segunda-feira, 23 de julho de 2012

A chegada em Cusco- o reconhecimento e a aclimatação

Flores na Plaza de Armas- Cusco


Pegamos o vôo SP-Lima às 19:40 hs, chegamos em Lima depois de cerca de 4 horas de vôo e já havíamos nos preparado psicologicamente e fisicamente em passar a noite no Aeroporto, pois o vôo para Cusco estava marcado para as 05:50 somente, um tempo que não era suficiente para pernoitar em um Hotel. Para completar a espera, 2 horas de fuso horário, fazer o que...
Por que será que acabamos repetindo sempre a mesma rotina...

A surpresa foi ver um monte de gente dormindo pelos corredores do Aeroporto. O pessoal simplesmente esticava confortavelmente seu isolante e seu sleeping bag, se acomodava e pronto, a melhor cama do mundo...
Pena que já havíamos feito check in e despachado nossas bagagens...
O jeito foi pegar um pedaço de chão mesmo e esperar, pois na área antes do embarque, as cadeiras são muito escassas. Depois que entramos na área do embarque (deveríamos ter pensado nisso antes), haviam cadeiras de sobra e todos acabamos tirando um cochilo lá mesmo, do jeito que deu... (minha mãe e minha sogra que não saibam disso,coitada da Júlia... hehehe)

Chegamos às 7:10 hs em Cusco e preciso dizer que sentimos duas coisas logo de cara: o frio, pois a temperatura em Lima é praticamente como São Paulo, e não fez tanta diferença, e a falta de ar, que seria nossa companheira constante, a partir daí.

Nós na Sede da machu Picchu Brasil, em Cusco
A Magaly, da nossa agência escolhida, Machu Picchu Brasil (recomendamos fortemente, pelo profissionalismo e atenção) já nos esperava para o translado (privado) ao  Hotel Dom Bosco .

Hotel Dom Bosco

Refeitório do Hotel Dom Bosco
A diária ficou em R$ 180,00 para nós três, com desayuno incluído. O Hotel fica na Calle Suécia, teoricamente a 200 m da Plaza de Armas, mas a subidinha... no mais, é um hotel bem agradável, tem água quente a toda hora (isso parece besteira aqui no Brasil, mas creia-me, no frio de Cusco faz toda a diferença), os funcionários são extremamente atenciosos e também recomendamos.


A Magaly fez conosco uma breve reuniãozinha, nos servindo das garrafas térmicas sempre cheias no Hotel, de chá de coca, nos deu um mapa da agência com os pontos principais de visitação no centro da cidade,como os museus, restaurantes, com indicações do que fazer e visitar e alteramos o briefing anteriormente marcado para o dia seguinte para este mesmo dia às 15:00 hs.
Tomamos o desayuno (muito bom, por sinal), sempre três tipos de pães, geleias, queijo branco, presunto, frutas, manteiga, sempre dois tipos de pratos quentes, como ovos, ou salsichas, ou uma casquinha de pastel, às vezes guacamole (uma delícia), iogurte, dois tipos de sucos, cereais, leite e café.
Chegamos, subimos com a bagagem e pela noite “muito bem descansada”, desabamos os três na cama até por volta das 13:00 hs.
Tomamos um banho bem demorado cada um e saímos para bater perna, de leve, lembrando do compromisso às 15:00 hs.

A Catedral de Cusco
Com o mapa na mão, mais a leitura do guia Frommer’s que eu “comi”, descemos em direção á Plaza de Armas e fomos andando e descobrindo em cada Calle, lojinhas inúmeras, fervilham todos os tipos de serviços: agências de turismo oferecendo passeios, lojas vendendo artesania local, roupas em lã, alpaca, prata, lojas de artigos para trekking para comprar e aluguel de equipamentos, ATMs, casas de câmbio (um monte), restaurantes, cafés, hotéis, hostels, boticas, gente oferecendo massagem, gente com roupa típica oferecendo-se para tirar uma foto, uma loucura! Além disso, todas as línguas e tipos de gente que você pode imaginar (sendo os trilheiros a esmagadora maioria). Imagina, mal de altitude ou soroche que nada! O chamado das lojas e desta diversidade, foi maior para nós do que tudo isso!
Engraçado que o assédio aqui, acabou não me incomodando como me incomoda normalmente. Sei lá, como já sabia, acabei achando normal. (Além da diversidade de gente transitando ser um atrativo a parte).


