sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Patagonia- visão geral e parte técnica



Patagônia




A motivação:



Quando pensamos em ir para a Patagônia, assim, sem pesquisar, pensamos (na nossa ignorância) que seria visitar um glaciar (o Perito Moreno),beber whisky com gelo de geleira, e tínhamos ouvido falar em El Calafate, El Chaltén, em Monte Fitz Roy, em Torres del Paine, mas tudo muito solto,e não sabíamos das infinitas possibilidades de passeio neste lado do mundo.

Pesquisando um pouco mais (cabe ressaltar aqui que foi o relato do Michel, nos mochileiros Michel-mochileiros.com
nossa motivação principal para começar a pesquisa, a viagem para o mesmo lugar dos amigos  Carla e Élio , mais a ajuda de vários outros blogs e uma outra coisa pinçada na internet que aguçou nossa curiosidade e resolvemos nos aventurar por essas terras.
O planejamento

Loucura total para os nossos padrões de planejamento!!!
Resolvemos de última hora, depois de uma conversa informal numa viagem no feriado de 02 novembro, que iríamos para a Patagônia e daí foi uma corrida contra o tempo para conseguir concretiza-la.

O começo de tudo foi conseguir comprar as passagens aéreas, que conseguimos através de uma agência de viagens, a Sem Fronteiras dos nossos idos tempos quando viajávamos com a Freeway , somente em 26/11/10!! Daí, decidir o que fazer dentro de aproximadamente 10 dias de férias.

Poderíamos optar pelo lado argentino, fazendo El Calafate e El Chaltén, com seus roteiros clássicos (entenda-se Pq. Nacional Los Glaciares- Perito Moreno e Fitz Roy, Poincenot, Laguna de Los Tres e Piedras Blancas, Cerro Elétrico, acampamento de Agostini, com acampamento selvagem e contratação de guia ou agência local) ou o Parque Nacional Torres Del Paine, na Patagônia Chilena, e fazer um dos circuitos, também um roteiro clássico de trekking e ainda as cidades mais austrais, Punta Arenas, Ushuaia...

Concordamos que não teríamos tempo nem disposição para fazer tudo desta vez, então acabamos optando pelo W em TDP, que consideramos mais viável devido ao tempo, por ser autoguiada, existir uma estrutura (ainda que por vezes precária) para acampamento e nós ditaríamos o ritmo conforme nossa disposição, fator importante considerando que estaríamos com criança e depois visitar o lado “shopping’-Zona Franca de Punta Arenas.
As dificuldades no Planejamento

Desde o tempo escasso, até informações desencontradas, e-mails não respondidos,a própria língua, afinal não falamos espanhol para uma simples reserva, a falta de um guia (sim, acredito que apesar do advento da era da informática, nada substitui ainda um bom guia impresso com informações confiáveis). Procuramos em São Paulo, nas maiores livrarias e não achamos. Comprei um em Puerto Natales, da Lonely Planet, finalmente!
Portanto, para auxiliar aqueles que estão pesquisando, vamos colocar algumas informações que de alguma forma poderão ajuda-lo no seu planejamento.

Transporte

Companhias de ônibus em Puerto Natales:

Bus Sur: (061-614221; www.bus-sur.cl, Baquedano, 658) para Punta Arenas, Torres Del Paine, Puerto Montt, El Calafate, Rio Turbio e Ushuaia.

Buses Fernandez: (061-411111; www.busesfernandez.com, cnr Esmeralda & Ramirez) para Torres del Paine e Punta Arenas (CH 4.000,00, quatro horas).

Buses Gómez: (061-411971; www.busesgomez.com , Arturo Prat 234) para torres del Paine.

Cootra: (061-412-785; cootra@cotecal.com.ar, Baquedano 456) para El Calafate, às 8:30 hs.

Turismo Zaaj (061-412260-411471; www.turismozaahj.co.cl, Arturo Prat 236/79) para Torres Del Paine e El Calafate.

