domingo, 24 de março de 2013

Aquatica

O Dolphin Pludge


Aquatica

Estávamos com receio de ir a parques aquáticos, pois era bem pertinho do inverno, mas mesmo assim, compramos o pacote que incluía Aquatica, Sea World e Busch Garden.
Como eu contei no nosso post de planejamento, pagamos US$ 143,00 por pessoa.
O pessoal da Agência havia recomendado primeiro, que comprássemos os parques aquáticos lá na hora, mas como planejávamos visitar o Busch Garden de qualquer forma, acabamos optando pelo Combo.

Como era domingo, dia particularmente cheio em alguns parques, havíamos acabado de chegar e principalmente, pesquisávamos pela internet e assistíamos o Weather Channel o tempo todo, verificando sempre a variação da temperatura local, a escolha por começar a nossa maratona dos parques recaiu sobre este.
Confesso que demos muita sorte, porque depois, o tempo foi esfriando, então existe sempre o fator sorte, porque em uma viagem planejada com tanta antecedência podem ocorrer alguns imprevistos.

Antes porém, havíamos marcado uma “apresentação” no Hotel que ficamos, o Liki Tiki Village, que não entendemos direito o que era, e fomos, cansados ainda, cedo, a recomendação era que não poderíamos nos atrasar, às 8:00 hs, nós e as crianças para o tal evento. 
Pode pular o “momento desabafo”, que é muito chato, mas eu preciso contar aqui...
Quando chegamos, aquele salão, cheio de mesas e cadeiras redondas espalhadas e hordas de gente, já notamos que era uma furada. Sabe lançamento de venda de apartamento novo, com todos aqueles corretores e os pretendentes do outro lado da mesa com aquela cara de peixe morto (ou sendo abatido, tanto faz)??? , então, igual.
Sabíamos que demoraria cerca de “meia horinha”, mas foi uma roubada total!! Eles tentaram, a todo custo “vender” por uma módica quantia, a nossa garantia de hospedagem no próprio Liki Tiki ou em uma das esplêndidas propriedades do Club Navigo, todos em resorts luxuosos, por uma semana. Lindo, perfeito, mas definitivamente, não é a nossa cara. E para desistir do negócio maravilhoso, ficamos presos até perto de meio dia, então saímos perto deste horário para o Parque. Chatice total, não aceite a apresentação se ficar neste Hotel. Ah! Para a tal apresentação, “adiantamos” US$20,00 logo na entrada e caso não ficássemos com a oferta tentadora, seríamos ressarcidos neste valor e ainda mais US$ 20,00. Para “ganhar” estes US$ 40,00 foi que precisamos passar por uma seleção de mais três etapas, incluindo o gerente geral que foi reduzindo, reduzindo o valor da grande oferta, e então demoramos mais ainda... resultado: os US$40,00 foram dados para as crianças gastarem com qualquer porcaria que quisessem neste dia, para compensar um pouco (só um pouco!) a perda de tempo. Sinceramente, melhor ter perdido os US$ 20,00.

Chegamos no Aquatica, pagamos US$ 12,00 no estacionamento, que estava bem vazio e o visual da entrada já era um prenúncio do que iríamos encontrar nos demais parques.
Tudo muito limpo, organizado, enfeitado, perfeito!

No mapa, você já visualiza as principais atrações.


Logo após a entrada, você vê as placas indicativas para os lockers. Pagará US$10,00 por um locker médio, e na saída, após  a devolução da chave, devolverão US$ 5,00.
Ao lado dos lockers, os restrooms, para você se trocar, todos bem organizados e limpos.

Aqui, nós dividimos o grupo. Eu e minha sogra ficamos na versão light, para crianças, idosos e gente sem vergonha que não sabe nadar. O Ogro e as crianças, foram em todas as atrações mais radicais. Enquanto nós nos trocávamos, os três experimentaram o Dolphin Plunge, aquele brinquedo mais bonito e chamariz do parque, onde você escorrega por dentro de um tubo transparente (uma parte, porque existem partes que ficam completamente escuras lá dentro) podendo ver os golfinhos brancos  e pretos que nadam no imenso tanque. Eu particularmente, experimentei o brinquedo já na saída, e odiei! Explico, o meu pavor era tanto que desci gritando em pânico, não vi golfinho nenhum, e quando cheguei na piscininha de 0,5 m de profundidade, acabei engolindo muita água, segundo a Júlia, “-Lógico, tem que parar de gritar quando chega na água, né, mãe...”

