Machu Picchu |
Deixamos a cargueira no Hostel e
levamos só uma mochilinha de ataque para Machu Picchu. Saímos 5:30 hs para o
ponto do bus que nos levaria pela estradinha.
Sai um ônibus atrás do outro, é
só esperar na fila. Tem muita gente indo a pé, mas de novo, não nos
arrependemos de ter pego o bus. Não tem cenário, são 2.400 m, mais o pedaço do
Pueblo de Aguas Calientes até a entrada principal.
A entrada- foto da Mafer producciones |
Explicações com o Osgel |
Chegamos por volta das 7:00 hs,
com uma horda na fila de entrada.
O Osgel nos levou bem para cima,
perto da Casa da Guarda, depois da paradinha básica para a foto clássica, e
começou sua explicação (e que aula!) sobre Machu Picchu. A primeira coisa que
ele disse foi: “Bienvenidos a Machu Picchu”, dizendo que muitos guias não
começam com essa frase, e para muita gente, como no meu caso, é a realização de
um sonho de vida, o que já encheu meus olhos d’água, por mais besta que isso
possa parecer.
No meio da explicação, paramos
todos para admirar o nascer do sol, olha o clichê, mas não tem como descrever este
momento, com toda aquela atmosfera local, o pessoal da trilha inca chegando ao
amanhecer passando pela Ponte Inca e vibrando, mais chororô...
Recinto del Guardián |
Vimos e recebemos a explicação do
Recinto del Guardián e os chaskis, o
setor agrícola, o Templo de las Tres Ventanas, a Plaza principal, as Fuentes, o
Templo del Cóndor, o Templo del Sol, com sua torre arredondada e pontiaguda e
que no seu interior há um altar esculpido e uma série de nichos, a Rocha
Sagrada, onde se acreditam que transmite uma força energética quase palpável, e
hoje está cercada por cordas e não é permitido tocar nela.
Templo del Sol |
Algumas pequenas dicas: se quiser
usar os toaletes, use antes, pois lá dentro, não existem. Não é permitido
mochila maior que 20 litros (os trilheiros precisam descer até a portaria e
deixar a cargueira, para subir de volta), não é permitido bastões de caminhada
e não é permitido fumar. Outra coisa que não parece importante, mesmo lendo
bastante antes, é muito diferente receber a explicação ao vivo e à cores de
algum guia ao seu lado, mostrando detalhes, na frente de cada monumento.
Rocha Sagrada |
Esperamos a entrada às 10:00 hs da bilheteria
para a subida do Huayna (ou Wayna) Picchu, até agora não descobri qual é o
certo.
Subir, subir |
A subida é prevista para 1:00 h,
e terminei em 2:00 hs, os dois subiram mais rápido e me esperaram lá em cima. A
descida é bem mais rápida, em torno de 45 minutos. É mais rápida, mas dá medo, porque as
escadinhas são estreitas, qualquer vacilo naquelas pedras escorregadias, não
tem corrimão, lógico, causam um acidente sério.
Guilherme, Rodrigo e Felipe e Machu Picchu no fundo |
A subida foi bem penosa, dá
vontade de desistir (vi algumas pessoas desistindo), além das pessoas do
turismão padrão, gente com bota de couro de cano alto, por exemplo, mas o
visual lá de cima compensa. Encontramos os meninos de Porto Alegre, Guilherme,
Rodrigo e Felipe que nos emprestou a bandeira no topo em Salkantay.
a vista de Machu Picchu de Huayna Picchu |
Neste ponto, uma grande parte
fica por aqui, um tipo de plataforma e onde se tem uma vista linda de Machu
Picchu bem pequenininha lá embaixo. Continuando a subida mais um pouco, passamos
por um estreito túnel escavado na pedra até uma rocha no alto, onde se têm uma
vista de 360º.
o túnel dentro da pedra |
O espaço é pequeno, o Osgel já havia nos alertado, mas como não tinha muita gente, pudemos ficar na rocha um bom tempo apreciando a paisagem.
Não sei o que é pior, a subida ou a descida... |
A volta para Machu Picchu depois
é feita por uma trilha mais tranquila, e para descer, tudo mais fácil. Passamos
de novo por dentro da cidadela, cheeeeia, e mais uma nota mental aqui: mesmo
com a emoção, o chororô e tudo o mais, tudo o que eu pensei em relação a parte
espiritual e energética de Machu Picchu foi meio decepcionante. O visual é
lindo, a história maravilhosa, o exemplo de cultura e espiritualidade
impressionante, mas aquele monte de gente,me incomodou. Dá para sentir mais a
atmosfera lá em cima de Huayna Picchu mesmo. (ou será a falta de ar e o cansaço
que tornam a experiência mais penosa,e por isso mais significante???)