Glaciar Perito Moreno


Parque Nacional Los Glaciares-Glaciar Perito Moreno

Administração de Parques Nacionais- (011) 4311-6633 0303
Site: http://www.parquesnacionais.gov.ar/

Como chegar: partindo de Rio Gallegos, Ruta Provincial nº 5 e Nacional nº 40. Continuando pela Ruta nº 11, se chega a El Calafate, distante 50 km do Parque Nacional.

A entrada é de AR 75,00 e criança até 12 anos não paga. O barco, para o passeio até a proximidade do Glaciar custa AR 50,00 e criança até 12 anos também não paga.



Parque Nacional Torres Del Paine

Fone: (56-61)69 19 31

E-mail: pptaine@conaf.cl

Oficina de informações, reclamações e sugestões: infoirs@conaf.cl

A entrada no Parque Torres Del Paine custa CH 15.000,00 e criança até 12 anos também não paga.

Catamarã. No período da alta temporada, existem 3 horários, 10:30, 12:00 e 18:00 hs. Não precisa reservar. Você chega um pouquinho antes dele partir, e paga a viagem (one way) por CH 11.000,00 por pessoa. Criança até 12 anos não paga.
Para refúgios e áreas de camping: a  Vértice administra as áreas de Paine Grande, Grey, Dickson e Perros;  Fantastico Sur  administra as áreas do Cuernos, Chileno, Torres e Serón. A Vértice nos respondeu prontamente, mas tivemos dificuldades com o Fantástico Sur. Nossa confirmação do camping (que todos diziam não ser necessário e depois a empresa disse que teríamos que fazer a reserva) chegou uma semana antes somente, da nossa viagem.
Distâncias, tempos e graus de dificuldade segundo a Conaf- Corporação Nacional Florestal


Circuito W 76,1 km
(4 dias aproximadamente)

Senderos

De:                                   A:                          Distancia       Tempo           Grau
                                                                         km                  hs            dificuldade
Refúgio Pehoe               Refúgio Grey             11,0                 3,5           Média

Refúgio Pehoe               Camp. Italiano            7,6                   2,5          Fácil

Camp. Italiano               Camp. Britânico         5,5                  2,5           Média

Camp. Italiano               Camp. Los Cuernos    5,5                  2,5          Média

Camp. Los Cuernos     Hosteria Las Torres    11,0               4,5           Média

Hosteria Las Torres       Mirador Torres           9,5                  3,5           Média


Circuito “Macizo Paine” 93,2 km (7 dias aproximadamente)
Senderos

De:                                A:                       Distancia        Tempo           Grau
                                                                   km                 hs             dificuldade
Refugio Pehoe          Camp. Italiano          7,6                 2,5              Fácil

Camp. Italiano          Camp. Britânico       5,5                 2,5             Média

Camp. Italiano         Camp. Los Cuernos  5,5                  2,5              Média

Camp. Los Cuernos   Hosteria Las Torres   11,0             4,5               Média

Hosteria Las Torres    Mirador Torres          9,5              3,5               Média

Hosteria Las Torres    Camp. Serón             8,9              4,0               Média

Camp. Serón             Refugio Dickson        18,5              6,0              Média

Refugio Dickson        Camp. Los Perros      8,7               4,5               Média

Camp. Los Perros     Camp. Paso               12,0             4,5               Alta

Camp. Paso              Refúgio Grey            10,0              4,0                Média

Refugio Grey             Refúgio Pehoe           11,0            3,5                 Média
Refugio Pehoe          Sede Administrativa   17,5             5,0                 Média



Dicas

1-O parque é organizado, sinalizado, não dá medo de ficar sozinho, ainda mais em temporada, você encontra gente o tempo todo.