Loggerhead Lane

O começo foi tranquilo porém, iniciamos pelo Loggerhead Lane, para “quebrar o gelo”, aquele riozinho com correnteza clássico, onde você usa a boia e vai descendo, suavemente, uma delícia.
Ah! O “quebrar o gelo” é uma figura de linguagem, porque a água toda é aquecida, então não tem problema.
Dentro deste brinquedo, fica um outro, o Tassie’s Twister, que os três foram. As meninas contaram que é como a chamada “descarga” dos parques aquáticos daqui, só que neste, você vai de bóia, pode ser em dupla, e é como um tobogã, e antes da queda final, você fica girando. Elas disseram que entalaram nesta parte, e tiveram que empurrar com a mão para descer.
Whanau Ride

Depois fomos no Whanau Ride, neste eu fui com o Ogro e vai de bóia. Mais um toboágua, bem rápido, a impressão que dá é que você vai escapar pelas laterais, e tem partes fechadas também.
Como foi emoção demais prá mim, o brinquedo seguinte, Omacka Rocka, foram só os três. A Júlia contou que  a bóia vai girando, subindo e descendo, deslizando dentro do tubo e você perde a noção, em certos momentos das curvas, até chegar na água, não se sabe se de frente ou de costas.

Praia???

Não poderia faltar a célebre prainha, com guarda-sóis, areia branquinha,  muitas cadeiras para se espreguiçar. Tem dois lados,  Cutback Cove & Big Surf Shores, e segundo o  site, você decide: 
...”At Cutback Cove, the waves are always rolling, and the action's always high. At Big Surf Shores, the surf can be high or slow and easy.
What kind of wave do you feel like catching today? Two separate pools let you decide....”

Walkabout Waters
Depois, visitamos a área infantil: Walkabout Waters um imenso brinquedão, só que aquático, cheio de subidas, descidas, escorregadores, atiradores, mas as meninas estavam grandes demais para este brinquedo. Aqui, os três ficavam o enorme balde se encher de água para tomar “A” ducha.
O Kata’s Kookaburra Cove fica do lado, e é indicado para crianças bem menores e bebês. As duas fizeram menção de brincar em um dos brinquedos, mas foram advertidas pelos seguranças e não puderam ir.

Taumata Racer

Seguindo depois, dando a volta no Parque, três brinquedos:
O Hooroo Run, fomos os cinco numa bóia gigante, bem gostoso, não tem curvas, bem gostosinho.
Do lado, fica o  Walhalla Wave também numa bóia gigante, foram os três só. O começo é normal, aberto, e depois fica tudo escuro, num tubo fechado, você não vê nada, não vê para onde está indo, não vê quando vai entrar água, só no fim do túnel você percebe que está chegando ao fim.
No Taumata Racer, até a Júlia amarelou, desceram só o Ogro e a Dani, um tobogã alto, você desce com uma prancha parecida com EVA, com um suporte para se segurar e de bruços!

Mais um riozinho, só que desta vez, um riozão: Roa’s Rapids. Só as crianças foram, nós voltamos para os lockers para pegar a máquina, que ainda não tinha feito nenhum registro...é, faltou a máquina a prova d’água....

Vimos as cabanas para alugar, são todas equipadinhas, com cadeiras, espreguiçadeiras e as famílias alugam para passar o dia. Não vimos, na nossa visita, nenhuma sendo utilizada, talvez estivéssemos em baixa temporada. Esqueci de olhar quanto custava o aluguel dessas cabanas para colocar aqui, mas vi os preços no site, caso você queira, reserve a sua!!

Uma coisa bem legal ainda, que vimos foi a aula de natação. Já pensou, aprender a nadar num lugar tão lindo?? Perfeito prá mim!!! Quem sabe desta vez??

Não comemos no Parque, preferimos comer fora e fomos no  Olive Garden.



quarta-feira, 13 de março de 2013

Conceição do Mato Dentro

Cachoeira do Tabuleiro
 Foto de Thiago Benedicto


Conceição do Mato Dentro

Cachoeira do Tabuleiro

            Depois de uma noite descansando, (mesmo com o episódio do gatinho), já refeitos, principalmente após o lauto café da manhã da Pousada da Gameleira com frutas, queijo mineiro, pães recheado e integral, pão de queijo, bolos e biscoito de polvilho, tudo feito na Pousada, pelo comando do Sérgio, nos preparamos para nosso primeiro passeio: a atração mais famosa e comentada: a Cachoeira do Tabuleiro.