O VistaDome |
Na volta, mais umas fotinhas,
pegamos o bus de volta para o Pueblo, comemos um sanduíche tenebroso perto do
Hostel, seco, duro e que só desceu a base de muitos goles de chicha morada,
pegamos nossas coisas no Hostel e fomos para a estação de trem, pegar o
VistaDome das 15:20 hs.
A vista do trem |
O trem vai margeando o rio
Urubamba, a paisagem é bem bonita.
Não sabíamos que havia serviço de
bordo e inocentemente pegamos uma água mineral, pela módica quantida de US$
5,00. O pior que com o carrinho no meio, entre as fileiras de bancos, eu estava
sozinha de um lado e os dois do outro lado, não vimos o que cada um estava
pegando, então o João e a Júlia também pegaram outra garrafinha do outro lado,
e pagamos portanto US$ 10,00 por 1 litro de água mineral...
Menu amostra grátis |
Quando veio o segundo serviço,
com um pratinho bonitinho, decorado com florzinha e tudo o mais, ficamos nos
entreolhando, como: “quanto será esta coisa”, mas desta vez fazia parte do
serviço. Chamei de amostra-grátis de comidinhas...bonitinho, mas...
Apresentação no trem |
Depois teve uma “apresentação”,
de parte de uma festividade local, que particularmente achamos que demorou um
pouquinho demais, e depois um desfile de moda de blusas de lã de alpaca, lógico
que com a devida maquininha da tarjeta de crédito no final do desfile.
Legal, bacana, mas também achamos
meio longo demais e dispensável até. Nestes dois momentos, algumas turistas
(alemãs pelo jeito), se entusiasmaram, dançaram junto, pularam, desfilaram
alguns modelos e compraram bastante também, e a parte divertida e o resumo da
ópera foi o comentário aborrecente e à moda Facebook da Júlia: “As gringa
pira”...
Rio Urubamaba |
Salvou a viagem, mil vezes, além
do visual claro, minha conversa com uma senhora simpática que estava do meu
lado, chilena, paisagista, que estava de férias com os 4 filhos e ouvir duas americanas no banco da
frente, conversando e rindo o tempo todo.
A viagem que deveria demorar
cerca de 4 horas teve problemas com a troca de locomotiva (daí o prolongamento
da dança e do desfile) e atrasamos 1 hora do horário previsto, chegamos às
20:00 hs, com a Magaly e o Gualter nos esperando na estação de Poroy.
Mais meia hora de estrada, estávamos
em Cusco e de volta ao Dom Bosco.
Como não havíamos comido nada,
descemos de novo até a Plaza das Armas e fomos de... MacDonald’s. Ai se
arrependimento matasse...
Putz, Mc Donalds?? Lá tem tanta coisa boa para degustar!! Até pizzaria tem!! Ainda bem que sobrou o arrependimento, kkkkkkkk...
ResponderExcluirOlá amigos!!!
ExcluirPois é, é que a nossa experiência com pizzas lá não tinha sido muito boa, e... sem brincadeira, aqueles ajis todos,um mais ardido que o outro,papas, etc,nossos estômagos já esávam pedindo arrego.O arrependimento foi horrível, pois passamos mal e comprometeu o passeio do dia seguinte...rsrs... mas, vivendo e aprendendo...
Abraços,
Marcia
Viagens são assim mesmo....surpresas boas e ruins!
ResponderExcluirDe qualquer maneira, são a melhor coisa na nossa vida!
Olá Eliana,
ExcluirSem sombra de dúvida, o legal das viagens são essas coisas inesperadas mesmo.
Como eu comentei com a Carla,do Expedição Andando por Aí, mil vezes um
mal dia de camping do que um belo dia de escritório!
Beijos,
Marcia
Que aventura!! viagens são sempre cheias de surpresas e justamente por isso são viciantes!! rsrs..olha,eu acho que sou a unica criatura do mundo inteiro que fui ao Peru e desisti de ir a MP por não ter vontade..kkkkkkk..cada doido com sua mania,né?? mas olha,eu confesso que me mordo de vontade de andar de trem e isso era uma das coisas que me enstusiasmavam..rs..
ResponderExcluirBjs e otima semana p vcs todos!!
Oi Ana!
ResponderExcluirTudo na viagem vale, até a decepção com um lugar sonhado a vida inteira...rsrs...Mas antes que reclamem da minha falta de sensibilidade, acho que valeu a pena cada pedacinho, até o trem e as danças todas, o desfile de blusas de lã...
Acredito ainda que se houvessem menos turistas eu não teria ficado com esta impressão de MP. Mas, não posso reclamar, afinal também éramos apenas "mais um" naquela imensidão de gente...
Beijos!
Marcia