Uma dica, que é meio óbvio, mas para que você não caia no mesmo erro, onde nos perdemos (de leve, para variar). A trilha toda tem marcação através de uns postezinhos (às vezes bonitinhos, às vezes bem tortos e toscos) alaranjados, ou umas marcas laranjas nas árvores. Quando você ficar em dúvida, procure o próximo poste laranja (ou uma marca laranja) que não tem erro.No Vale do Francês eram fitinhas cor de rosa nas árvores. Quando o caminho começar a ficar muito fechado, (principalmente nesta época de alta temporada, quando passa gente o tempo todo, a vegetação não tem tempo de ficar cerrada), pode voltar e procurar o caminho certo.

2-O roteiro W de Torres Del Paine, é factível sim, porém desaconselhamos para crianças (apesar da nossa ter ido, completado o percurso, mas sofrido um pouco, coitada, pelo fato de ter que carregar seu equipamento) até completarem seus 14~16 anos, a não ser que sejam crianças muito habituadas a trekkings pesados.

3-Achamos que a estrutura de Puerto Natales para quem vai a Torres Del Paine fazer o circuito, ou que seja um trekking com alguns dias é bem melhor que El Calafate. Os mercados têm mais opções de alimentos, existem casas que vendem frutas secas de todos os tipos, a oferta de suprimentos de acampamento são maiores, as opções de transporte são maiores e a distância para o Parque é menor.

4- Existe um ônibus do Fantástico Sur que sai às 14:00 hs de frente da Hosteria e que nos leva até a Guarderia Laguna Amarga, por CH 2.500,00 por pessoa. Como comentado nos mochileiros, realmente é um percurso de 7,5 km numa estradinha sem graça, e creia-me, depois de ter andado tanto e visto tanta coisa linda, vale a pena pegar o ônibus. Não precisa reservar, é só subir e pagar.

5-Se possível, reservem tudo com antecedência, principalmente se estiverem com crianças.Além de diminuir a quantidade de dinheiro que você vai carregar, (ou passar pelo câmbio, é mais garantido), não é nada agradável chegar em um lugar à noite, morto de cansado ,descobrir que não tem vaga e sair procurando. Só tem um probleminha, se você quiser negociar isto, principalmente com o Fantástico Sur não tem conversa. Perguntamos se poderíamos trocar a hospedagem no Chileno pelo Torres quando estávamos ainda no Cuernos, com medo da distância e eles disseram que não, que poderíamos reservar para o Torres, mas perderíamos o valor pago para o Chileno (mais as refeições que pagamos adiantado).


Segue nos próximos capítulos , o roteiro detalhado dia a dia.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Parque Estadual de Intervales

(filminho no título) 


Lago - Pq. Estadual Intervales

Pois é, é nossa segunda casa, como a Júlia fala desde pequenininha, e nunca escrevi como se deve sobre Intervales. Talvez por exatamente nos sentirmos realmente em casa, e ter receio de não conseguir transcrever o que sentimos de fato por este lugar.


Nossa primeira vez no Parque. Olha a Júlia sendo "bardeada"

O ideal de vida para ela, por muito tempo, era ter a nossa casa transportada para o Parque (como em Up, o desenho da Pixar).
Freqüentamos o Parque há 10 anos, foi a primeira caminhada efetiva com a Júlia. A primeira mesmo, foi um teste da Júlia e da cadeirinha, na verdade, em São Fco. Xavier.

Voltamos praticamente todos os anos, e é como já disse em outro post, o lugar favorito da nossa Ogroturminha. Chegamos a fretar um micro-ônibus até, para ir para lá, mas é uma experiência que eu não recomendaria (pelo tempo que levou e porque a mobilidade dentro do parque fica comprometida).
Aqui consolidamos várias amizades (terminamos com algumas também...), Esclareço, as amizades perdidas, no sentido que quem procura ar condicionado, piscina aquecida, sauna, monitores para você largar seus filhos o dia inteiro, com comodidades e mordomias de resorts realmente não vai encontrar aqui.

Intervales, para nós, é a essência do que vamos buscar nas viagens que fazemos.

