Liberdade
A Liberdade, é um bairro no
centro de São Paulo com a maior concentração de asiáticos (japoneses, chineses
e coreanos) por metro quadrado e tudo o que se refere a sua cultura.
É ponto de “abastecimento” como
no nosso caso, para buscar as iguarias orientais para a culinária, aos sábados
e domingos funciona a feirinha tradicional, pegando a Praça da Liberdade e ruas
adjacentes, ver as novidades da cultura pop japonesa e compras, compras!
Como chegar
A melhor maneira é o metrô. Você sai
bem na Praça da Liberdade e daqui consegue chegar nos principais pontos do
bairro a pé mesmo. Existem inúmeros estacionamentos, também facilita bastante.
Os mais caros ficam nas adjacências das ruas Galvão Bueno, com a Rua dos Estudantes
, Rua da Glória e Praça da Liberdade e quanto mais afastados deste
quadrilátero, a hora/estacionamento vai barateando. Fique atento também que aos
finais de semana os preços dos estacionamentos quase dobram.
Feirinha da Liberdade
Acontece aos sábados e domingos,
das 9:00 às 18:00 hs, na Praça da Liberdade, até o finalzinho da R.Galvão Bueno.
Fica bem cheio, principalmente, na época das festividades: em abril, o
HanaMatsuri, em julho, o Tanabata Matsuri e em 31 de dezembro, a Festa do Moti
Tsuki, que você já deve ter assistido rapidamente em algum telejornal matutino
nesta data.
Na feirinha: um monte de coisa
kitsch, para quem não está acostumado, mas sempre tem: os saquinhos vendendo os
peixinhos beta, lanternas e luminárias de papel com ideogramas, plantas e
vasos, mas só umas poucas barraquinhas, utensílios em bambu, como colheres,
pentes, coçadores de costas (é, é isso mesmo que você está lendo), até com uma
bolinha de borracha na ponta, para fazer massagens (toda casa de japonês tem),
acessórios (brincos, anéis, pulseiras), material em couro (sandálias e bolsas),
acessórios de decoração japoneses (fontes, persianas, amuletos, ba-guás) e... a
parte da comida, lógico, todo o lado esquerdo da praça (pegando a Rua dos
Estudantes).
Barracas disputadíssimas vendendo
yakissoba, tempuras gigantes com camarão, ebiyaki, takoyaki e raspadinhas.
Dicas:
-Preste atenção: você não está em
Tóquio, ainda está em São Paulo. Apesar do policiamento, cuidado com bolsas e
pertences pessoais. Não descuide...
-De novo, não se iluda... o lugar
é sim, meio degradado, meio abandonado, as luminárias, o Torii estão sujos, há
ambulantes em cima dos viadutos, alguns becos cheiram mal, então, nem tudo são
flores....
- Não sei dizer, acho que nunca
fui à noite, mas realmente não ficaria muito confortável. O bairro está colado
à Praça da Sé.. ponto nada seguro por
aqui...
-Alguns lugares bem tradicionais
(aqueles locais pequenos mesmo) só falam em japonês. Acho que você não terá que
se preocupar muito, entrando só nos locais turísticos. Encontrei um local
assim, onde o dono era já idoso, e o filho tinha saído um pouquinho, então com
o meu parco japonês (minha mãe me xinga toda vez, para que eu fiz nihongakko
(escola de japonês) tanto tempo!) consegui me comunicar.
-Não se assuste ao entrar em um
restaurante e os donos gritarem para você: “Irashaimasê!!!”. É algo como “Seja
bem vindo”. Vai fazer igual a um amigo de um amigo que saiu correndo achando
que eles estavam dizendo exatamente o contrário, mandando ele embora...
-Não tenho dicas de lugares UAU,
tipo chiquetê. Não sei dizer de lugares famosos “do” restaurante japonês, por
exemplo, mas é um apanhado do que a grande maioria da colônia faz por aqui.
Para facilitar um pouco a sua vida:
(algumas parcas traduções):
.yakissoba: na verdade, todo
mundo quando fala em comida japonesa, fala em ... yakissoba... sinto informar
que não é japonês. É chinês! Preciso explicar mesmo? É o macarrão frito, com
legumes, e carne (frango, carne ou porco) e o molho agridoce.
.tempuras: legumes ou frutos do
mar (ou os dois) empanados e fritos
.ebiyaki: bolinhas recheadas com
camarão e que levam um molho normalmente a base de shoyu e agridoce
.takoyaki: igual ao de cima, só
que recheado com polvo
.raspadinhas: eu sei que é
português, gente, mas não lembro muito de ter visto em outro lugar. Gelinho
raspado, com calda a sua escolha (sabores de frutas) e leite condensado por
cima.
.obentôs: é tipo um PF japonês,
normalmente com sushi, oniguiri, um tipo de carne, como milanesa de frango,
carne ou peixe, tempurá de legumes. Tem variações, mas o básico é isso.
.yakimanju: um bolinho assado com
recheio de feijão azuki
.sembei: um biscoitinho fino,
parecido com o nosso bijú.
.wasabi: uma pasta verde, de raiz
forte, que acompanha sushis e sashimis
.missô: pasta de soja, usada para
fazer sopas ou utilizada para temperos
.hondashi:tempero a base de peixe
utilizada para fins diversos, no missoshiru, no nimono
.furikake:um temperinho seco, com
vários sabores que utilizamos sobre o arroz
.shimeji e shiitake desidratado:
tipos de cogumelos
.macarrão para udon: uma espécie
de sopa, feita basicamente com um caldo a base de peixe, e complementos como
aguê, kamaboko ou tikuwa e legumes
.sushi: o bolinho de arroz , que
pode ser recheado ou coberto por peixe
.sashimi: peixe cru fresco (estou
ouvindo um monte de ugh!!)
.banchá: chá verde
.futon: nosso edredon, só que tem
uma camada bem grossa de fibras de algodão e revestidas com uma capa de algodão
.shikifuton: é a versão do futon
mas com uma capa mais resistente e que vai ao chão, sobre tatames, para deitar
por cima
.temakis: quase como os sushis,
mas este fica em formato de cone e pode levar inúmeros recheios também
.Missoshiru:sopa do missô
Como o post ficou levemente grande, achei melhor dividí-lo em duas partes. Consideremos esta, a primeira, como a parte técnica e depois conto nossos points.
Para conhecer e entender um pouco mais da cultura japonesa no Brasil, o link da NHK. Toda a colônia vê, já viu ou ouviu, em alguma época da vida.
Para conhecer e entender um pouco mais da cultura japonesa no Brasil, o link da NHK. Toda a colônia vê, já viu ou ouviu, em alguma época da vida.
Irashaimasê!!! Hahaha adorei o post. Me lembro que quando era criança, levava bronca do garçom quando pedia garfo: 'Você é japonês" Japonês usa hashi! Não tem garfo, não!!"
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