domingo, 12 de agosto de 2012

Machu Picchu e Huayna Picchu


Machu Picchu

Deixamos a cargueira no Hostel e levamos só uma mochilinha de ataque para Machu Picchu. Saímos 5:30 hs para o ponto do bus que nos levaria pela estradinha.
Sai um ônibus atrás do outro, é só esperar na fila. Tem muita gente indo a pé, mas de novo, não nos arrependemos de ter pego o bus. Não tem cenário, são 2.400 m, mais o pedaço do Pueblo de Aguas Calientes até a entrada principal.

A entrada- foto da Mafer producciones
Explicações com o Osgel













Chegamos por volta das 7:00 hs, com uma horda na fila de entrada.
O Osgel nos levou bem para cima, perto da Casa da Guarda, depois da paradinha básica para a foto clássica, e começou sua explicação (e que aula!) sobre Machu Picchu. A primeira coisa que ele disse foi: “Bienvenidos a Machu Picchu”, dizendo que muitos guias não começam com essa frase, e para muita gente, como no meu caso, é a realização de um sonho de vida, o que já encheu meus olhos d’água, por mais besta que isso possa parecer.



No meio da explicação, paramos todos para admirar o nascer do sol, olha o clichê, mas não tem como descrever este momento, com toda aquela atmosfera local, o pessoal da trilha inca chegando ao amanhecer passando pela Ponte Inca e vibrando, mais chororô...
O Osgel circulou com a gente pelos pontos principais, explicando tecnicamente tudo, por volta das 9:30 hs, nos despedimos já com saudades, pois o que vivenciamos em pouco tempo, mesmo sendo um cliente ou um turista a mais para os guias, nos marcou bastante, pela intensidade. 

Recinto del Guardián
Vimos e recebemos a explicação do Recinto del Guardián e os chaskis,  o setor agrícola, o Templo de las Tres Ventanas, a Plaza principal, as Fuentes, o Templo del Cóndor, o Templo del Sol, com sua torre arredondada e pontiaguda e que no seu interior há um altar esculpido e uma série de nichos, a Rocha Sagrada, onde se acreditam que transmite uma força energética quase palpável, e hoje está cercada por cordas e não é permitido tocar nela.

Templo del Sol
Algumas pequenas dicas: se quiser usar os toaletes, use antes, pois lá dentro, não existem. Não é permitido mochila maior que 20 litros (os trilheiros precisam descer até a portaria e deixar a cargueira, para subir de volta), não é permitido bastões de caminhada e não é permitido fumar. Outra coisa que não parece importante, mesmo lendo bastante antes, é muito diferente receber a explicação ao vivo e à cores de algum guia ao seu lado, mostrando detalhes, na frente de cada monumento.

Rocha Sagrada



Esperamos a entrada às 10:00 hs da bilheteria para a subida do Huayna (ou Wayna) Picchu, até agora não descobri qual é o certo.

Subir, subir
 A subida é prevista para 1:00 h, e terminei em 2:00 hs, os dois subiram mais rápido e me esperaram lá em cima. A descida é bem mais rápida, em torno de 45 minutos.  É mais rápida, mas dá medo, porque as escadinhas são estreitas, qualquer vacilo naquelas pedras escorregadias, não tem corrimão, lógico, causam um acidente sério.

Guilherme, Rodrigo e Felipe e Machu Picchu no fundo

A subida foi bem penosa, dá vontade de desistir (vi algumas pessoas desistindo), além das pessoas do turismão padrão, gente com bota de couro de cano alto, por exemplo, mas o visual lá de cima compensa. Encontramos os meninos de Porto Alegre, Guilherme, Rodrigo e Felipe que nos emprestou a bandeira no topo em Salkantay.
a vista de Machu Picchu de Huayna Picchu
Neste ponto, uma grande parte fica por aqui, um tipo de plataforma e onde se tem uma vista linda de Machu Picchu bem pequenininha lá embaixo. Continuando a subida mais um pouco, passamos por um estreito túnel escavado na pedra até uma rocha no alto, onde se têm uma vista de 360º. 

o túnel dentro da pedra




O espaço é pequeno, o Osgel já havia nos alertado, mas como não tinha muita gente, pudemos ficar na rocha um bom tempo apreciando a paisagem.






Não sei o que é pior, a subida ou a descida...
A volta para Machu Picchu depois é feita por uma trilha mais tranquila, e para descer, tudo mais fácil. Passamos de novo por dentro da cidadela, cheeeeia, e mais uma nota mental aqui: mesmo com a emoção, o chororô e tudo o mais, tudo o que eu pensei em relação a parte espiritual e energética de Machu Picchu foi meio decepcionante. O visual é lindo, a história maravilhosa, o exemplo de cultura e espiritualidade impressionante, mas aquele monte de gente,me incomodou. Dá para sentir mais a atmosfera lá em cima de Huayna Picchu mesmo. (ou será a falta de ar e o cansaço que tornam a experiência mais penosa,e por isso mais significante???) 