A Ogroturma e o nosso local preferido
Um lugar simples, despretencioso, com trilhas para todos os gostos e preparos físicos, cachoeiras e grutas. Mas o que nos traz de volta ano após ano, é a calorosa acolhida do pessoal da recepção (nossas amigas Zarife , Mara e Irene), os guias, o pessoal veterano, que viram a Júlia crescer (S. Eliseu, Faustino, Dito, Luis e S. Zé e a nova geração, Robson, Neno, Jairo, Betinho) extremamente atenciosos, cuidadosos e informados e a comida caseira, tipicamente brasileira, farta e saborosa, tudo isso num custo acessível e justo, e o melhor, numa distância de aproximadamente 280 km de São Paulo.


Da esquerda para a direita: Luís, Dito e S. Eliseu

Um pouquinho de história:

O Parque era anteriormente, uma Fazenda, Intervales, que pertenceu ao Banespa até 1987, e vivia da extração de palmito juçara. Os monitores são os antigos funcionários da Fazenda Intervales, que antes cortavam palmito e caçavam, portanto conhecem cada pedacinho deste lugar. Existem monitores que estão no Parque há mais de 30 anos, e dão verdadeiras lições sobre a fauna e flora local durante os passeios. Alguns são especializados no canto dos pássaros, outros em plantas medicinais, outros na fauna local.


Como chegar: O melhor acesso se dá pela Rodovia Castelo Branco (SP 280) até Tatuí, depois pela Rodovia SP127 até Capão Bonito e pela Rodovia SP 181 até Ribeirão Grande, onde são encontradas placas indicativas.
A partir daí, são 25 km de estrada de terra, bem conservada, até a entrada do Parque.

A Onça Pintada
Pica Pau

A hospedagem: existem três hospedarias atualmente, a Pica Pau e a Esquilo, com o valor aproximado de R$ 55,00 a diária e a Onça Pintada, de aproximadamente R$ 35,00. Existem valores diferenciados para crianças. Mas reserve com bastante antecedência. Você reserva a hospedagem com a Fundação Florestal.

Atualização
Acabamos de voltar agora, no feriado de 12 de outubro de 2012 e pagamos três pessoas no quarto, na Esquilo, o pacote (entrando na sexta de manhã, sábado e saindo no domingo após o almoço), R$ 252,00 ao todo, ou seja, R$ 84,00 por pessoa, então a diária ficou melhor, R$ 42,00 por pessoa a pernoite, eles não contam a diária.

A alimentação: O pacote contempla pensão completa, e no caso de você ficar na trilha o dia inteiro, reserva no dia anterior, um lanche de trilha (bem farto) no lugar do almoço. O preço das refeições gira em torno de R$15,00 e o café da manhã R$7,00, self service. O pacote de alimentação você reserva com a Nina.
Os horários das refeições:
. Café da manhã: 7:30 às 9:00 h
.Almoço: 12:30 às 14:00 h
.Jantar: 19:30 às 21:00 h

Na entrada da Gruta do Paiva
Passeios:
 Existem para todos os gostos, idades e preparos físicos.
As distâncias e o Grau de dificuldade foram retirados de um folhetinho antigo do Parque, e é uma boa referência. Os percursos parecem assustadores pela quilometragem, mas são referenciados desde a saída da Monitoria, mas hoje em dia, uma boa parte opta por fazer parte da trilha com o carro, para diminuir a caminhada. Os critérios de dificuldade também saliento que são apenas referência, depende do seu gosto e do seu preparo físico.


Horários para os passeios:
.Manhã: 9:30 h
.Tarde: 14:30 h
A partir da Monitoria . Os passeios só podem ser feitos com acompanhamento dos monitores, com exceção da Trilha Autoguiada, com o preenchimento de termo de responsabilidade e dados de todos que estarão fazendo o passeio. Custa R$ 10,00 por pessoa, por passeio.
Não se esqueça que para as Grutas é necessário calçado fechado, calça comprida e lanterna.
Também contei com a ajuda do excelente Guia Parques de São Paulo, da Editora Arte & Ciência, um guia antiguinho já, mas que conta detalhe por detalhe de cada trilha, e que foi (e ainda tem sido) mesmo antigo, fonte de inspiração para inúmeras viagens nossas, para descrever uma parte das trilhas e também nossas experiências e impressões pessoais.