Café da manhã da Pousada Gameleira
            Escolhemos esta Pousada por indicação e também pelo suporte que o Samuel nos prestou durante nossas pesquisas. Além de estarem incluídos na diária o café da manhã e um almoço tardio, o próprio Samuel faz o trabalho de guia, e não somente mostrando o caminho, mas contando sobre a história do lugar, alguns fatos inusitados e explicações gerais sobre fauna e flora do local. Um “bônus” ainda, é que ele é (cá entre nós, a melhor qualidade que possamos comentar de uma pessoa...) muito viajado, então, nas paradas e nas conversas assistindo televisão, conversávamos sobre... adivinha... viagens, que chato! Brinquei que ele deveria ser o mestre dos guias, pois todos os lugares que falávamos, ele conhecia, contava causos ou sempre tinha uma curiosidade para contar...
            Pelo período, para nosso grupo de 6 pessoas, que acabamos optando por um quarto coletivo, com 3 beliches, por questões “operacionais” rsrs..., pagamos R$ 1.800,00,  que incluía o café da manhã e almoço de domingo a terça-feira e o café da manhã da quarta-feira.

Cachoeira do Tabuleiro
Foto de Thiago Benedicto
            Copiando aqui do Clube dos Aventureiros a descrição técnica da Cachoeira do Tabuleiro: 
...”É a cachoeira mais alta de Minas Gerais e a terceira maior do Brasil. São 273 metros de queda livre formada a partir de um paredão de beleza monumental. Na parte alta da cachoeira existem outras quedas e lagos e, na parte de baixo, existe um grande poço ladeado por imensos blocos de pedra. A Cachoeira está situada no coração do Parque Natural Municipal do Ribeirão do Campo, que protege cerca de 3.150 hectares de área onde se encontram raros ecossistemas que compõem a cadeia do Espinhaço além das coleções hídricas da região, envolvendo todas as nascentes formadoras do ribeirão do Campo...
             De acordo com o Guia Quatro Rodas, existem mais de 5.000 cachoeiras catalogadas no País, e a Cachoeira do Tabuleiro é considerada a melhor cachoeira para visitação de turistas e uma das mais belas paisagens do Brasil.”...
            Em 2007, o Parque do Intendente uniu a antiga Área de Proteção Ambiental Serra do Intendente e o Parque Municipal Ribeirão do Campo.
            Saímos em comboio da Pousada em 5 carros, rumo à entrada do Parque, numa estradinha de terra bem ruinzinha... O Samuel ficou com receio de não conseguirmos subir a estrada toda, mas conseguimos chegar até a entrada. A entrada para o Parque custa R$ 5,00 e você deve preencher uma ficha com seus dados. No nosso caso, fomos todos incluídos no grupo do Samuel, ele responsável por todas as cerca de 15 “crianças”, como ele nos chamava. No grupo, ainda a presença do Diego, um guia para “fechar a trilha” e dar umas “mãozinhas e puxadinhas” para todos...Um banner indicava que o limite de visitação ao Parque são de 250 pessoas, e após às 14:00 hs, as visitas se encerram. Portanto, planeje-se antes para esta visita imperdível.
            Encontramos um pessoal do Parque (que não consigo lembrar o nome) fazendo uma panfletagem do bem:  uma coisa boa, educativa e principalmente ecológica. Achei interessante, como a coisa evolui e hoje em dia, todos falem em educação ambiental, mas me fez lembrar também, que na nossa primeira visita à região, junto com uma excursão da Freeway à Serra do Cipó, em 1994, encontramos um grupo de estudantes de uma escola municipal de Jaboticatubas, parando os ônibus, falando e distribuindo material justamente falando sobre as questões de preservação ambiental. Não sei se foi coincidência, mas essa “pegada” ecológica da região merece um destaque.

