Vista do Vale Sagrado |
O Vale é uma bela área a noroeste
de Cusco, e depois de Machu Picchu e os Sítios Arqueológicos de Cusco, também é
área de destaque para quem está visitando a região. Está situado a 300 m mais
baixo que Cusco, conforme os guias, e realmente, sentimos menos os efeitos da
altitude nesta região, além de ser menos frio.
Nossa primeira parada foi em um
mercado de artesania local, com artesanatos encontrados em todas as feirinhas
que passamos antes. O único “atrativo” diferente foi um cercadinho de lhamas,
onde as crianças (e adultos) brincavam com os animais bem de pertinho.
Os Terraços de Pisac |
Depois, seguimos para Pisac e
suas ruínas, distante 36 km de Cusco.
Ainda não se sabe o real
propósito deste lugar. Estudiosos acreditam que possa ter sido parte cidade,
parte centro cerimonial e parte complexo militar, bem como pode ter sido uma
propriedade real do imperador Inca (Pachacútec), e sabe-se certamente que foi
um templo religioso.
Impressiona aqui os grandes
terraços, ainda remanescentes até hoje, que funcionavam para fins de
agricultura.
Tankana Marka |
No outro lado do desfiladeiro,
oposto aos terraços, é possível ver uma série de buracos escavados onde ladrões
de tumbas pilharam um cemitério (Tankana Marka) que era o maior cemitério inca.
Infelizmente, ao contrário do
Osgel e da Angelica, nosso guia (que eu simplesmente deletei o nome) nos largou
no começo das ruínas e a única coisa que
nos falou foi onde deveríamos estar dentro de ... minutos. O que restou para
nós e o grupo foi subir e descer as
ruínas, se perdendo por entre elas e no final, um ajudando o outro a conseguir
sair do labirinto...
O comércio local de Pisaq |
Descemos para a cidade e haviam
bloqueado a entrada por causa de uma celebração local. Partimos à pé mesmo, mas
era bem pertinho. Nas ruas estreitas, casinhas de artesania local, exatamente
iguais às tantas outras. Depois, uma visita à uma loja que vendia artigos de
prata, lindas por sinal, com explicações sobre a fabricação e claro, compre o
que quiser, com um belo descontinho de cortesia...
As conchas utilizadas nas jóias de prata |
Andamos pelas ruelas e fomos
procurar o que pensamos que seria um grande atrativo, a famosa feirinha de
Pisaq. Andamos uma parte apenas da feira, mas os preços, variedade e qualidade,
iguais a todas as outras feirinhas...
A festividade em Pisac |
Corremos, corremos para visitar
as ruínas, as lojinhas e a feira e no final acabamos presos por causa da celebração
e ficamos nós e todos os outros turistas dos inúmeros ônibus assistindo o
desfile, até acabar e liberarem a rua.
Daí, nova correria para a região
de Urubamba, (78 km de Cusco) o caminho é bem bonito, para o almoço. Como
estávamos atrasados com o roteiro pela parada inesperada, o guia fez uma maratona
para deixar cada turista de cada agência no seu respectivo restaurante. Então, cada grupo de turista tinha 1 hora a
partir do horário que foi deixado pelo ônibus até o guia voltar para busca-los.
Tunupa Restaurante |
Uma pena, porque, vocês sabem da
nossa rotina lanche de trilha (quando é possível) ou na maioria das vezes,
encaramos as sementes de sempre e as barrinhas de cereal andando e comendo
mesmo, para não perder tempo.
O que a Machu Picchu Brasil nos reservou foi o Tunupa Restaurant km 77 Carretera Pisaq- Ollantaytamabo,
uma enorme hacienda, com longos corredores, com ambientes diversos, um mais
lindo que o outro, todos com vista para o Rio Urubamba. Os jardins do Tunupa Restaurant |
O sistema é todo bufê.
E o bufê era um escândalo: parte
de sushi, uma diversidade, inclusive com o famoso ceviche, que claro,
experimentamos, depois a parte de frios, com uma variedade de saladas que não
dá nem para descrever, a parte quente, onde o destaque foi a carne de alpaca,
bem molinha e suculenta, diferente da primeira vez que experimentamos e depois
a parte de sobremesas. Viu porque eu falei que era pouco? Além do lugar ser muito bonito, um programa
para passar a tarde, se deleitar com a comida vagarosamente e depois ficar
admirando o Rio Urubamba, mas, fazer o que...prejuízos de excursão...
Ollantaytambo |
Logo nosso guia estava nos
chamando e seguimos para Ollantaytamabo, a 97 km de Cusco.
Chegamos já no comecinho da tarde, e chama a atenção,
o belo cenário onde está encravada a cidade, num lindo vale e suas ruínas
imensas, construídas pelo Inca Pachacútec, numa fortaleza-templo, além da horda
de turistas subindo os 200 degraus até alcançar a seção superior.Templo do Sol |
A parte mais impressionante é o
Templo do Sol, onde podemos distinguir restos de marcações simbólicas em
relevo, e aqui o guia nos mostrou um esboço num papel, do que poderia ter sido grafado e depois
saqueado e destruído pelos espanhóis.
A arquitetura inca de construção
dos seus sistemas de irrigação ainda permanece perfeita, levando água corrente
por seus canais.
Demonstração de artesania local em Chinchero |
Na volta para Cusco, uma parada
rápida em Chinchero há 28 km de Cusco.
Já estava escuro, e a grande
diferença que percebemos foi o frio, pois a cidade está situada a 3.800 m de
altitude.
Os produtos usados para o tingimento da lã |
Visitamos um local onde as
artesãs já nos esperavam, para uma demonstração da sua produção artesanal,
desde a tosquia, lavagem da lã, com cinza, o tingimento da lã com produtos típicos locais, como a
cochonilha, que quando esmagada se torna de um vermelho intenso, ou folhas de
coca, ou plantas nativas, de diferentes colorações, a arte da tecelagem e... claro, a venda dos
produtos acabados...
Flores nos jardins do Tunupa |
Neste passeio, ficou a vontade de
passar devagarzinho por cada cidadezinha, descobrir cada esquina, sentar nas
Plazas para ver o tempo passar junto com os locais. Senti que apesar do grande
fluxo de turistas, ainda é um lugar menos explorado que Cusco.
Chegamos no começo da noite em
Cusco e fomos descansar no Hotel.
No dia seguinte tivemos um dia
livre em Cusco, últimas comprinhas, nos despedir e agradecer o pessoal da
agência e rumo ao Brasil de volta, bem de manhãzinha no dia seguinte, com a
Magaly vindo nos buscar no Hotel e levando até o Aeroporto, encerrando assim nossa bela e breve estadia no Peru.
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