-Cachoeiras:

Cachoeira do Mirante

.do Mirante- Percurso: 6 km
Grau de dificuldade: Fácil
Costumamos visitar esta cachoeira logo no primeiro dia, para um primeiro passeio, não tão pesado e um banho na água gelada para o “primeiro despertar”.

. Roda d’água- Percurso: 5 km
Grau de dificuldade: Fácil
Faz muito tempo que não visitamos este lugar, e lembro aqui, só da.... roda d’água, onde o cano que alimenta a roda foi montada com o tronco de uma árvore.

. da Água comprida-Percurso: 14 km
Grau de dificuldade: Fácil


Cachoeira do Arcão

. do Arcão- Percurso: 16 km
Grau de dificuldade: Difícil
Uma linda cachoeira, com mais de 30 metros de altura e é chamada assim, pois nesse ponto,o Rio do Lajeado, que corre pela Gruta do Paiva e da Água Luminosa, atravessa um grande arco de pedra, o Arcão.
Já visitamos duas vezes, e a visão que se tem debaixo é mais impressionante.

-Grutas:
Muitas das grutas aqui descritas, podem ter sofrido variações, pois o Parque ficou interditado um período, cerca de 3~4 anos atrás, se não me engano, para adequações no Plano de Manejo, para que as grutas sofressem menos impactos, então confirme sempre com os monitores, se a visitação ainda está aberta.
Muita coisa do que descrevo aqui, pode ser que não seja mais possível, por conta do Plano de Manejo.

.Colorida- Percurso: 4 km
Grau de dificuldade: Médio
Existem duas opções, como os guias falam: com emoção ou sem emoção. Tome MUITO cuidado com a opção de pedir com emoção. Você pode se arrepender depois...rsrs...
Sem emoção, você entra num pedacinho só e sai, só para sentir o gostinho.
Com emoção: faz a parte mais extensa e pega uma parte molhada.

.dos Meninos-Percurso: 1,5 km
Grau de dificuldade: Fácil. Gruta Seca, ótima para a iniciação das crianças.

. do Fogo-Percurso: 5 km
Grau de Dificuldade: Fácil. Gruta Seca.
Não gostei desta gruta, pois uma parte final (apesar de ser linda), me deu uma séria claustrofobia. Para acessar uma parte que chamava-se “chão de estrelas”, precisávamos ficar deitados sobre uma pedra, e a laje de pedra ficava acima de nosso rosto, cerca de 5 cm, para podermos enxergar o brilho oriundo dos minerais, que formava um brilho intenso mesmo. Foi lindo, mas a sensação de estar aprisionada entre duas rochas não foi legal...


. da Santa: Percurso: 10 km
Grau de Dificuldade: Fácil. Gruta Seca
Chamada assim por causa da imagem de Nossa Senhora de Lourdes, colocada no alto do portal da gruta. Não tem formações ou espeleotemas, e lembro-me de ter visitado este lugar somente uma vez.

. Jane Mansfield: Percurso: 10 km
Grau de dificuldade: Médio

Gruta da mãozinha


. da Mãozinha- Percurso: Percurso: 12 km
Grau de dificuldade: Fácil. Gruta Seca
Fica na saída da Gruta do Fendão, e não tem muitos atrativos (principalmente para quem acabou de sair do Fendão). Chamada assim por causa do espeleotema com o formato de uma mão.


Saída do Fendão

. do Fendão- Percurso: 12 km
Grau de dificuldade: Difícil. Gruta Molhada
Nossa preferida. Quase obrigatória em todas as nossas idas ao Parque, pelo menos para a Júlia. Como diz nossa amiga Adriana, é a máquina de lavar da alma.
Por que ela é tão especial?