Cachoeira do Tabuleiro
Foto de Thiago Benedicto

            Uma caminhada de 3,6 quilômetros, que tem sua dificuldade no desnível entre o início e o final da caminhada e principalmente no trecho final onde você caminha sobre as pedras e algumas vezes no leito do rio.
            Primeiro visitamos o Mirante, onde é possível avistar a Cachoeira com a clássica formação do coração, muitas fotos, explicações do Samuel principalmente sobre a flora da região e depois descemos em direção ao poço da Cachoeira.
            O poço realmente é imenso, lindo. Escolhemos um pedaço de chão, embaixo de uma grande rocha fazendo sombra para deixar nossas coisas e todos para a água, depois da caminhada cansativa. Mais outros dois bônus: o colete salva vidas, que o Samuel carregava sempre nos passeios, para... mim...brincadeira... (depois outras meninas usaram também) e nas cachoeiras, o pessoal do Corpo de Bombeiros, sempre observando a movimentação. Nunca vi bombeiros em cachoeiras e achei uma iniciativa bem interessante e recomendável, aconselhável em outros tantos lugares que visitamos.
            A volta foi dura, pelo sol e pela subida. Pegamos os carros e voltamos para a Pousada, onde nos esperava um almoço com arroz, feijoada, tutu de feijão, uma cebola roxa apimentada, bolinho de arroz, filé de frango e mais uns 8 tipos de salada. Regados a jarras de suco natural: laranja, abacaxi com hortelã, abacaxi com pêssego ou manga.

No riachinho que fomos
"rastando o chinelo"...
            À tarde, para nos refrescar do calor, fomos até o riozinho que corre bem pertinho da Pousada, como disse um morador local para o Hebert: “-Dá prá chegá lá rastando o chinéelo...” com aquele sotaque minero gostoso... essa frase já incorporamos ao nosso cotidiano!
            O rio estava beeem cheio de gente, muita música e cerveja, e o que desagradou ainda também, foram a presença de muitos cachorros e logicamente, seus produtos...
            Voltamos logo para a Pousada, ficamos por ali, no nosso revezamento para os banhos, na televisão e principalmente conversando com o Samuel.
            À noite, mesmo comendo até quase explodir no almoço, ainda fomos tentados com o pastel de angú e “tivemos” que experimentar. Este pastel tem uma história interessante e o Samuel contou que encomenda na fonte mesmo: a D. Lélia.
Diz a história que: “Dona Lelia aprendeu com a mãe, Mirtila,, que aprendeu a receita com a escrava que a criou. Quando a avó de D. Lélia morreu, deixou 8 filhos; a escrava então, entregou cada um deles para seu respectivo padrinho, como era costume na época, e foi com a pequena Mirtila para a casa de seu padrinho e com ela ficou até morrer A escrava ensinou Mirtila a fazer o pastel de angú, o pastel de mandioca, o fubá suado e o cuscuz, entre outras iguarias. O pastel de angu era recheado com a carne que sobrava das mesas dos senhores, e a massa, preparada com o fubá tirado do milho moído em moinho de pedra movido a roda d’água. A mãe passou então a receita para os filhos.”  . Copiei da revista do acervo do Samuel mas esqueci de pegar o nome da revista..
            Cansados, satisfeitos, fomos todos dormir, esta noite sem gatinho...

Cachoeira Rabo de Cavalo
Foto de Thiago Benedicto
Cachoeira Rabo de Cavalo

            Segundo dia, mais um café da manhã “de explodir”, e nos preparamos para o segundo passeio: a Cachoeira Rabo de Cavalo, e está localizada na Área de Proteção Ambiental Peixe Tolo.
            O medo era saber se a caminhada seria como do dia anterior, mas o Samuel garantiu que o maior trecho, e mais árduo seria feito de carro, e a caminhada em si, tranquila.
            E assim foi: seguimos os 5 carros, numa estrada beem ruim (toda hora falávamos: ai, meu 4 x 4...). pensei várias vezes que o carrinho neon marca-texto não ia aguentar o tranco, mas conseguiu cumprir bravamente o rallye! Ai se carro alugado falasse...
            A trilha foi tranquila, cerca de 1 hora de caminhada, atravessando alguns córregos e dava vontade de parar em cada um deles.
            Ela é formada por dois cursos d'água, e se divide em duas paralelas com aproximadamente 40m cada uma (que se unem logo depois, formando uma única queda de, aproximadamente 80m de altura). Forma um grande poço de aproximadamente 1.750m² e sua profundidade é superior à 6m... descrição do site da Pousada da Gameleira


  Novamente, usei o colete, pois o poço é bem fundo e depois outras meninas também usaram e novamente, a presença do Corpo de Bombeiros.
   Na volta, mesma trilha, e o Thiago e o Hebert inauguraram uma nova modalidade de banho, seguidos logo pelo João e Júlia que era mergulhar naqueles regatos tentadores com roupa, bota e tudo, uma vez que já estávamos todos molhados e sujos mesmo...enquanto isso, o Zé Geraldo se aprimorava na arte ninja de andar pelo barro e permanecer com o sapato intacto, branquinho e seco....
            Chegamos por volta das 17:00 hs para o almoço, com arroz com frango com e sem pequi, uma delícia, abóbora com quiabo, linguiça, a mesma variedade de  saladas e de sobremesa, a especialidade da casa: doce de leite com hortelã, delicioso!!! Não deixe de provar!
            Neste dia, pedimos um caldinho de jantar: um de abóbora e outro de mandioca,encorpados, saborosos,  jogamos Imagem e Ação, atrapalhamos todo mundo que queria ver TV e fomos descansar.