O VistaDome
Na volta, mais umas fotinhas, pegamos o bus de volta para o Pueblo, comemos um sanduíche tenebroso perto do Hostel, seco, duro e que só desceu a base de muitos goles de chicha morada, pegamos nossas coisas no Hostel e fomos para a estação de trem, pegar o VistaDome das 15:20 hs.

A vista do trem
O trem vai margeando o rio Urubamba, a paisagem é bem bonita.
Não sabíamos que havia serviço de bordo e inocentemente pegamos uma água mineral, pela módica quantida de US$ 5,00. O pior que com o carrinho no meio, entre as fileiras de bancos, eu estava sozinha de um lado e os dois do outro lado, não vimos o que cada um estava pegando, então o João e a Júlia também pegaram outra garrafinha do outro lado, e pagamos portanto US$ 10,00 por 1 litro de água mineral...

Menu amostra grátis

Quando veio o segundo serviço, com um pratinho bonitinho, decorado com florzinha e tudo o mais, ficamos nos entreolhando, como: “quanto será esta coisa”, mas desta vez fazia parte do serviço. Chamei de amostra-grátis de comidinhas...bonitinho, mas...





Apresentação no trem

Depois teve uma “apresentação”, de parte de uma festividade local, que particularmente achamos que demorou um pouquinho demais, e depois um desfile de moda de blusas de lã de alpaca, lógico que com a devida maquininha da tarjeta de crédito no final do desfile.
Legal, bacana, mas também achamos meio longo demais e dispensável até. Nestes dois momentos, algumas turistas (alemãs pelo jeito), se entusiasmaram, dançaram junto, pularam, desfilaram alguns modelos e compraram bastante também, e a parte divertida e o resumo da ópera foi o comentário aborrecente e à moda Facebook da Júlia: “As gringa pira”...


Rio Urubamaba
Salvou a viagem, mil vezes, além do visual claro, minha conversa com uma senhora simpática que estava do meu lado, chilena, paisagista, que estava de férias com os  4 filhos e ouvir duas americanas no banco da frente, conversando e rindo o tempo todo.
A viagem que deveria demorar cerca de 4 horas teve problemas com a troca de locomotiva (daí o prolongamento da dança e do desfile) e atrasamos 1 hora do horário previsto, chegamos às 20:00 hs, com a Magaly e o Gualter nos esperando na estação de Poroy.
Mais meia hora de estrada, estávamos em Cusco e de volta ao Dom Bosco.
Como não havíamos comido nada, descemos de novo até a Plaza das Armas e fomos de... MacDonald’s. Ai se arrependimento matasse...





6 comentários:

  1. Putz, Mc Donalds?? Lá tem tanta coisa boa para degustar!! Até pizzaria tem!! Ainda bem que sobrou o arrependimento, kkkkkkkk...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá amigos!!!
      Pois é, é que a nossa experiência com pizzas lá não tinha sido muito boa, e... sem brincadeira, aqueles ajis todos,um mais ardido que o outro,papas, etc,nossos estômagos já esávam pedindo arrego.O arrependimento foi horrível, pois passamos mal e comprometeu o passeio do dia seguinte...rsrs... mas, vivendo e aprendendo...
      Abraços,
      Marcia

      Excluir
  2. Viagens são assim mesmo....surpresas boas e ruins!
    De qualquer maneira, são a melhor coisa na nossa vida!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Eliana,
      Sem sombra de dúvida, o legal das viagens são essas coisas inesperadas mesmo.
      Como eu comentei com a Carla,do Expedição Andando por Aí, mil vezes um
      mal dia de camping do que um belo dia de escritório!
      Beijos,
      Marcia

      Excluir
  3. Que aventura!! viagens são sempre cheias de surpresas e justamente por isso são viciantes!! rsrs..olha,eu acho que sou a unica criatura do mundo inteiro que fui ao Peru e desisti de ir a MP por não ter vontade..kkkkkkk..cada doido com sua mania,né?? mas olha,eu confesso que me mordo de vontade de andar de trem e isso era uma das coisas que me enstusiasmavam..rs..
    Bjs e otima semana p vcs todos!!

    ResponderExcluir
  4. Oi Ana!
    Tudo na viagem vale, até a decepção com um lugar sonhado a vida inteira...rsrs...Mas antes que reclamem da minha falta de sensibilidade, acho que valeu a pena cada pedacinho, até o trem e as danças todas, o desfile de blusas de lã...
    Acredito ainda que se houvessem menos turistas eu não teria ficado com esta impressão de MP. Mas, não posso reclamar, afinal também éramos apenas "mais um" naquela imensidão de gente...
    Beijos!
    Marcia

    ResponderExcluir

Olá leitor,
Estamos em período de transferência, portanto comente e nos visite no nosso novo endereço por favor:
http://oscaminhantes.com
Obrigada e até breve!!

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.