Fendão

Fendão










A gruta é cortada em toda a sua extensão pelo Rio da Bocaina, então caminhamos entrando na água quase o tempo todo, seja pela altura da canela ou dos joelhos, ou até a cintura. Em alguns lugares, o teto da gruta fica tão baixo que precisamos nos arrastar pela água, nos molhando até o peito, por isso não leve sua câmera fotográfica, a não ser que tenha aqueles sacos estanques. Porém, lidar com a água, se equilibrando nas fendas, se arrastando, segurando a lanterna e ter que pensar na máquina que não pode molhar, não vai ser fácil.
No meio da sua extensão mais ou menos, a formação que dá nome à gruta, onde podemos ver a parte externa da gruta, através da grande fenda, uma linda imagem.
E como no filme do Forrest Gump, a água às vezes vem por baixo, pelos lados e até por cima. O “gran finale’ é feito escalando uma pequena cachoeira, ainda dentro da gruta.

. do Minotauro-Percurso: 14 km
Grau de dificuldade: Difícil. Gruta Molhada
Não lembro de ter feito esta gruta, então sigo com a descrição do Guia Parques: ...”com 560 m de extensão, sem espeleotemas, úmida e com trechos estreitos”....

. Luminosa-Percurso: 20 km
Grau de dificuldade: Difícil. Gruta Molhada
Essa gruta é formada por um grande salão, com uma cachoeira grande no seu interior e que é iluminada pela luz do sol que entra por uma fenda.

Travertinos no Paiva

 . Paiva- Percurso: 15 km
Grau de dificuldade: Difícil. Gruta Molhada
Uma boa parte é feita agora com o carro, e estacionamos numa clareira.
Andamos então 2,5 km até acessar a entrada da gruta.
É a mais rica em espeleotemas de todo o parque, tem salões enormes, galerias de travertinos, formações de cortinas, lindas formações de estalactites e estalacmites, observações das formações de pérolas, bolinhas que lembram chocolate (parecendo NescauBall), por causa da terra em volta.

Paiva

Paiva












-Trilhas:
.Autoguiada-Caminho do Lago: Percurso: 2,08 km
Grau de dificuldade: Fácil

Castelo de Pedra

Esta é a trilha que indicamos para o começo da sua exploração no parque. Boa para crianças, idosos, para dar uma “desenferrujada” e começar a tomar contato com a riqueza do lugar.
Durante todo o percurso, as placas vão indicando por onde seguir. Inicia-se bem perto do Centro de visitantes, e logo no começo da caminhada você chega no Morro do Cruzeiro, um local que já foi utilizado para algumas missas, com vários bancos e um altar, ao ar livre. 

Continue e chegue ao Lago Antigo, passando agora em frente a nova construção de uma Pousada, onde ficava antigamente os Bangalôs, que receberam o nome de Capivara, (ficamos muitas vezes hospedados aqui), passe por esta construção, e chegue a uma trilha mais fechada desta vez, acompanhando uma leve subida.
Você chegará então ao Castelo de Pedras, uma construção agora em ruínas, que deveria ser um alojamento para autoridades e acabou não sendo finalizado. Hoje a vegetação tomou conta, dando um aspecto surreal ao local.
Daqui você pode descer e voltar à Sede, à sua esquerda ou ir para a Capela Santo Inácio, subindo a estrada, à direita.

Antigamente, poderíamos acessar a Espia, que era um observatório com cerca de 10 metros, mas que foi interditado (nem sei se a estrutura ainda continua lá), todo em madeira, onde era possível avistar boa parte do parque.
Depois, seguia para a Capela Santo Inácio, uma capela bem simples, de madeira, construída há aproximadamente 25 anos. Cuidado nas escadarias que dão acesso à Capela, pois pegamos uma vez, as formigas de correção, tomando conta do corrimão. Olhe bem, antes de colocar a mão.
Depois, seguindo as placas, chega-se à Trilha do Palmito e continuando à trilha, você está de volta à Sede.