Cachoeira Congonhas
foto de Thiago Benedicto
Cachoeira Congonhas e Zé Cornicha

Neste terceiro dia, a caminhada partiu da própria Pousada, não precisamos utilizar os carros.
...”A Cachoeira de Congonhas está localizado em um afluente do Rio Preto, próximo à entrada do cânion ou boqueirão do Rio Preto. A Cachoeira é formada entre grandes paredões rochosos, de aproximadamente 90 metros de altura, com uma queda principal com pequeno volume d'água que se divide e cai sobre rochas, provocando o efeito de Véu da Noiva. O poço da Cachoeira do Congonhas tem aproximadamente 86m² e sua profundidade é pequena (1,5m no máximo). Suas águas são frias e transparentes”....
       Uma caminhada de 4 km de ida e 4 km de volta, estávamos com “preguicinha”, eu e a Júlia e levamos um “pega” do Samuel: -“Mas que cazzo de caminhantes são essas???”, e depois de uma gostosa sessão alongamento oferecida gentilmente pela Regina, as dores na perna e na panturrilha melhoraram bastante e                   acompanhamos o grupo.            



  
            A caminhada foi tranquila, tirando o início do trecho, uma subida bem íngreme até o cemitério local.
            O Diego havia comentado e também preciso concordar, as outras cachoeiras são lindas, fantásticas, mas esta me surpreendeu. Ela se revela somente no final, uma surpresa, com aquele paredão característico da região, a água caindo daquela altura, o poço rasinho, dando pé até para mim, não precisei do colete aqui. Como disse o Samuel, a cachoeira é “para crianças”...sorrindo para mim...e outro fator que a torna tão especial, é a baixa visitação, somente nosso grupo desfrutou da cachoeira, parecia um paraíso perdido particular.

Cachoeira Zé Cornicha
foto de Thiago Benedicto

            Na volta, o pessoal se dividiu: uma parte foi com o Samuel para o mirante, e nós com o outro grupo para chegar mais rápido a Cachoeira do Zé Cornicha, desfrutar de um tempo maior de banho.
           Também ficamos sozinhos aqui, só o nosso grupo e nesta pequena e simples cachoeirinha, finalmente tivemos tempo para descansar e relaxar um pouquinho.
         Fizemos o mesmo caminho de volta para a Pousada, onde nos esperava um feijão tropeiro (duas vezes na mesma viagem, delícia!!!), e para finalizar, um doce de leite com chocolate desta vez.. ai que chato...
           Depois do almoço, começamos a jogar Imagem e Ação, e foram chegando o grupo da Pousada, que a esta altura, já formava uma grande família, pelo tempo e pelas vivências que tivemos nos passeios e no convívio que tivemos. Nos revezamos todos, jogando, arrumando as malas e tomando banho e  o dia terminou com uma festinha de confraternização meio improvisada, onde compartilhamos dois queijos locais deliciosos, algumas garrafas de cerveja, sucos e... o restinho dos lanches e petiscos que todos trouxeram para as trilhas. Cabe ressaltar aqui, a influência direta dos proprietários, Samuel e Sérgio, que deixaram todos a vontade e também ajudaram a promover o entrosamento entre todos os hóspedes da Pousada, durante todo o período.
            Descansamos, tomamos o café da manhã no dia seguinte e nos despedimos do Samuel e deste lugar lindo.


