 tipos de sopa (feijão, canja e legumes), ovos mexidos, quiches, salada (com flores junto!), pães (2 ou 3 tipos), patês, bolos (9 tipos), chá, café, leite e 2 tipos de sucos. Criança paga meia e adultos, não me recordo muito bem, mas cerca de R$ 35,00~R$ 40,00, mas vale muito a pena!
Ouvimos dizer, que existe uma trilha que começa em Campos do Jordão, vai descendo pelos trilhos e termina na Fazenda Renópolis . Não deu para testar desta vez, mas nos prometemos voltar para esta "penosa" missão...rsrsrs

Passamos ainda, na volta da Pousada, por uma das propriedades da Colônia japonesa fixada pertinho da Fazenda Renópolis e compramos uma mudinha de cerejeira que há muito tempo o João procurava e não encontrava por aqui, em São Paulo.
Passamos também nas fontes (Fonte Santo Antônio), para abastecer nossos cantis e mais o que achamos de garrafinhas vazias dentro do carro.

Dia seguinte, antes de sair da cidade e voltar para casa, não podíamos deixar de experimentar o sorvete na Eisland desta vez no centro da cidade. Experimentamos o menu degustação das 9 bolinhas, por R$ 15,00. O sorvete é saboroso, muito cremoso, feito com leite e creme de leite de gado jersey da fazenda Sítio Aconchego.

Nossas considerações finais: um lugar muito gostoso, pertinho de SP, 180 km,não dá nem tempo de cansar da viagem, bom para todos os tipos de visitantes, desde os casais românticos até para viagem com crianças, agradando a todos os gostos e bolsos.
Pelo relato (e a nossa gula também), deu para perceber que é uma viagem gastronômica também!
Não deu tempo de ver todos os atrativos, como os vários locais com artesanato (a História em Retalhos, Morito Ebine, Atelier Eduardo Miguel,o Jardins de Barro, a Oficina das Artes, entre outros), o Pico Agudo... e que só aumenta a nossa vontade em voltar para esta simpática cidade.