Rapidinho chegou o horário do nosso encontro, e fomos para a agência, na Calle Garcilaso, 265. Conhecemos o Fredi e o Ricardo, o dono da agência. O Fredi nos explicou quase que quilômetro por quilômetro o percurso e como seria a trilha, detalhadamente e tiramos todas as dúvidas que ainda tínhamos e nos esclarecendo, nos deu uma segurança muito grande, pois apesar de sabermos o que encontraríamos pela frente, ainda restava em mim um resquício de medo... o fato de termos uma equipe (o guia, o cozinheiro e o arriero-o moço que cuida dos cavalos) exclusivamente para nós, ou seja, não teria a preocupação de ter que seguir o ritmo de jovens (ainda mais europeus, que andam numa velocidade impossível para mim) um cavalo extra disponível, caso eu ou a Júlia precisássemos de auxílio na trilha, nos momentos mais complicados, me deixou bastante tranquila.

O couvert com iguarias típicas










Nos despedimos e como havíamos pulado o almoço,  justamente para evitar o enjôo, típico do soroche, fomos jantar no El mesón de  Don Tomás, fica no centro, em frente ao Convento de Santa Catalina, Santa Catalina Angosta # 169, fone: (51) (084) 241-757.
Pedimos o nosso básico de sempre, quando ainda estamos nos aclimatando em qualquer lugar: frango grelhado com papas fritas, S/ 30,00. Credo, vai num lugar assim e não entra de sola no cuy???- o famoso porquinho da índia. Não, no primeiro dia, nem pensar...
O legal é a entrada, (grátis), com pisco sour, chica morada, (a bebida feita do milho, que nós adoramos e lembra muito suco de uva) milho típico cozido, com aqueles grãos grandes, pãozinho quente, manteiga, vinagrete e o molhinho picante que nos acompanhou em toda a estadia, acho que se chama molho rocoto (ou alguns dos inúmeros ajis- pimentas) que eles usam muito.
Demos mais umas voltas pelos arredores da Plaza e iniciamos nossa lenta subida para o Hotel para descansar.


6 comentários:

  1. Esqueci de avisar, nós usamos o remédio DIAMOX quando vamos para as altitudes dos Andes. É muito eficiente e não dá efeitos colaterais. Dica para a próxima! Muito boa postagem! Parabéns pela viagem!!

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    1. Olá amigos!
      Já tinha ouvido falar, e também me perguntava isso vendo as fotos de vocês na Bolívia, que é bem mais alto, se vocês não tinham passado mal...
      Bom, da próxima vez já vamos preparados, valeu a dica!!
      Um grande abraço!
      Marcia

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  2. Você acredita que nbão consegui comer o cuy até hoje? Eles são tão bonitinhos...
    Para aclimatar também uso e abuso do Diamox e depois que a dor já veio uso paracetamol mesmo.
    Tenho uma dica diferente: para evitar o enjôo eu como mesmo... Ouvi dizer que com o estômago cheio a gente enjoa menos... Pra mim funciona!

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    1. Oi amiga!
      Até pintou a curiosidade, mas deu muita dó.
      Da próxima vamos de Diamox mesmo. Usei minha velha companheira Neosaldina, que resolvia o caso.
      Até que não tivemos muitos enjôos. Só um piriri depois que acabamos a trilha.
      Que desagradável!
      Bjos!
      Marcia

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  3. estarei indo no dia 06 de setembro levando diamox e aspirina efervescente que dizem ser batata!!!!!!!irei tb a machupichu e na volta dois dias em lima!!!!quero uum cordao de ouro bem grosso com um deus inca!!!!!e curtir horrores!!!1

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    1. Olá Júlio!!
      Já está em contagem regressiva então, hein??? Aproveite mesmo a dica do pessoal mais experiente, porque a altitude nos afetou assim como a todos os brasileiros que conversamos, em maior ou menor grau.
      Traga sim, um cordão bem grosso, adoramos a prata, as echarpes e cachecóis, os chapéus e blusas de alpaca, e muuitas lembranças!
      Uma ótima viagem e nos conte na volta!!!
      Abraços!
      Marcia

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