 Nossa impressões
Por mais clichê que possa parecer, (e vai parecer, mas é o que sentimos...), comentávamos um pouco antes desta viagem que as duas viagens internacionais anteriores foram maravilhosas, aprendemos, nos divertimos, vivenciamos coisas completamente diferentes, mas... faltava um quê.. e justamente isso que procurávamos e sentimos falta encontramos de volta na nossa amada Minas Gerais: comida farta e saborosa, aconchego, hospitalidade, paisagens verdejantes e principalmente o calor humano que só conseguimos encontrar aqui, no nosso país. Fica bem fácil entender porque é que muito estrangeiro se apaixona por este pedaço de mundo...
                       



domingo, 10 de março de 2013

Serra do Cipó



 Serra do Cipó


            A Serra do Cipó se localiza 90 quilômetros a nordeste de Belo Horizonte, logo depois da cidade de Lagoa Santa, na região sul da Cordilheira do Espinhaço.
            O acesso de automóvel é feito através da rodovia MG-10 em pouco mais de uma hora.

            Estivemos duas vezes, a primeira com a  Freeway, nos idos de 1994 e depois por conta, em 1997.
            Agora, optamos como alternativa, depois das ajudas do José Henrique Amormino Fonseca, do blog Aventuras e Expedições, mineiro, aventureiro e montanhista e mais um amigo do Thiago Benedicto, Red Genaro, que é guia na região, ficar em Conceição do Mato Dentro, que não conhecíamos ainda. Como eles disseram, a Serra fica bem movimentada no Carnaval, justamente por ser bem perto de Belo Horizonte, de fácil acesso, e não nos apetecia enfrentar a bagunça... além do fato que provavelmente as hospedagens deveriam estar mais inflacionadas neste período...

            Vou dividir a postagem em duas partes, para se tornar mais “didático” e separar a parte de Cipó de Conceição.


Nosso roteiro dia a dia
Chegando em Minas- Aeroporto de Campinas e Confins

        Nossa viagem começou na sexta-feira mesmo, com os paulistanos enlouquecidos saindo para mais um Carnaval, saímos de Guarulhos, depois do trabalho e escola, pegando o restante do pessoal em Alphaville às 16:00 hs e desviando do congestionamento na Castelo Branco por um atalho conhecido pela Lizanda e o Thiago por Santana de Parnaíba em direção desta vez à Campinas, no Aeroporto de Viracopos.
            O aeroporto é pequeno, mas bem organizado e gostamos desta nossa primeira experiência, pois não tem aquela agitação de Guarulhos e aquele aperto de Congonhas, e principalmente, você não pega o congestionamento usual que acontece toda véspera de feriado. Tudo bem, aconteceu um acidente na Rodovia Bandeirantes, e o trajeto que faríamos normalmente em 1 h levou 2 horas, chegando por volta das 18:00 hs.
            Estacionamos no  Virapark, ... copiando do site:
  “Um novo conceito chega à Campinas !
Um empreendimento de 70.000 m² voltado aos serviços de estacionamento de veículos e distante apenas 4 minutos do Aeroporto Internacional de Viracopos. Com ótima localização, encontrarão mais de 2.600 vagas, com segurança e traslado gratuito em ônibus exclusivo (leva e trás) até o terminal de passageiros 24 horas por dia. Deixe seu carro no Virapark e viaje tranqüilo usufruindo de um novo conceito de serviço e apoio ao passageiro de Viracopos!”...
            O translado realmente é rápido, de 10 em 10 minutos, chegam micro-ônibus, que te levam ao Aeroporto. Usamos o sistema do “SEM PARAR”, a fatura acabou de chegar: por 5 dias, 1h e 48 min, pagamos R$ 114,00, muito mais barato que uma corrida de táxi até Guarulhos (ou Congonhas) e muito mais cômodo, pois em cerca de 1h30 estamos em casa.
            Jantamos na Macarronada Italiana, comemos Beirute de frango e filé mignon e caesar salad, cerca de R$ 20,00 cada prato, bem servidos e bem gostosos.

Momento fofura...

            De sobremesa, o mini bolo, super fofo, personalizado, encomendado para o Ogro, pelo Thiago e Lizanda, que fazia aniversário, com direito a momento mico no aeroporto, mas até os Ogros se emocionam e sentimos que ele ficou feliz de verdade!!
            Embarcamos às 21:00 hs e 1h30 depois desembarcávamos em Confins, nem deu tempo de esquentar o assento do avião.
            O episódio de retirada do carro alugado foi uma novela! O sistema estava muito  lento, e demoramos mais tempo na fila da Unidas do que no próprio vôo... mas ainda assim, saímos de lá com o carro. Ficamos com dó e ao mesmo tempo com muita bronca da locadora do lado do nosso balcão de atendimento, a Movida. Vários passageiros chegando, falando que já tinham reservado, confirmado, mas não haviam mais funcionários atendendo. Prestem atenção nestes detalhes para a retirada de veículos em Confins! A funcionária que estava nos atendendo, contou que a Unidas paga táxi para levar os funcionários que ficam além do horário para casa, mas as outras locadoras, dificilmente fazem isso... #FAIL....perda para a empresa, perda dos funcionários e dos clientes, nem se fala.. perde todo mundo.