Trilha da Caçadinha

. Caçadinha- Percurso: 8 km
Grau de dificuldade: Médio
Uma trilha por dentro da água, subindo o rio, com uma vegetação exuberante e o visual é muito bonito, que pode ser conjugada com a visita à Cachoeira da Água Comprida.


Vista do Mirante da Anta

.Mirante da Anta:Percurso: 4,2 km
Grau de dificuldade: Médio
Costumamos fazer esta trilha normalmente à tarde, mas recomendamos que seja feita em dia claro.
O acesso se dá pela Pousada Pica Pau, começando bem larga e depois vai se estreitando.
E prepare-se para subir. No começo, a subida é tranquila, mas depois da escadaria à esquerda, a trilha fica mais fechada, sinuosa e mais íngreme.
De lá de cima, é possível avistar toda a infra estrutura do parque.

.Normas Gerais para Visitação

Lembre-se, você está em um Parque Estadual, então algumas regrinhas básicas de conduta devem ser lembradas:

 -É proibido a entrada de animais domésticos. Deixe seu bichano em casa;
-Não colete nada: flores, frutos, folhas, sementes ou rochas;
-É proibido consumir bebida alcóolica nas trilhas e passeios.
-Um cuidado especial com as formações nas cavernas: um centímetro de uma estalactite leva 100 anos para crescer, lembre-se disso;
-Observe os animais a uma distância segura, respeite-os. Você está no ambiente deles, não num zoológico.
-Aparelhos sonoros apenas em baixo volume para não interferir no sossego da área e no comportamento da fauna;
-É proibido nadar e pescar nos lagos;
-Não fume nas trilhas.

Outro grande atrativo do Parque são a flora e fauna local. Várias vezes encontramos pesquisadores de diversas localidades, e invariavelmente encontramos os observadores de pássaros, de vários locais do mundo. O Parque conta com mais de 300 espécies de aves.

Não se esqueça de levar

-Roupas confortáveis, adequadas para cavernas e trilhas
-Agasalhos e capas de chuva (a região esfria bem a noite) e está usualmente envolta em brumas. Normalmente pegamos chuva no Parque, já até acostumamos e depois, quando chegamos em Ribeirão Grande, o Sol normalmente brilha...
-Botas de caminhadas ou tênis (leve pares a mais para ter um par seco para usar à noite)
-Repelente e protetor solar
-Lanterna, pilhas e carregadores
-Cheques e dinheiro, não são aceitos cartões de crédito

Prepare-se também para desconexão total.
Não tem sinal de wi-fi, o celular não pega, (ufa!!!)  não tem televisão, ou seja, você vai ficar fora do ar durante o tempo que estiver lá. Parece apavorante, nos dias de hoje, mas creia-me, é libertador!


Aqui foi na segunda visita

A Júlia com o Faustino

A primeira vez da Júlia no Paiva

Porque recomedamos para crianças: possui pensão completa, você pode levar um potinho no jantar e fazer uma “marmitinha”, com alimentos que não estraguem até o dia seguinte. Bem melhor que as papinhas prontas (a Júlia adorava essa “bóia-fria”, comendo no colo do João, enquanto nós devorávamos o lanche de trilha), os guias são super atenciosos e te indicam quais passeios podem ser feitos com crianças ou não,além de te ajudarem durante o passeio.No começo, fazíamos só as trilhas e cachoeiras, todas com a cadeirinha de “bardear” a Júlia, como eles diziam e com o tempo, ela começou a fazer as trilhas mais compridas e as grutas. E graças a este lugar para nós maravilhoso, com a conjunção de todos os fatores a nosso favor, e principalmente a favor dela, nossa pequena Júlia se tornou uma grande caminhante.

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