            Pegamos nossos carros, nós um Uno Novo, amarelo neon (que os funcionários chamavam de “marca texto”) e a Liz, Thiago e Hebert um Gol preto.
            Tocamos para Pedro Leopoldo, no Hotel Castilho, que encontramos depois de muita busca. Mais um adendo chato de logística, mas porque escolhemos esse Hotel: Confins fica distante de BH cerca de 40 km, e no dia seguinte, iríamos para a Serra do Cipó, em direção à Lagoa Santa, no sentido inverso. Se nos hospedássemos em BH, seriam 80 km a mais de viagem desnecessária...além dos preços das hospedagens, a maioria estava com o pacote total do Carnaval e seria só uma descansada para continuarmos até nosso destino final, Conceição do Mato Dentro.
            Chegamos no Hotel quase 1h da manhã, o pequeno centro da cidade fechado para o “desfile de Carnaval”, uma brincadeira que deve ser característica da cidade, não sei, com os moços vestidos todos de moças. Não conseguíamos chegar até o Hotel pelo bloqueio de trânsito, o que nos atrasou ainda mais a chegada.
            O cansaço todo, o cheiro de bebida, impregnado nas ruas, aquela farra da moçada, um tantinho “altos”, a entrada em reforma do Hotel, nos deu uma má impressão, mas seria por uma noite apenas... pagamos R$ 139,00 o quarto para três pessoas, a diária com café da manhã.
            Até descarregar, arrumar as mochilas para saírmos de manhã para encarar a estrada e uma trilha na Serra do Cipó, fomos dormir quase às 2:00 h da manhã.


Segundo dia- Serra do Cipó
Cachoeira da Farofa

            Dia seguinte, com as ruas já lavadas, mais descansados e com o café da manhã surpreendentemente farto, ficamos com outra impressão.

O café da manhã do Hotel Castilho

            Saímos por volta das 9:00 hs, para variar nos perdemos, fomos seguindo as instruções do nosso GPS (que falta regulagem, eu não entendo...) e do Thiago para... Jaboticatubas, pois não fizemos a lição de casa básica, procurar no mapa antes...
Depois, conversando lá em Conceição e vendo o mapa, e pelo caminho que fizemos na volta, era bem mais fácil do caminho que nos enfiamos...só sei que fomos parar num estradão de terra, andamos por lá por uns 20~25 km, saímos sabe-se lá onde, até achar o vilarejo da Serra do Cipó.
            Lembrávamos que existia o vilarejo, mas 15 anos depois, tudo estava beeem diferente do que lembrávamos.  A vila é muito bem estruturada, inúmeras placas de pousadas, restaurantes, lanchonetes, mas como estávamos atrasados, só “passamos”.
            Logo achamos indicações para o Parque, perguntamos também para alguns policiais florestais na entradinha do vilarejo, que confirmaram e seguimos numa estrada bem ruim, para a entrada. A Sede é bem demarcada, estruturada, existem sanitários e outras construções, que devem servir como alojamento e outras finalidades.

A portaria do Parque

            Começamos a trilha somente ao meio dia, e pelo horário, decidimos ir somente até a Cachoeira da Farofa, 16 km de caminhada, 8 km de ida e volta.
            Copio aqui, do Clube dos Aventureiros, a descrição da trilha: ...” A Cachoeira possui uma queda d'água com cerca de 80 metros de altura, em meio a um paredão de rocha quartzítica cercado de gramíneas e orquídeas que decoram bastante a paisagem local. Suas águas frias variam em quantidade conforme determinadas épocas do ano. Os meses de maior volume se situam de dezembro a abril e seu nome é devido à água que se esfarela pelas pedras formando uma profunda piscina natural.”...



            Podem ser alugados cavalos ou bicicletas na Sede, para fazer essa trilha.
            A trilha é bem tranquila, toda plana, só no finalzinho, cruzamos alguns charcos, e em algumas partes, cruzamos riachos. É autoguiada, não precisa reservar guia nem agendar anteriormente.

Os charcos no caminho...

            A previsão de caminhada é em torno de 2 horas, e até a metade, realmente fizemos em 1 hora, mas então o calor do meio dia, a paisagem linda, que nos fazia parar a cada 10 passos para mais um clique, e a travessia dos charcos foram nos atrasando...

Cachoeira da Farofa

            Saímos da Sede do Parque às 18:00 hs, paramos para comer no vilarejo mesmo, porque não tínhamos idéia do horário que chegaríamos em Conceição do Mato Dentro e também sabíamos que não encontraríamos mais restaurantes dali para frente.

            Outros links úteis para montar o seu roteiro:



      Onde resumimos abaixo as principais atrações. Acesse o site para o roteiro completo, inclusive com Travessias:

-O Cânion Bandeirinhas: segue-se a mesma trilha da Cachoeira da Farofa, mais 4 km para frente, se tiver tempo disponível, vale muito a pena. Fizemos esta trilha nas outras duas visitas anteriores.
-Estátua do Juquinha:  Construída num local privilegiado, de onde se tem uma interessante visão das montanhas da região. Com três metros de altura, a estátua foi construída em homenagem ao lendário Juquinha, andarilho que percorria a região da Serra do Cipó vendendo flores para os visitantes que freqüentavam a serra.

-Cachoeira das Andorinhas e do Gavião: Duas belíssimas cachoeiras. A Cachoeira do Gavião, que recebe este nome pelo desenho da serra que lembra a envergadura de um gavião. A cachoeira da Andorinha é abrigo de andorinhões. 

-Trilhas dos Escravos: Localizada na Área de Proteção Ambiental (APA) Morro da Pedreira, a Trilha dos Escravos é um atrativo que leva ao topo da Cachoeira Véu da Noiva e sua respectiva nascente, denominada de Mãe D'água. Sua construção, como o próprio nome diz, foi feita pelos escravos para auxiliar o transporte das riquezas minerais adquiridas na Serra do Espinhaço durante o ciclo do ouro e diamante do século XVIII.

-Cachoeira Grande: A Cachoeira tem uma queda de 10 metros de altura.
É cobrada uma taxa de visitação. Lá é possível realizar passeios de barcos, caiaques, locação de cavalos, rapel, tiroleza e bicicletas. Existe um restaurante com comida feita no fogão à lenha.
Quando passamos por lá, estava fechada para manutenção e obras.

-Cachoeira Véu da Noiva: Localizada fora dos limites do Parque Nacional da Serra do Cipó, é um dos atrativos mais conhecidos da região e se encontra dentro da propriedade da ACM. Lembro que na nossa última visita, passamos por lá (não visitamos, só passamos) e o som alto e a bagunça que vinha do lugar nos desencorajou a visita...

Outras cachoeiras - Cachoeira do Tomé, Cachoeira da Braúna, Cachoeira do Riachinho, Cachoeira João Fernandes, Cachoeira do Tombador, Cachoeira do Caramba, Cachoeira da Farofa de Cima.

Momento gula total










Comemos muito bem e fartamente, no Restaurante Fogão de Lenha, que fica na R. Castanheira, 50. Pedimos três pratos duplos com frango, alcatra e costelinha de porco e todos acompanhavam salada, arroz, feijão tropeiro e fritas, por cerca de R$ 40,00. Não sabemos se foi a fome, o cansaço ou se estava bom mesmo, mas o estrago causado foi grande. E finalmente matamos a vontade de comer feijão tropeiro que nos assombrava desde nossa última viagem juntos, em Apiaí, que a Lizanda quis comer a iguaria e não encontramos lá....

            Duro foi terminar às 20:30 e seguir rumo à Conceição. Nossa vontade era puxar uma rede e ficar por lá mesmo... Nos perdemos muuuuito, mesmo com as indicações do Samuel da Pousada da Gameleira, à noite, cansadas (nós mulheres estávamos dirigindo desta vez), depois de uma noite mal dormida e caminhando o dia inteiro, foi difícil e acabamos conseguindo chegar por volta das 23:30 hs, só deu para tomar um banho e desmontar.
            No meio da noite ainda aconteceu um episódio inusitado, a Júlia acordou com um ... gatinho observando-a na cama, e vamos nós dar um jeito de colocar o gato para fora, e não é que ele voltou à noite, de novo, só que desta vez ficou debaixo da cama da Lizanda. Pela manhã e durante o resto da estadia, nem sinal do gatinho... Achamos que foi um sinal de boas vindas pelo que ainda iríamos passar...



Para mais informações sobre a Serra do Cipó:

Mapas:




Sites de busca: Referências: